terça-feira, 31 de março de 2009

“SOMENTE QUANDO SE ESTÁ BEM CONSIGO MESMO É QUE ESTAMOS APTOS PARA FAZER BEM AOS OUTROS”...


Aparentemente, ele tinha tudo o que queria ou precisava, menos o mais importante: as preciosas lembranças da infância que não teve, os sinais dos amores que não conseguiu manter.

Por anos a fio, “Cidadão Kane” (1941, de Orson Welles) foi meu filme preferido, o filme com que mais me identificava, o filme que eu fazia questão de ver e rever em cada aniversário, o filme que me ensinou que existe uma vertente altruísta em meio à lama de egoísmo que me cercava... Hoje eu cresci – e tenho medo. “Sempre a dama de companhia, mas nunca a noiva”, dizia a imprensa intrafílmica acerca do personagem, mas era um depoimento de seu ex-melhor amigo o que sempre me intrigara:

“Um cara pode se lembrar de várias coisas que tu jamais pensarias que ele seria capaz de lembrar. Tome-me como exemplo: um dia, em 1896, eu estava cruzando um rio numa balsa e ele bateu contra uma outra balsa, na qual estava uma moça preparando-se para desembarcar. Ela usava um vestido branco e carregava um guarda-sol da mesma cor. Vi-a por apenas um segundo. Ela sequer olhou para mim, posso ter esquecido o que fiz ontem, mas não há um momento de minha vida em que eu não pense naquela garota”...

Continuo intrigado. Preciso rever (e vivenciar novamente) este filme!

Wesley PC>

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