segunda-feira, 30 de março de 2009

“DINHEIRO, PRÁ QUE DINHEIRO...”?


Ao chegar em casa hoje pela manhã, após relaxantes 6 horas de sono pós-cinematográfico em Gomorra, descubro que perdi uma nota de R$ 2,00 sobre a cama em que estive deitado. Não é uma grande perda monetária, aparentemente não estou precisando desta quantia em dinheiro e sei que ele vai ser bem-aproveitado por quem encontrá-lo, mas o fato de ter me desprendido involuntariamente do que quer que seja me torna desconfortável. Por isso, lamento ‘ad extremis’ as rejeições renitentes a que estou sujeito por alguns seres temperamentais...

Sei que um dos aspectos de minha personalidade extremamente hiperbólica e idiossincrática que mais perturbam meu amigo Rafael Torres é justamente este meu apego irrestrito à inassunção de certas tendências materialistas e, enquanto escrevo estas linhas, tento pensar em milhares de coisas diferentes, a fim de que não me martirize tanto ao pensar no valor monetário perdido (que, agora, é o menor de meus problemas, supondo que seja sequer um problema) ou no ser temperamental que, se quisesse, teria poder supremo sobre meu corpo e adjacências. Mas não se pode controlar assim as sinpases mnemônicas!

Falando ainda em dinheiro, hoje é o dia em que sai o mau auxílio-desemprego estatal. Conclusão: hoje (e pelos 7 dias seguintes, pelo menos), serei considerado um salvaguardador de minha família, serei tratado como uma presença indispensável em minha casa, terei muitos de meus caprichos atendidos, etc., etc.. O dinheiro tem o poder de deixar as pessoas mais tranqüilas em minha residência. Não gosto disso, luto contra isso desde que me entendo por gente, mas... Que se fodam os dois Reais perdidos! Mais dolorosa é a atenção alheia compulsivamente desligada no meu coração...

Wesley PC>

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