sábado, 20 de dezembro de 2014

PARA QUEM ESTEJA ESTRANHANDO O MEU APARENTE SUMIÇO - PARTE 2



Pelo menos, ainda sei abrir vasos de azeitonas...

E sim, continua...

E sim, sim, eu voltarei: eu tendo a voltar!

Wesley PC>

PARA QUEM ESTEJA ESTRANHANDO O MEU APARENTE SUMIÇO - PARTE 1

Quem me conhece, sabe que sou indiscreto. Talvez até me conheça justamente por isso. Não é um adjetivo que eu rejeite, aliás, visto que, politicamente, careço dele como ponto de partida expressivo: para mudar uma situação que discordamos, é preciso incomodar e, para tanto, ser indiscreto é mais que essencial, é estratégico!

Pois bem, defender esta perspectiva levou-me a ser tachado de "afastador confesso de pessoas que gostam de mim", via SMS, nesta manhã de sábado. Não sei até que ponto devo considerar esta expressão demeritória uma exclusividade, mas, pelo visto, devo anexá-la ao meu currículo particular de vida: de fato, em minha vida, pessoas que gosto (e/ou que gostavam de mim, para aproveitar a definição alheia) afastaram-se deste que vos escreve. Quem sabe elas retornem (estarei aguardando por elas, não duvidem), mas, independente do que tenha engendrado tais afastamentos, sou menos um réu confesso que uma testemunha subjetiva dos fatos: culpabilidade e pretensa coerência política andam lado a lado neste caso. Ou, ao menos, penso assim, o que talvez contribua para afastar mais e mais pessoas ("que gostam de mim", não esqueçamos o complemento pontual) daqui por diante. Uma pena. Lidar com aquilo que nos define e que ofende a outrem é uma lição diuturna, que me ensinaram involuntariamente desde o meu primeiro espancamento no Ensino Fundamental. Já sou Mestre em Comunicação Social, mas continuo aprendendo esse tipo de coisa: nunca é tarde para aprender - e, melhor ainda, nunca se sabe de onde podemos tirar as lições mais valiosas!

 Continuando: quem conversou comigo nos últimos dias, acompanhou um desgaste de um dilema pessoal, que parece chistoso, mas é muito sério. Muito sério mesmo! Ao longo desta semana, na empresa em que estou trabalhando hodiernamente, assisti a uma palestra sobre Segurança do Trabalho que explicou o quão perigoso é agachar-se nos vasos sanitários. Tão perigoso que é alçado à categoria de advertência punitiva. Algo compreensível, dentro do contexto. O problema é que, desde que me entendo por gente (e produtor de merda, por conseguinte), nunca aprendi a sentar na privada: sou daqueles que se acocoram - ou que, pelo menos, até anteontem, se acocoravam. Um detalhe muito íntimo, reclamariam alguns, mas que, na angústia que desencadeou em mim, assumiu ares de reflexão política: até que ponto o simples ato de defecar indica algo sobre a classe social de uma pessoa ou sobre o seu caráter? O desconforto extremo que experimento quando tento me sentar (e eu juro: estou tentando arduamente) é um ponto de partida auto-responsivo!

Não por coincidência, no filme hollywoodiano aparentemente trivial que vi ontem à noite ["Namoro ou Liberdade?" (2014, de Tom Gormican)], o personagem de Zac Efron utiliza o vaso sanitário de maneira absolutamente heterodoxa. O motivo: apesar de seu vigor juvenil atlético, ele ingerira pílulas de Viagra para exibir uma potência sexual exacerbada em seus flertes noturnos intencionalmente descompromissados. E, quando vem a necessidade de urinar, a ereção perene o impede de aliviar-se fisiologicamente. Esta disfunção possui alguma correlação política (ou ideológica)? Ao invés de responder, firmarei um compromisso convosco: não me suicidarei neste Natal. Por mais que eu tenda a afastar mais pessoas "que gostam de mim". É um compromisso!

Wesley PC>