quarta-feira, 1 de abril de 2009

TU JÁ OUVISTE FALAR EM ANAÏS CROZE?


Se tu não te chamares Wendell, é bem grande a possibilidade de responder “não”! Como eu não me chamo Wendell (apesar de muitas letras coincidentes), até a tarde de hoje, eu também nunca tinha ouvido falar desta moça. Daí, vasculhei as músicas contidas em meu computador, trazidas por este belo estudante de Física que geme em Campinas – SP, e descobri o álbum “The Cheap Show” (2005). De início, relutei, pois desgosto de música ao vivo, mas, ao colocar as 12 faixas para rolar no rádio (13, se contarmos a reprise de “Mon Coeur, Mon Amour”), fui tomado de assalto por algo absolutamente original, pós-moderno, inclassificável. Tornei-me fã de imediato e estou cá, ouvindo e reouvindo a referida moça.

Pelo que pude pesquisar, Anais Croze é uma francesa de 32 anos que mescla as mais diversificadas referências em seu espetáculo multiforme. Não sei o que vê vem mais à cabeça durante a audição de suas estranhas e fascinantes canções: a evocação de “I Will Survive” em “Même Si La Vie C’Pas du Foie Gras”? Os grunhidos de criaturas esquisitas como Paula Cole sendo evocadas pela cantora? Recursos vocais que, de tão inesperados, remetem até mesmo ao velocíssimo ‘rapper’ turco Ceza? Uma paixão insofismável nas letras das canções, que nos traz à mente à leveza raivosa de Julie Delpy? Algo completamente sem precedentes, que seduz justamente pela mixórdia? Tudo isso e mais um pouco. Estou encantado!

“Ce mélange de sentiments, aromatisé aux fines herbes
Me fait sourire gentiment et finalement me donne la gerbe !
Je hais les couples qui me rappellent que je suis seule !
Je déteste les couples, je les hais tout court!
Mon coeur, mon amour, mon amour, mon coeur”


Passional e barulhento, aparentemente leve, mas explosivo. Tudo o que eu precisava (e o que os habitantes de minha casa mais temiam – risos)!

Wesley PC>

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