sexta-feira, 14 de novembro de 2014

ESTOU INDO DORMIR, MAS, POR DENTRO, EU DIGO 'SIM!'


O diretor Bernard Attal é francês.
Vladimir Brichta revelou-se um ótimo ator - no cinema, ao menos.
Walmor Chagas se matou ao final das filmagens.
E a Clarisse Abujamra é deveras expressiva.
Como não amar "A Coleção Invisível" (2012)?
Como não?
No rádio, agora, Tiê canta.
E eu vou dormir, mas, por dentro, eu digo 'sim'.
Sim! (por dentro).

Wesley PC> 

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

ESCREVI NO FACEBOOK HÁ POUCO...

Conforme antecipei no título, redigi no Facebook, há pouco:

"Quando eu terminei a minha crítica insossa sobre o cinematograficamente anódino TIM MAIA (2014), fiquei angustiado: no texto, eu tecia algumas especulações psicológicas acerca das obsessões temáticas do diretor Mauro Lima comparando o filme mais recente apenas com o elogiado MEU NOME NÃO É JOHNNY (2008), de que gosto, aliás. Esqueci, entretanto, que, entre um filme e outro, o diretor também havia realizado REIS E RATOS (2010), filme que estava aqui em casa faz tempo, mas que eu não me atrevera a ver ainda, já que muitos de meus amigos odiaram-no. Mas a crise de consciência me perseguia: será que eu tinha prejulgado afoita e negativamente o Mauro Lima?! 

Nem 10 minutos de filme se passaram e eu já constatei que, de fato, entorpecentes e casamentos malogrados ressurgiam roteiristicamente. Mas, aqui, o foco globofílmico era outro: o golpe militar de 1964, reapresentado em tom de pastiche anti-clichês norte-americanos, urgh! Sinceramente, o filme beira a nota zero (0,4 para ser exato). É muito, muito ruim! Eu estava correto em minha intuição, afinal, pude relaxar... 

Passado algum tempo após a sessão - e ainda cantarolando a ótima música-tema, composta por Caetano Veloso e cantada por Bebel Gilberto - repensei os meus sentimentos: como relaxar sabendo que um filme destes não está isolado?! O projeto de releitura histórica da Rede Globo dominando o cinema brasileiro é o de higienização pútrida, o da mentira tornada fato, o do engano convertido em piada. Nada no filme funciona (ou quase nada, já que gostei da atuação do Rodrigo Santoro e da participação à la João Cândido terciário do Seu Jorge), nem as ridículas vozes propositalmente atreladas a dublagens de enlatados, nem a pavorosa composição anglofílica do Selton Mello, nem a abominável interpretação afetada do Cauã Reymond, nem os chistes com visigodos mediúnicos, nem a assunção dos conchavos entre militares brasileiros e agentes da CIA estadunidense, nada! Horrível este filme, abominável. Mauro Lima é um engodo em crise com suas próprias dubiedades morais, portanto. O mal-estar que TIM MAIA me causou (mesmo que o filme nem seja tão ruim, afinal) não era um acaso: minha intuição serve para algo, ela me protege. Obrigado! (WPC>)"

Nesta autocrítica condescendente, eu me referia à insipidez deste texto aqui, afinal redimida pela lamentável confirmação acima transcrita. Puxa, eu até gosto do Cauã Reymond, mas... Por que ele se deixa estragar tanto nas mãos do Mauro Lima?! Por quê?!

Wesley PC>

domingo, 9 de novembro de 2014

“APROVEITEI E DORMI OITO HORAS SEGUIDAS, COMO OS MÉDICOS RECOMENDAM E OS VAGABUNDOS ACATAM”...

Não é o meu caso! Nos últimos dias, por razões de sobrevivência financeira, dormi muito pouco. Isso, porém, não me impediu de sonhar: na madrugada de ontem para hoje, sonhei que entregava ovos para uma amiga fã de egiptologia, quando percebo que um deles continha um pintinho germinado, moribundo, prestes a morrer, caso eu não encontrasse a metade superior de seu umbigo, quer estava grudado na casca do ovo. Acordei, levantei, fui ao banheiro, mijei, voltei, deitei e dormi de novo...

No segundo sonho, eu estava numa cadeira de dentista. Tencionava adiar o dia de uma consulta para limpeza odontológica, mas o profissional da saúde bucal surgiu de jaleco, decidido a fazer o meu tratamento naquele exato instante. De repente, eu estava pedindo para um amigo por quem fui/sou eternamente apaixonado que ele me gravasse alguns filmes (bergmanianos?) num DVD. Ele recusou-se, alegando que eu me apaixono demais, o tempo inteiro... Acordei frustrado, preocupado, pensando nisto!

Queria ver um filme do Alberto Pieralisi [“O Enterro da Cafetina” (1971)], mas eu tinha que trabalhar. Alguns dias antes, vi “Memórias de um Gigolô” (1970), colorido e divertido, cujo protagonista, ao narrar as peculiaridades de sua vida num bordel, pronuncia o libelo cafajeste que intitula esta publicação. Sinto-me cansado, acho. Por isso, esta confusão (pós-onírica) toda...

Wesley PC>