quinta-feira, 2 de abril de 2009

A CULPA É DE QUEM? (OU: A LETRA “M” EM MINHA VIDA)


“Epilepsia é uma dança
Ela é agora Cristo se afastando
E eu estou encontrando o meu ritmo
Enquanto eu sacudo na neve”


Se um pai cearense estupra sua filha de 7 anos por não mais crer em Deus depois de exatos 7 anos ininterruptos de seca e da morte de sua única amada, de quem é a culpa? Qual deveria ser a pena para este homem?

Se uma prostituta esfaqueia um policial que tenta prendê-la por tráfico de heroína e deixa assim órfã a filha única e portadora da Síndrome de Down deste proletário viúvo e doador regular de sangue raro do tipo AB, a culpa é de quem?

Se eu encharcar o DALH (Diretório Acadêmico Livre de História) de álcool, acender vários palitos de fósforo, recitar alguns veículos bíblicos e cantar a obra-prima musical do Antony and the Johnsons intitulada “Epilepsy is Dancing”, carbonizando, além de mim, apenas uma pessoa, a culpa é de quem?

Garanto que Diego, meu colega de curso (Engenharia de Alimentos) não tem nada a ver com isso. Lembranças saudosas, habitante de Feira de Santana – Bahia.


“Eu grito: ‘brilho é amor!’
Meus olhos anseiam por dentro
Como jóias esverdeadas que cintilam como estrelas natalinas
Em um veio de ouro

(...)

Corte-me em quatro pedaços
Deixe-me na esquina
Oh, eu estou morrendo
Oh, eu estou apenas dançando!”



Wesely PC>, ficcionalizando?

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