quarta-feira, 20 de março de 2013

"BELEZA ADORMECIDA" (2011). Direção: Julia Leigh.

Talvez nem seja um filme tão bom assim, mas é tão original e veio tão a calhar que me socou no rosto, na genitália, em mais de uma parte de meu corpo: por mais que a sua sinopse fosse convidativa ao extremo em sua misteriosa explicação do título, a pletora de empregos bizarros a que a protagonista vivida por Emily Browning se submete impressiona, de modo que a sua subsunção à prostituição não-penetrativa da segunda metade do filme é apenas um corolário do tipo de exploração empregatícia de que ela já estava impregnada desde a primeira cena do filme. Por isso, ela queimava o dinheiro que recebia sendo garçonete vestida em 'lingerie'; por isso, ela mente quanto perguntada se ingeria algum tóxico além de maconha; por isso, quando um homem diz que, ao contrário dos homens que fingem a própria morte, ele finge a sua própria vida, ela se oferece para fazer sexo oral nele. Em mais de um aspecto, o virgem abstêmio e burocrata que sou foi espelhado no filme: impactante e surpreendente em sua originalidade reprodutiva!

Wesley PC>

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