sábado, 16 de março de 2013

A DOENÇA, A DOENÇA... DEVO PREFERIR A DOENÇA?

Nos últimos dias, trabalhei intensamente em jornadas de quase dez horas ininterruptas. Obviamente, fiquei bastante cansado ao final e, em contato com todo tipo de pessoa, adoeci. Sinto-me fisicamente muito mal, corpo doendo, febre, coriza sendo expelida por todos os poros de meu corpo. Não me arrependo disto, não reclamo também: se este foi o preço por ter trocado tantos olhares fugidiamente apaixonados, eu aceito!

Na noite de ontem, quando doze horas de trabalho foram necessárias para atender a todas as pessoas com quem deparamos (inclusive, um lindo surdo-mudo), desmaiei na cama. Delirei por alguns instantes e sonhei com rapazes nus. Faz tempo que não vejo um rapaz completamente nu, apesar de ter abraçado um amante na noite de ontem, apalpando as suas nádegas, alisando o seu pênis por alguns segundos, por sobre o seu calção de teflon. O amei naquele instante e, por não poder pôr em prática este amor, do jeito que o meu corpo queria naquele instante, sonhei com ele, adoeci por ele...

Ao despertar na manhã de hoje, sentindo-me ainda fisicamente mal, minha mãe recomendou-me que comesse algo o quanto antes. Pus um pouco de cuscuz com quiabo num prato, enquanto videoclipes do Nick Cave and the Bad Seeds eram exibidos na TV. Apesar de ainda estar doente, melhorei num instante! E, por algum motivo esquisito, sinto muita curiosidade de ver “American Pie: O Reencontro” (2012, de Jon Hurwitz & Hayden Schlossberg) na noite de hoje.

Sendo o epílogo de uma péssima trilogia fílmica – moralmente execrável em toda a sua hipocrisia – em que “A Primeira Vez é Inesquecível”, “A Segunda Vez é Ainda Melhor” e a terceira parte é “O Casamento”, por mais que eu tenha certeza de que odiarei o filme, fui hipnotizado pelo fotograma anexado a esta postagem. O que justificaria que um típico homem maduro hollywoodiano, bem-casado e rejeitando na idade adulta os devaneios eróticos incontidos de sua adolescência, se sujeitasse, nove anos depois, à exposição da masturbação na cozinha? Não sei por que razão, mas me sujeitarei a descobrir... Por isso, não posso reclamar de adoecer em seguida: quem me mandou mexer com vírus?

WesleY PC> 

quinta-feira, 14 de março de 2013

APRENDIZADO NA AUSÊNCIA:



Na manhã de hoje, participei do seguinte diálogo:

“ – Se a tua vagina fosse surda-muda, como tu resolverias este problema?
Fácil. Procurando um pênis intérprete!”

A portadora de necessidades especiais genitais em pauta estuda Fisioterapia na UFS e, aos 19 anos de idade, virgem, confessou que nunca vira um homem nu na vida. Fiquei surpreso com isso, de modo que pesquisei sobre o assunto entre as demais raparigas do local. Uma delas soltou: “mas o corpo de um homem nu é muito feio!”. Mentalmente, eu discordei. E, no instante seguinte, eu estava aprendendo que existe um segmento da Fisioterapia direcionado para homens com problemas de ereção. Tudo fez sentido!

Wesley PC>

quarta-feira, 13 de março de 2013

NOTA RÁPIDA SOBRE O ÚLTIMO FILME QUE VI:


Baseada numa ópera-bufa de Giovanni Batista Pergolesi (1710-1736), a versão de Carla Camuratti para “La Serva Padrona” (1998) chama a atenção pelo inusitado de sua proposta: depois de se tornar eternamente atrelada ao que se convencionou chamar de “retomada do cinema brasileiro”, a famosa atriz resolveu se aventurar pela filmagem de um espetáculo musical, concebendo um filme que, se não é de todo interessante por suas particularidades essencialmente fílmicas (visto que os protagonistas cantores Sylvia Klein e José Carlos Leal estão afetadíssimos), ganha pontos pela última aparição de Thales Pan Chacon,ex-marido da diretora, falecido em 1997, aos 41 anos de idade, em decorrência do vírus da AIDS, e pela encenação do trecho cantado final, em que as onomatopeias das batidas dos corações feminino e masculino são contrapostos em suas particularidades sonoras (o primeiro soa como ‘pititi – pititi – pititi’ e o segundo como ‘tatatá – tatatá – tatatá’). Não é um grande filme (dura apenas 63 minutos, inclusive), mas não deve ser descartado numa análise criteriosa das produções extemporâneas do cinema de nosso país... Mais detalhes, vide cadastro do filme no Filmow.

Wesley PC> 

segunda-feira, 11 de março de 2013

ENQUANTO O(S) LIVRO(S) NÃO CHEGA(M)...

Nunca ouvi falar do Guy Hennebelle, mas a capa, o título e a propaganda relacionada a este livro me empolgaram deveras: não apenas me servirei dele para propósitos pessoais como não duvido que ele me seja deveras útil em minha escrita dissertativa em defesa da Boca do Lixo paulistana, o melhor exemplo de indústria cultural auto-sustentada aqui no Brasil até então...

Comprei o referido livro através da Internet, por menos de trinta Reais. Agora, é só questão de esperar o Correio me entregar, enquanto eu me distraio com ocupações burocráticas, pessoas que dependem de mim enquanto arremedo de servidor público, seres jovens que envelhecem a cada minuto de existência...

Minha cadela mais nova, Sembène de Castro, está engasgada neste exato momento. Minha mãe colocou sal em sua boca, no afã para que ela beba água, se recupere... Às 22h, tem um filme na TV que eu quero ver, um filme hollywoodiano, para ser mais preciso, um clássico menos apreciado do John Carpenter. Minha mãe está com medo de vê-lo comigo: teme ter pesadelos. E eu,. apaixonado, desmiolado, preciso me ocupar, me ocupar, me ocupar...

Wesley PC>

domingo, 10 de março de 2013

SE EU FICAR CALADO, VOU PARECER DEMASIADO SUSPEITO?


Há alguns minutos, duas irmãs brigavam aqui na rua: a mãe delas está internada num hospital  em estado gravíssimo, há mais de um mês, por conta de um aneurisma cerebral. Ela não gostava que o marido de uma das filhas freqüentasse a sua casa, o que passou a ser descumprido com a sua internação. A irmã mais nova destacou este fato e ambas se engalfinharam. Fiquei com dó de ambas, ao mesmo tempo em que outros problemas emocionais (e/ou carências) embotavam os meus sentidos. Ficarei calado algum tempo, pode ser?

Wesley PC>