sábado, 4 de abril de 2009

ERA PARA TER ESCRITO DE MANHÃ, MAS...


[...Minha Internet caiu. Segue o texto anacrônico, portanto:]

PLANOS REABILITADORES PARA SÁBADO

É hoje! Mais uma vez desperto da cama ansioso para pôr em prática as fôrmas ativas que planejei para o mundo ao meu redor antes de dormir! Conforme prometido, vi um violentíssimo filme do Neil Jordan, atendendo à sugestão de uma quase freira, e gostei deveras. Identifiquei-me (ou catartizei-me, sei lá) com a fúria vingativa e temente da radiojornalista injustiçada, que entra em coma e perde seu noivo indiano por causa da intragável violência urbana. Por mais que eu não acredite no assassinato como solução para qualquer problema que seja, alguma coisa me fez exultar diante da extrema pulsão vingativa adotada pela protagonista, magnificamente vivida por uma firme Jodie Foster, vai entender...

Mas, que seja! Para hoje, tenho reabilitação em vista. Não sei se deixei bem claro em textos anteriores que minha companheira proto-namoratória ex-freira possui um marcante passado sexual, de intensas relações (para-sexuais) juvenis com homens e mulheres. Porém, tal qual ocorreu com o filósofo religioso Santo Agostinho, que pecou, pecou, pecou, provou o gosto do mundo, e depois escreve suas “Confissões”, onde prepara o terreno para uma divisão explícita entre o que seria “a cidade dos homens” e “a cidade de Deus”, minha apaixonada amiga Alexandra deseja mudar de vida, alcançar novos parâmetros morais, inclusive no plano da lubricidade – e me pediu para ajudá-la neste percurso, olha só que honra!

Seja como for, trato é trato: e, se tudo der certo, hoje mesmo, mais tarde, estaremos vendo junto um dos maiores clássicos mudos de todos os tempos: “A Caixa de Pandora” (1929), de G. W. Pabst, pioneiro por mostrar homossexualismo feminino, no qual uma moça muito, muito lúbrica – de nome Lulu (vivida pela encantadora e lançadora de modas Louise Brooks) – tenta viver acima de tudo, viver e foder, viver e amar... Tal qual eu, Alexandra e qualquer outra pessoa que viva neste mundo. No filme, portanto, Lulu encontra diversos amantes (de ambos os sexos), casa-se, é acusada de assassinar seu rico e ciumento e não compreensivo marido, foge, relaciona-se com uma rica baronesa e pára nos braços de Jack, o Estripador. Entre outras ações, é isto o que acontece com ela. Será este o destino vindouro de Wesley, Alexandra ou qualquer outra pessoa que insista em viver e amar neste mundo?

Wesley PC> (redigido às 7h30')

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