sábado, 26 de novembro de 2011

SERÁ QUE ELES NÃO VÊEM? É UM FILME PARA MACHOS!

Eu estava revendo o clássico ‘noir’ “Gilda” (1946, de Charles Vidor) na TV, em versão dublada. Meu irmão e minha cunhada chegaram tagarelando, interrompendo a sessão, mas eu fiz de conta que não me incomodava tanto: já tinha visto o filme tantas vezes que simulei não estar tão irritado com a gritaria de minha família. De repente, meu irmão mais velho solta este comentário: não tem um filme pior, não?”. Não me dei ao luxo de sequer pensar em responder: sou devoto deste filme, por mais evidentes que estejam os seus diversos defeitos!

Enquanto meu irmão se incomodava com as imagens do filme, com as cenas em que a deslumbrante Rita Hayworth cantava e dançava, eu constatava que, apesar do título feminino e imponente, o filme é demasiado machista, conduzido a partir da perspectiva ciumenta do avaro personagem de Glenn Ford. Por mais enganada que a platéia seja (ou finja ser) neste sentido, ainda assim este filme encanta: ele é um poderoso demonstrativo da tendência de filmes subtramáticos da década de 1940, em que, por detrás de uma estória de amor e ódio, escondiam-se farpas políticas, ambíguas apologias ao crime, misoginia vendável, etc.. E, enquanto isso, quando se pensa no filme, todo mundo cantarola a audaciosa letra de “Put the Blame on Mame”, que começa assim:

“When Mrs. O'Leary's cow
Kicked the lantern in Chicago town
They say that started the fire
That burned Chicago down
That's the story that went around
But here's the real low-down
Put the blame on Mame, boys
Put the blame on Mame
Mame kissed a buyer from out of town
That kiss burned Chicago down
So you can put the blame on Mame, boys
Put the blame on Mame!”


Ao longo do filme, a culpa é posta na própria Gilda, na sua feminilidade irrefreável e, ao mesmo tempo, engaiolada pelo controle monetário de seus maridos enciumados. Num momento-chave do filme, ela profere a seguinte ameaça ao seu amado: “eu te odeio tanto que sou capaz de me destruir só para te carregar comigo”. Nas cenas seguintes, ela o beija com paixão. Na última cena, eles fogem da Argentina norte-americanazada que fora construída em estúdio. Quem duvidava que seria diferente?

Wesley PC>

“TRABALHEM MAIS, ALIMENTEM-SE MENOS!”

O que mais me surpreende no modo como George Orwell (1903-1950) escreve é a simplicidade de suas palavras e frases. Ele não rebusca em demasiado. Ele é direto: ele atira as orações na cara do leitor perplexo, que, mesmo assim, não pode dizer que está diante de romances “fáceis”. Infeliz de quem crer que suas obras-primas literárias são passíveis de interpretações unidimensionais, por mais que suas perspectivas crítico-alegóricas sejam francamente anunciadas. Digo isso, aliás, por experiência própria: li “A Revolução dos Bichos”, publicado em 1945, enquanto esperava a minha vez de votar, em 2010, e fiquei escandalizado com a genialidade distópica do livro. Tão simples, tão direto, tão firme, tão eficaz, tão pessimista... Não me admira que o seu autor tenha morrido tão jovem. Segundo as suas biografias, o motivo oficial de sua morte é uma tuberculose. Sei, sei...

Trouxe esta lembrança à tona porque, há alguns minutos, tive o prazer de finalmente assistir à magnífica versão animada do livro supracitado: “A Revolução dos Bichos” (1954, de Joy Batchelor & John Halas) é um filme tão preciosamente intimidador que, em mais de uma seqüência, eu tive o ímpeto de colocar as mãos diante dos olhos, a fim de não testemunhar as atrocidades que se seguiriam. Juro: eu parecia uma criança diante de um filme de horror em 3D. O filme é tenebrosamente apavorante, de tão ínclito. Eu parecia um torcedor de futebol, em dia de final de campeonato, de tão ansioso que estava em minha cadeira, ansiando para que aquela trama com que tanto me identifiquei tivesse um final proveitoso para os animais revoltosos, mas, por ter lido a obra original, eu sabia que o final seria trágico. Para minha surpresa, o final do filme é diferente daquele do livro: escancara uma interrupção, na verdade, mas demonstra-se ainda mais aberto a interpretações políticas em aberto para o tema do entrecho metafórico. Não é um final feliz ou triste: é cíclico e realista. Um soco na consciência!

Não sei se cabe aqui resumir a trama do livro/filme, de tão conhecida que a mesma é, mas nunca é demais repisar o quanto me identifico e enterneço com a figura do personagem Sansão, cavalo dotado de força e determinação trabalhista sacrificial, que é morto depois que adoece e reivindica descanso, não obstante ter sido o animal que mais trabalhou obstinadamente – em vão? – para o restabelecimento autogerido da fazenda dos animais revoltosos. Dói em meu peito sempre que ele é carregado naquela falsa ambulância, mas não é uma dor que causa choro, e sim conscientização, impotência, vontade de lutar até o estrebuchamento definitivo. Espetacular este filme, fiel em espírito à magnificente obra literária do genial George Orwell, que, aqui, é transportado às telas da maneira respeitosa que os futuros adaptadores cinematográficos não lhe saberão tratar. Definitivamente, eis um filme que merece ser amplamente conhecido (e, obviamente, visto após a leitura do livro original)!

Wesley PC>

UM LIVRO QUE EU AINDA NÃO LI E ALGUMAS DAS PESSOAS EM QUE PENSO QUANDO LEIO SOBRE AMOR...

Publicado oficialmente em 1847, pela britânica Charlotte Brontë, “Jane Eyre” é um livro que padece de todos os males e qualidades associados ao sobejo de romantismo. Já foi adaptado trocentas vezes para o cinema, mas, até então, não havia assistido a sequer uma destas adaptações. O fiz hoje, pela primeira vez: “Jane Eyre” (1934), dirigida pelo protegido de D. W. Griffith, Christy Cabanne.

É um filme hollywoodiano menor, desprezado até por parte da crítica, mas eu gostei. Talvez por estar ainda mais influenciável e/ou carente que o normal, não sei, mas gostei do modo como a trama sintética é conduzida: em apenas 62 minutos de duração, a protagonista surge como uma garotinha desprezada pela tia e pelos primos, torna-se professora, depois governanta, apaixona-se pelo novo patrão, descobre que ele já é casado com uma mulher louca, torna-se missionária e, ao final, o que pode ser entendido como um final feliz de reencontro e amor abnegado. Intuo (e tenho certeza) de que esta versão fílmica difere bastante do livro, mas me emocionei mesmo assim: fiquei pensando se, um dia, também terei direito a esse tipo de final feliz. Ontem, meus olhos estavam borrados: tenho medo de ficar cego!

Uma das cenas mais graciosas e aterradoras deste filme é justamente quando a protagonista vivida pela pouco expressiva Virginia Bruce conhece a esposa insana de seu amado, anteriormente comprometido com uma terceira mulher, inclusive. Ela sabe que ele a ama, que ele terminou o relacionamento com a dama com quem pretendia se casar e constata que o seu casamento atual está anulado, mas, ainda assim, se sente constrangida, traída, e foge... E eu torci para que ela voltasse, mas ela só o reencontra quando ele está cego, justamente por tentar salvar a esposa louca de um incêndio que ela mesma provocou. E, lá em Paripiranga, talvez estivesse fazendo sol enquanto eu via este filme...

Wesley PC>

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

PUBLIQUE-SE A FICÇÃO!

Há algum tempo, eu comentei aqui o meu desagrado com uma série de TV, produzida por Neil Jordan, sobre as atrocidades clericais da família Bórgia. Desgostei das forçações de barra do seriado, também já antecipadas por um episódio fílmico do Walerian Borowczyk sobre a mesma família (vide comentário 'en passant' aqui). Imaginava-me, portanto, incapaz de encontrar uma representação ficcional que fizesse jus aos devaneios históricos relacionados a esta família de cruéis representantes da Igreja Católica no século XV. Até que, entre 2004 e 2008, o roteirista multinacional Alejandro Jodorowsky e o desenhista italiano Milo Manara lançaram a série em quadrinhos “Bórgia”, divida em 3 tomos: “1: Sangue Para o Papa”; “2: O Poder e o Incesto”; e “3: As Chamas da Fogueira”. Li estes três volumes ao longo da semana, graças a um empréstimo de uma grande amiga lasciva, e, puxa, que obras-primas. Ainda agora, estou excitado!

Apesar de um infinitésimo desagrado com algumas hipérboles relacionadas à crueldade papal – que, se eu pensar bem, talvez nem sejam tão exageradas assim (vide a seqüência em que cento e cinqüenta pênis são decepados para chantagear um jovem cardeal pederasta a votar no patriarca da família protagonista como sucessor do papado romano) – fiquei sumamente impressionado com a conjunção de genialidades destes dois brilhantes artistas. O roteiro nos surpreende a cada quadrinho (se bem que, admito, há um leve decréscimo qualitativo no terceiro tomo) e os detalhes das composições manarianas chocam-nos pela riqueza: quando ele se dedicava a pintar um plano geral, era escândalo na certa!

Tentei encontrar a minha imagem favorita dos três livros – a cena em que Lucrécia Bórgia urina numa tigela oferecida por uma bruxa, a fim de fabricar um remédio que lhe permitisse abortar de seu irmão e envenenar outros desafetos – mas não a encontrei. Entretanto, esta fotografia rememorativa do instante em que a principal amante de Rodrigo Bórgia o conheceu, ainda num mosteiro, quando espanava um busto nu de São Sebastião, não apenas me excitou deveras como também serve como brilhante metonímia dos acertos e hipotéticos problemas superinterpretativos (válidos e mui perdoados, diga-se de passagem) desta genial série em quadrinhos. Obra-prima, pura e simplesmente!

Wesley PC>

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

EU ESTAVA TENTANDO ME CONTROLAR, MAS NÃO CONSIGO!

“O mero ato de mastigar e de engolir alguma coisa, mesmo que isso não alimente o corpo, alimenta os seus sonhos. E os sonhos de comida são como todos os demais – você pode viver deles até morrer”.

A frase acima é proferida por um rato desmamado, irmãos de outros 12 ratos, abandonado pelo pai, filho de uma mãe bêbada, que, ao perceber que nascera numa livraria, sobre os retalhos de um livro pouquíssimo lido de James Joyce, torna-se um leitor contumaz. Acrescenta ele: é quase uma lei da psiquiatria que a combinação entre intelecto precoce e fraqueza física pode originar muitos traços de caráter desagradáveis – avareza, mania de superioridade e masturbação excessiva, para ficar apenas em alguns”. E, apesar de estar ainda no meio do quarto capítulo, já posso dizer em alto e bom som que sou fã de “Firmin”, livro escrito pelo norte-americano Sam Savage, em 2006.

Nunca tinha ouvido falar desse livro até a semana passada, quando redigi uma postagem em que me punha emocionalmente a favor dos ratos, quando um amigo jornalista se prontificou em me emprestar este livro, que logo se revela como uma obra-prima de melancolia e identificação letrada. “Um rato culto é um rato solitário”, escreve alguém na contracapa do livro, confirmando o grau de originalidade e criatividade deste livro, o qual já penso em protelar bastante a devolução ao seu dono, a fim de emprestá-lo à maior quantidade de amigos possíveis. Afinal de contas, por mais que eu me contenha para resenhá-lo apenas ao final da leitura das 244 agradáveis páginas da edição que se encontra em minhas mãos neste exato momento, mas quem disse que eu consigo conter a empolgação? Maravilha de livro!

“Rir para não chorar – algo que, é claro, também não posso fazer. Nem rir, aliás, pois, no assunto em pauta, a não ser dentro da minha cabeça, isso é mais dolorido do que as lágrimas”.

Wesley PC>

SÓ PORQUE EU POSSO! (COMO EU PUDE PERDER O FINAL DESTE FILME?)

Em verdade, titubeei bastante antes de escrever algo sobre “Possuídas Pelo Pecado” (1976, de Jean Garrett), de tão contemplado que eu me senti ao ler um excelente artigo escrito pela Andrea Ormond, mas o fato de ter adormecido nos três minutos derradeiros desta quase obra-prima nacional me levam a resumir algo sobre o impacto insistente que este filme ainda deposita sobre mim: estou impressionado, absolutamente impressionado!

Como eu posso ter me identificado tanto com um filme em que quase todos os personagens são absurdamente alcoólatras? Simples, o vício em álcool é meramente tangencial no enredo: a suposta possessão pelo pecado contida no título é o que determina a tônica da identificação ampliada: como não se ver na cena em que uma mulher em estado de suprema necessidade etílica beija o sapato de um milionário arrogante e pede um gole de uísque a esta peça inanimada da vestimenta masculina? Como não se ver na cena em que a mesma mulher rasteja até um chiqueiro no afã por bebericar algumas doses da mesma bebida? Como não se ver nos paroxismos orgiáticos recorrentes do filme? Como?

O que mais me surpreendeu, entretanto – para além da intensa genialidade do diretor Jean Garrett, que se vale de um elenco eficiente, de uma montagem contundente, de uma magistral trilha sonora tchaikovskiana e de uma fotografia deslumbrante – foi a verdadeira rasteira que o filme dá em quem espera dele um mero entretenimento erótico. Tudo aqui é entupido de psicologia, de violência moral, de análise de costumes, de discurso acerca do fracasso econômico da luta de classes. Definitivamente, este filme não se configurou como uma obra-prima por pouquíssima coisa (incluindo o final que eu não vi): simplesmente genial – e brasileiro por excelência!

Wesley PC>

terça-feira, 22 de novembro de 2011

APÊNDICE (AINDA SOBRE A TAL DA MÚSICA 'POP' ESTADUNIDENSE CONTEMPORÂNEA):


"You and I walk a fragile line
I have known it all this time
But I never thought I'd live to see it break
It's getting dark and it's all too quiet
And I can't trust anything now
And it's coming over you like it's all a big mistake

Oh, holding my breath
Won't lose you again
Something's made your eyes go cold

Come on, come on
Don't leave me like this
I thought I had you figured out
Something's gone terribly wrong
You're all I wanted

Come on, come on
Don't leave me like this
I thought I had you figured out
Can't breathe whenever you're gone
Can't turn back now
I'm haunted"



Uma canção vendável como qualquer outra?
O lamento de uma mulher apaixonada e/ou traída?
Um passo em falso de minha parte?
A adesão às fraquezas que enxergamos nos outros e sabemos nossas?
Não consigo parar de ouvir esta mesma canção 'pop': estou amaldiçoado!

Wesley PC>

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O QUE FOI QUE ACONTECEU COM A MÚSICA ‘POP’ ESTADUNIDENSE?!

Ontem à noite, eu inventei de assistir a uma premiação norte-americana de música ‘pop’ que estava sendo exibida na TV. Eu pressentia que as apresentações musicais não correspondiam ao que eu gosto neste subgênero musical, mas, ainda assim, suportei com galhardia os atropelos de Jennifer Lopez, Maroon 5 (cujo videoclipe para “Moves Like Jagger” é executado duzentas vezes por dia nas emissoras de TV, mas, ainda assim, não me fisgou!), Bruno Mars e trocentos outros artistas preponderantemente comerciais de ‘R&B’ que me desagradam sobremaneira. Fiquei chocado com a ausência de categorias que valorizasse o ‘rock’n’roll’ – querendo ou não, um ritmo musical que vende muito nos EUA e ao redor do mundo. O mais próximo que eu presenciei neste sentido foi quando a canadense Alanis Morissette apresentação uma cantora de ‘hip-hop’ que ela defendeu como uma de suas preferidas e o premio de “Melhor Artista ‘Pop/Rock’”, em que a comovente artista britânica Adele venceu Lady GaGa e Rihanna. Como assim?! Sem contar que, na categoria “Artista do Ano”, a pós-adolescente Taylor Swift foi a laureada, depois de receber diversos outros prêmios. Estou ouvindo agora, inclusive, uma faixa do disco “Speak Now” (2010), chamada “Haunted”, que figurou recentemente na trilha sonora do seriado “True Blood”. Uma gracinha a canção: acho que vou baixar o disco inteiro e verificar se, de fato, esta artista é digna de tamanha atenção. Por ora, recuso-me a me mexer tão espalhafatosamente como os arremedos de Mick Jagger do videoclipe cujo crédito inicial emoldura esta postagem... O que foi que aconteceu com a música ‘pop’ estadunidense?!

Wesley PC>

domingo, 20 de novembro de 2011

“SABES POR QUE EU ARROTEI? POR DOIS MOTIVOS, UM FISIOLÓGICO (COMI DEMAIS) E OUTRO FILOSÓFICO (PARA INSTAURAR AÇÃO NO ‘DOGMA’)”!

Creio que o depoimento acima seja auto-suficiente em relação ao que pode ser aventado acerca da qualidade de “Does It Hurt? The First Balkan Dogma” (2007, de Aneta Lesnikovska), pretensioso filme macedônio que vi na tarde deste domingo, meio sonolento, depois de ter trabalhado como fiscal de concurso pela manhã. Na sala em que eu estive, havia vários Weelingtons e Wedinas e estes sorriam sempre que eu os abordava pelo prenome. Ser simpático é parte essencial de meu “estar no mundo”, ao contrário do que demonstrava a diretora do filme (interpretada por uma atriz), pretensiosa e infantilizada em sua necessidade de superar Lars Von Trier, Catherine Breillat, Roman Polanski e quem mais passasse por seu rol de referências autorais. Apesar de tudo isso, entretanto, o filme não é tão ruim quanto o depoimento acima deixa parecer: uma e outra cena são dignas de menção e comparação com eventos da vida real...

No filme, vida real e cinema parecem se confundir. Esta é a intenção da diretora, que, pelo que entendi, mentiu para seus amigos sobre estar sendo financiada pela produtora dinamarquesa do Lars Von Trier para filmá-los em situações que seriam posteriormente lançadas como o filme em si. Conforme se pode perceber na imagem acima, que emula descaradamente um filme breillatiano protagonizado pelo ator pornô Rocco Siffredi, a iminência do sexo enquanto desacato manifesta-se como mais uma constante no cinema produzido hodiernamente nas antigas repúblicas iugoslavas, posto que, apesar da evidente diferença de estilos, pode-se comparar a verve directiva da Aneta Lesnikovska com o oportunismo proto-discursivo de um polêmico filme recente do cineasta Srdjan Spasojevic: ambos se afobam e crêem que seus filmes são mais imponentes do que realmente são. Isto não é necessariamente um problema, mas incomoda em ambos os casos por causa da discrepância entre apanágios fílmicos e complementos avaliativos externos que configuram uma nova relação com o filme em si, impregnada da impureza constitucional da contemporaneidade. Em outras palavras: acho que estou ficando velho!

Wesley PC>