sexta-feira, 2 de agosto de 2013

IMPORTA SABER QUE O DAVID CARDOSO ESTÁ COM A VOZ DE OUTRA PESSOA NESTE FILME?!

Da primeira vez que eu tentei ver "Caçada Sangrenta" (1974, de Ozualdo Candeias), caí no sono: apesar de ceder às convenções oportunistas do erotismo cardosiano, o diretor leva à frente o seu estilo hermético, contemplativo, silencioso... É um filme ótimo, mas requer que estejamos preparados para perceber que tudo em seu roteiro é 'MacGuffin': o que importa é seguir o percurso, não desvendar a trama!

Estranhei o fato que o personagem de David Cardoso (aqui bastante jovem e bonito) estivesse dublado por outra pessoa, e estranhei ainda mais que ele próprio duble outro personagem (um de seus principais perseguidores no filme, aliás), mas tudo isso é relativo diante da estética embasbacante da película, que ainda permite mostrar o vaidoso astro acariciando o pênis por sobre a cueca, enquanto mulheres nuas o circundam em mais de um momento. E, ao final, corpos mortos (ou desmaiados) boiam num rio mato-grossense, Estado que, numa cena anterior, teve suas belezas exaltados num meta-cinejornal. Muito bom o filme: passei a madrugada acordado, pensando em suas benesses. Agora quero vê-lo novamente! (risos)

Wesley PC>

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

E, NA CORRERIA DOS ÚLTIMOS DIAS, ME LANÇO NA LENTIDÃO CONTEMPLATIVA DO CINEMA DE OZUALDO CANDEIAS...


"Por acaso, eu sou um homem ou Omeleto?"

Como pensar em qualquer possibilidade de resposta a este auto-questionamento sem querer gritar o quanto este cineasta paulista é genial? Acabo de ver "A Herança" (1971, de Ozualdo Candeias) e acabo de me deslumbrar com a estrutura muda do filme, com a sua sonoridade dissonante (a ponto de minha mãe ter perguntado se era um filme de lobisomens), com a atuação involuntariamente intensa do David Cardoso, como a fotografia exuberante em preto-e-branco, com, tudo de sumamente lindo que exala deste filme, que tanto me acalmou enquanto o dia-a-dia da Universidade me conduz ao estresse. mas nada que paixão não resolva: nada que um "to be or not to be" recitado com um crânio de boi nas mãos não enfeitice...

Wesley PC>

terça-feira, 30 de julho de 2013

“A SEPARAÇÃO ERA INEVITÁVEL: A COZINHA FALOU MAIS ALTO QUE O CUZINHO!” (risos)

Esta foi a conclusão a que chegou o amigo ‘gay’ desbocado de uma travesti que não sabia cozinhar e, por causa disso, fez com que seu marido a abandonasse. A cena constava do filme “Sexo Livre” (1985), espécie de continuação do instigante “Sexo dos Anormais” (1984), ambos filmes dirigidos por Alfredo Sternheim que eu anseio por ver, inclusive por motivos de pesquisa, já que eles foram realizados na Boca do Lixo paulistana...

Vi cenas destes filmes no documentário “Meu Amigo Cláudia” (2012, de Dácio Pinheiro), que contava a trajetória interessantíssima de Marco Antônio Abrão (1955-2010), que ficou famoso como a travesti Cláudia Wonder, que, além de ter participado dos filmes citados, fora vocalista de uma banda ‘punk’ chamada Jardim das Delícias em que musicava poemas do Glauco Mattoso [no espetáculo “O Vômito do Mito”], atriz de uma peça dirigida por José Celso Martinez Correa e bastante elogiosa e defendida pelo escritor Caio Fernando Abreu. Tornei-me fã da artista, falecida há pouco tempo.

Entretanto, assistir a este ótimo documentário não foi o único momento sublime desta segunda-feira: mais cedo, havia conhecido o filho encantador de uma grande amiga, batizado Ícaro e apelidado “o ciganinho alado”, e, quando cheguei no bairro em que resido, pude saciar uma sede espermofágica que me angustiava: neste mês de julho, eu ainda não havia ingerido sequer uma gota de sêmen alheio! Ao adentrar a residência de meu fornecedor habitual, ele havia acabado de se masturbar (pude constatar por seus cabelos molhados e pelas secreções espalhadas pelo ralo de seu banheiro), mas, depois de beijar suas pernas, sua cabeça, seus mamilos e tudo o que estava visível em seu corpo, consegui tocar em seu pênis recém-ejaculado, que, aos poucos, se intumescia enquanto eu o sugava com amor. Não durou muito para que o rapaz cedesse ao meu desejo e gozasse com discreto alarido, enquanto eu exultava de felicidade: este era o detalhe perfeito para que o dia 29 de julho de 2013 se tornasse cotidianamente inesquecível em minha vida! Agora, é hora de buscar os filmes do Alfredo Sternheim (risos)...


Wesley PC> 

domingo, 28 de julho de 2013

“UM CORPO BONITO E EM FORMA DEVE SER COMPARTILHADO!”

Antes de o incesto se tornar um modismo no filão pornográfico estadunidense, a cinessérie iniciada por Kirdy Stevens a partir de seu literalmente seminal “Taboo” (1980) causou escândalo. Oficialmente, não gostei muito do primeiro filme [comentado aqui], mas acabei de ver a segunda parte e apreciei deveras.

Em verdade, o que mais me chamou a atenção em “Taboo 2” (1982) foi a sua organicidade erotógena. Ao menos três cenas merecem destaque elogioso e afrodisíaco: a seqüência inicial, quando a lasciva adolescente Sherry (Dorothy LeMay) apresenta o seu irmão Junior (Kevin James, “não tão Junior assim!”, conforme será percebido quando a câmera focalizar o formato de sua genitália através do moletom) à mãe de seu ex-namorado e descobre-se que esta mãe é justamente interpretada por Kay Parker, a protagonista do filme anterior, cujo caso com o filho é trazido à tona numa sessão de massagem erótica (de onde proveio o conselho certeiro que intitula esta publicação, aliás!); o momento em que , após ter flagrado seus dois filhos fazendo sexo, a insaciada Joyce (Honey Wilder) planeja como contará a notícia para seu marido, que a trai com a secretária, mas se deixa embebedar e, sem que ofereça maior resistência, estará transando com seu filho bem-dotado; e toda a condução envolvendo o momento em que Greg (Eric Edwards) penetrará a sua filha, após muita resistência, estapeando-a depois que ela lhe causa uma ereção, mas sendo incapaz de afastá-la quando ela suga o sue pênis enquanto a mãe dela dorme ao lado dele na cama. Ao final, depois de ter fodido com Sherry, Greg deleitará Joyce de uma forma que não fazia há muito tempo. O incesto tempera positivamente as relações sexuais do filme, portanto!

Interessante é que, enquanto o pai reluta em fazer sexo com a filha e a mãe se deixa levar pelo entusiasmo ébrio e ninfômano, a filha fica muito mais preocupada em ter sido flagrada sob o pênis de seu irmão quando isso instaura o receio de impedir que a mesma ganhe um automóvel de seu pai. Não há moralismo, não há religiosidade, não há questionamentos profundos: tudo é emergência sexual, pura e simples! Entretanto, exceto por uma festa orgiática onde aparece rapidamente o lendário Ron Jeremy, o filme é muitíssimo bem-dirigido e roteirizado decentemente. Gostei bastante. Pena que a cópia de que disponho não possui legendas, senão agendaria uma sessão coletiva o quanto antes. Com tudo o que isso implica! (risos) Na foto, a hilária cena em que, sendo flagrada pelo irmão enquanto se despia, Sherry apenas exclama: “tu nunca bates à porta, não?”. E precisa?!


Wesley PC> 

UM DRAMA FAMILIAR (E/OU UM FILME EMULADO):

Faz tempo, muitíssimo tempo, que vi o filme “As Filhas de Marvin” (1996, de Jerry Zaks). O fiz imediatamente após o seu lançamento, à época, por conta da indicação de Diane Keaton ao Oscar de Melhor Atriz. De lá para cá, nunca mais revi o filme, mas pressinto que me emocionarei bastante se o fizer: em sua trama, o Marvin do título é um velhinho interpretado por Hume Cronyn, bastante doente e confinado a uma cama. Quem cuida dele é a sua filha mais velha, que, por conta de uma leucemia, precisa recorrer ao auxílio da irmã mais nova, que saiu de casa para não ter que cuidar do pai. O resto é emoção, muita emoção. E identificação, muita identificação!

Lembrei deste filme, mais uma vez, na manhã de hoje, visto que minha mãe está com a pressão altíssima (18X09) desde ontem. Por conta disso, não pára de vomitar, o que a impede de se alimentar. Levamo-la a um hospital, eu e minha cunhada mais nova, na noite de ontem, mas não havia médicos, não havia remédios... O que máximo que nos recomendaram foi a feitura de um chá de chuchu! Fiquei indignado, mas a minha indiferença pretendida em relação ao sistema hospitalar mais uma vez se confirmou, frente à preocupação extremada com o estado de saúde de minha mãe, que, tendo sonhado esta semana com vários conhecidos que faleceram recentemente, exclamou na manhã de hoje: “será que eles estão querendo me levar?”.  Abracei-a com força enquanto ela pensava nisso. Neste exato momento, minha cunhada mais velha está levando minha mãe para outro hospital, no afã de conseguir ao menos algum remédio para pressão. Torcendo por ela: amo muito esta mulher de 71 anos na foto!

Wesley PC>