quarta-feira, 1 de abril de 2009

“EXTRA! EXTRA! A MASTURBAÇÃO AJUDA A CURAR O CÂNCER DE PRÓSTATA” – Parte II


Apesar de ser tachado de um ato solitário (ou ser rebatizado de “automonossexualismo” por alguns teóricos modernistas), a masturbação é interativa, envolve outras pessoas, no sentido de que, a fim de praticá-la, invocamos outrem, trazemos à mente lembranças e/ou fantasias potencialmente futuras, cheiramos roupas sujas acondicionadas em sacolas de plástico amarelo, etc., etc.. Isso não garante, portanto, que tal interação seja positiva. Em quantas e quantas brigas eu particularmente não entrei por causa de suspeitas de aquisição mnemônica posteriormente masturbacional? Por algum motivo que minha mente pervertida não consegue compreender, algumas pessoas levam muito a sério o senso de propriedade pós-sexual e irritam-se quando vasculho ralos de banheiro ou sacolas de lixo em busca de preciosos restos de sêmen, chateiam-se quando vasculho seus pertences pessoais em busca de indícios de que material pornográfico foi utilizado para fins escusos, punem-me quando me flagram em ilegal ato escopofílico nos buracos das portas das ambientes em que seres humanos estão banhando seu corpo com água e material saponáceo... Vai entender!

Aproveitando o assunto para indicar um filme, ponho em evidência o sul-coreano “Casa Vazia” (2004, de Kim-Ki Duk), ótima adaptação titular nacional para “Bin Jip”, que, ao que parece, significa literalmente “Ferro 3”. O filme conta a estória de um marginal triste que passa seus dias ocupando casas provisoriamente desabitadas, onde compensa sua estada com o conserto de pequenos defeitos em eletrodomésticos ou atos demorados de limpeza. Numa das casas que invade, este moço sente-se tão atraído pela dona, que não hesita em deitar-se na sua cama, com uma fotografia em mãos, e utilizar uma de suas mãos e seu órgão sexual para realizar um ato que me deixou particularmente excitado. Mal sabia ele, porém, que a mulher da fotografia havia retornado para casa, flagra-o em pleno ato sexual auto-compensatório, mas, por estar sentindo-se igualmente triste, vítima de um casamento falido e violento, ela apaixona-se por ele e, um dia, farão sexo da forma a dois (idealizada) como conhecemos. O desenrolar da trama fica melhor quando assistido (ou vivenciado) pessoalmente. Se alguém se interessar, estou disponível. Liguem-me!

Wesley PC>

2 comentários:

Unknown disse...

Afinal para uns é fazer amor com quem mais se ama no mundo... nós mesmos...

Gomorra disse...

Longa vida ao supracitado Woody Allen, que acrescenta a esta sua própria frase: "o melhor da masturbação é depois, quando dormimos abraçadinhos" (risos)

Gênio, gênio!

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