sábado, 14 de março de 2009

Gustavo & Iggy Pop


Esse é o filho de Jean.

Ele esteve conosco neste último carnaval e apresendeu muitas coisas.
Aprendeu a fazer "chifrinho" (veja na foto).
Conheceu The Stooges. E tem como fase favorita "I fell all right"
Entrou nas viagens de Coelho e Barba.

Foi um ótimo carnaval. Tranquilo, relex, numa boa.

feop

Gomorra Surround Sound Home Theater 2009


Coelho e Jean instalando nosso Home Theater.

Essa foto é do Carnaval, quando o filho de Jean esteve conosco, quando lavamos o banheiro insistentemente e por fim, quando The Stooges deu o tom e o clima da Gomorra.

Feop

Produtos básicos


Estamos tentando nos organizar.

A idéia central é saber qual produto está acabando e o que cada pessoa pode dar.
Agora por exemplo está acabando papel higiênico e pela tabela, feop e max foram os últimos a comprarem. Também está acabando detergente e esponja, compradas recentemente por Luis e Chá.

Será preciso tempo e adaptação para começar a funcionar. Então vamos lá!!

feop

Kit Gomorra



2 Miojos = R$ 1,00
1 suco em pó = R$ 0,50
1 Pedra 90 = R$ 1,25

Custo de vida em Gomorra R$ 2,75 / dia

feop

Música - Paul McCartney - Band on the run

 Paul McCartney - Band on the Run



É só aperta play, carregar e ouvir.

Esse é um dos clássicos da fase solo de Paul McCartney, creio que seu primeiro grande sucesso após o fim d'Os Beatles.

Leno de Andrade

Pós-Gomorra ou o clássico "No dia seguinte..."

Por mais que eu tente, ainda não aprendi a tirar fotos de Max. Ele sempre sai com a cabeça cortada õ.O'

Aqui seria ele numa típica ação pós-Gomorra.

feop

Saldo do mês de Fevereiro 2009

Eu sobrevivi à Setransp - Parte II

Acordei cedo este sábado para ir à Setransp recadastrar a carteira pra gastar mais dinheiro em ônibus velhos. Encontrei Debora no terminal DIA e lá fomos nós. Chegamos 8:20 da manhã. Pegamos as senhas 637 e 638 e a primeira espera que fica do lado de fora estava no número 520. No entanto, aparece uma mulher nos oferecendo uma senha de número 568, que era da irmã dela que tinha ido em casa e não tinha voltado, mas como era uma senha só, negamos e Debora aconcelhou à moça a trocar com alguém que estivesse só. Mas a tal mulher gosto mesmo da gente e depois de alguns segundos voltou e nos ofereceu duas senhas de número 567 e 568, e já estavam chamando o número 550, então foi um tapa, assim que entramos não demorou muito também. Passamos um pouco menos de 1 hora lá.

Então, ao mesmo tempo que mango de Wesley rsrsrsrsrs, aconselho o pessoal a ir no final da semana e de preferência de manhã cedo. Mas vão logo, o prazo tá acabando.

Leno de Andrade

O EMPREGO NÃO DIGNIFICA O HOMEM!


Olha só o que está acontecendo com o Perfeito depois que ele passou a ser escravizado pelo Sistema. Não eram nem 3 horas da manhã e ele inventou de ir para casa. Chuif! Ah, sono equivocadamente introjetado e maldito!

Wesley PC>

sexta-feira, 13 de março de 2009

TEMOS QUE ESTAR SEMPRE PREPARADOS PARA QUALQUER OCASIÃO!


Os planos de ver o filme homônimo da data de hoje foram por água abaixo. A carência de créditos telefônicos de minha parte impediu que encontrasse o moço que me emprestaria o dvd com o filme. Por outro lado, como costumo ter sempre ases adicionais embaixo da manga, estou saindo de casa neste exato momento para ver “NEKRomantik” (1987, de Jörg Buttgereit) em Gomorra, um dos filmes de terror mais belos que já vi em vida. Trata-se basicamente da saga sofrida de um homem que, abandonado por sua esposa e seu cadáver erótico, vaga pelos cemitérios em busca de um corpo pútrido para saciar os desígnios do título do filme. Amigos já ameaçaram falar comigo se eu continuasse a divulgar este tipo de filme, mas não ligo, acho-o uma obra-prima. Por isso, corro para alegrar meus companheiros de hedonismo com uma aventura cinematográfica que jamais será esquecida...

E, sim, a mulher da foto está introduzindo um pedaço de pau na virilha do defunto para fazer sexo com ele – e isso é apenas o começo do filme (risos apaixonados).

Ansiosamente,
Wesley PC>

“BACK TO BLACK” (AMY WINEHOUSE)


Tio Charlisson já admitiu na Comunidade da Gomorra no Orkut que ficou surpreso quando ouviu o som de Amy Winehouse pela primeira vez, depois de todo o bafafá envolvendo-a. Segundo ele, ela vai muito além deste apelo sensacionalista como uma doidivanas que todas as semanas aparece em algum noticiário, dando chilique ou cancelando concertos por problemas toxicômanos de saúde, e é realmente uma cantora talentosa, que canta com a alma, que admite que não presta e que põe para fora a motivação para estas notícias sensacionalistas e negativas em que ela se envolve. Pois bem, em virtude da crise moral que enfrento desde ontem à noite, venho a público dizer que gosto muito do trabalho (unicamente sonoro) da cantora e que o videoclipe de “Back to Black”, homônimo do álbum lançado em 2007, é uma belezura:


“Eu te amo tanto
Isso não é suficiente
Você ama cheirar cocaína e eu amo fumar maconha
E a vida é como um cachimbo
E eu sou uma pequena moeda sem valor rolando pelas paredes adentro

Nós apenas dissemos adeus com palavras
Eu morri uma centena de vezes
Você volta para ela
E eu volto para... escuridão”


Wesley PC>

VAI ENTENDER ESSE POVO... VAI!


A própria emissora desgostou da novela, o autor Miguel Falabella teve que adiantar os capítulos, brigou com os atores, gerou polêmicas idiotas que as donas-de-casa de bairros periféricos levaram à frente em suas conversas por dias e, puxa, aqui, em minha própria casa, tem gente que se empolga com esse tipo de coisa. Acabo de acordar com os gritos de meu irmão caçula e minha mãe, ambos empolgadíssimos com o capítulo final da novela das 18h. Vai entender!

Lembro que, quando fui a Recife pela primeira vez, passei por frente à sede da TV Globo Nordeste, um imponente e assustador território midiático que eu, enquanto graduado em Comunicação Social, conheço por dentro, sei do que trata, sei de que ardis esta emissora se serve para lancinar o dia-a-dia da atual camada proletária brasileira – e, de repente, por mais que conversemos, por mais que ela assista a bons filmes comigo, é só eu dormir para que minha mãe caia neste tipo de bobagem. Tudo bem que eu entendo que devo respeitar o (mau) gosto dela, mas... É difícil ver alguém que a gente ama se destruindo mentalmente deste jeito!

Repito meu lema, portanto: viver (vulgo: amar) é realmente fazer concessões!

Wesley PC>

“EU SOU UM SOLITÁRIO DE DEUS!”


“Qualquer dia, cairá uma chuva forte, que vai lavar esta escória das ruas, vai levar embora todas estas putas, gigolôs, traficantes, viciados...”

Passamos a madrugada em companhia dos filmes de Martin Scorsese. Não do jeito reverencial que eu pretendia, mas de um jeito em que pelo menos 75% dos diálogos dos filmes pudessem ser aproveitados (o barulho e os inconvenientes do excesso de pessoas na primeira sessão do Cine-Gomorra incomodou-me mais do que nunca nesta última quinta-feira!). Em meio a estes 75% de aproveitamento fílmico, fui atingido por uma violenta melancolia mnemônica. Não sei quantas vezes eu já assisti ao magnânimo “Taxi Driver – Motorista de Táxi” (1976), mas, desta última vez, cercado pelos tipos de pessoas que o protagonista Travis Brickle desejava exterminar, fui tomado por um sentimento que, beirava o arrependimento. Motivo: há algum tempo atrás – e por muito tempo – fui tomado por pensamentos demiúrgicos mui semelhantes aos que acometiam o extraordinário personagem interpretado pro Robert De Niro. Vagando solitário pelas ruas, sem perspectivas (“apesar de aparentar experiência”, como bem notou Eduardo), Travis temia – e, como temia, como sentia nojo, desejava exterminar, achava que tinha este direito, pois era “o solitário de Deus”, como não tinha nada a perder, talvez não custasse a execução na Terra de uma operação de higiene moral. Como eu já cometi este mesmo erro! E quanto!

Vendo o filme no ambiente mais adequado possível (por vezes, diante da televisão, me sentia percorrendo os mesmos guetos imundos que o taxista do filme), constatei o quanto ainda tenho que aprender, o quanto ainda preciso me corrigir, o quanto ainda tenho que me vacinar em relação a esta mania terrível, involuntária e catolicamente incubada de julgar os outros. Em pensamento, eu julgo o tempo inteiro – e isso não me faz sentir confortável!

Seguindo em frente com a mini-maratona scorseseana, fomos apresentados a outros personagens do Robert De Niro, que novamente se via misturado à escória do mundo, que vivenciava o ciúme e o abandono. Se estes pareciam ter um mínimo direito à redenção, este vinha sempre na figura de uma mulher, por quem se apaixonavam e, por motivos variados, levavam tudo a perder, a um caos maior do que aquele em que se encontravam anteriormente. O amor não os redimiu, mas mostrou que era possível. Ao final dos filmes, os personagens tomam rumos diferentes: num, é validado moralmente, ao passo em que permanece imerso numa cadeia de preconceitos contraditórios; noutro, descobre a solidão incorrigível que advém da atitude de não confiar nos seus semelhantes; e, no terceiro, sofre na pela os efeitos justamente do excesso de confiança. Em suma, três obras-primas, que dizem muito sobre o que sou, sobre quem talvez eu não queira mais ser e, principalmente, sobre quem pode me ajudar nestes intentos de metamorfose personalística. E, por mais que um ou dois nomes morenos se destaquem neste processo, toda a Gomorra está envolvida e é, portanto, mais um agradecimento coletivo a estas pessoas que desejo fazer aqui:

OBRIGADO POR ERRAREM, OBRIGADO POR ME ACEITAREM, OBRIGADO POR SEREM SERES HUMANOS, ACIMA DE TUDO, DEMASIADO HUMANOS!

Wesley PC> (espelhando-se no banheiro que fica perto do DALH)

RECADO (NEO-LINGÜÍSTICO) DE FERREIRINHA:


“Podem usarem!”

Assim mesmo, do jeito que tá escrito.

Wesley PC>

PRÉVIA DE VULCANISMO MORAL


Se sentindo deslocada, mal-falada, sofrida, ainda que muito apaixonada pelo homem de sua vida e pelas pessoas que o cercam, a personagem de Ingrid Bergman em “Stromboli” (1949, de Roberto Rossellini) decide fugir. Escala montanhas íngremes e enfrenta perigos animais e minerais. Explodem os vulcões. Ela se acocora e grita: “Deus, misericordioso Deus, Deus maravilhoso! Deus, Deus!”

Acho que vou cair nessa...
Explico em breve.

Wesley PC>

quinta-feira, 12 de março de 2009

IGOR (FILME)



Venho aqui hoje, humildemente, nessa quinta invasão, adentrar na especialidade do nosso querido e ardiloso Wesley, falar de um filme. Chama-se apenas Igor, uma animação do estúdio francês Sparx. Não vou analisar muito, apenas falar de alguns pontos que me chamara a atenção nele.

A trama se passa em Malária, uma pequeno reino que vivia da agricultura. Hoje Malária é uma cidade obscura, encoberta por nuvens, agricultura néca. O rei Malbert, encontrou como novo comércio a indústria da maldade. Isso mesmo, Malária vive de invenções maléficas e destrutivas as quais o rei usa para chantagear o mundo e assim sustenta a cidade.

A sociedade tem como alto escalação os “cientistas maus” (“Igor, aperte o interruptor”), os responsáveis pela criação das invenções do mal, e como a ralé os “igors” (“sim, mestre”), seres que ao nascerem corcundas, “feios” e vivem apenas para servir.

Bem, Igor, um dos igors, nasceu com o dom de inventar coisas, seu sonho é ser um cientista mau, mas ele nasceu na casta errada. Isso que me chamou atenção no filme, a identificação com o igor Igor. Desde que nasceu foi destinado à mediocridade, a aceitar sua condição, a dizer “sim mestre”, mas Igor não aceitou isso. Por mais que tivesse medo de ser descoberto inventando algo e de ir para a reforma dos igors, ele continuou trabalhando em seu sonho, ser um cientista mau (apesar de Igor ser muito bom). Assim que surgiu a oportunidade, Igor consegue algo que nenhum cientista mau conseguira antes, criar a vida. Ele cria algo um monstro que era pra ser Evil, mas se auto denominou Eva. Uma doce e enorme monstrinha, que também não se deixou se abater por sua condição de criação e lutou junto com Igor contra suas mediocridades latentes para realizarem seus sonhos!

Além do casal supracitado, ainda há personagens fantásticos nesse filme, tal como o coelho cínico e existencialista criado por Igor, Scamper, o qual vive tentando o suicídio por não ver mais graça na vida, porém nunca consegue pois Igor o fez imortal. E o nunca ouvido, nunca levado a sério, o considerado burro, Brain, porém que perto da morte de Igor, dá-lhe um conselho o qual dar forças ao corcunda para ir em busca de seus sonhos.

Este filme, de maneira inocente e sutil, nos mostra como a sociedade tenta fazer como que nossa aparência ou condição social determine nosso fator de mediocridade, mas de maneira infantil, o que todos nós somos, nos ensina a não aceitar tal mediocridade e fazer com que nossos sonhos nunca dependam de beleza ou dinheiro.

Abaixo o trailer:




Wendell Bigato
[Invasão nº5]

CONVOCAÇÃO CALENDARIAL


Mesmo sem nunca ter gostado da infinita gama de filmes protagonizados pelo personagem Jason Voorhees, tenho muita curiosidade de ver o primeiro filme, “Sexta-Feira 13”, realizado em 1980 por Sean S. Cunningham, também responsável por um daqueles filmes semi-eróticos que passam direto no SBT, “Primavera na Pele” (1983), ao qual, nós, crianças, assistíamos, ávidos por alguns segundos de nudez parcial masculina (risos).

Na foto, sendo morto, o personagem de Kevin Bacon, ator que, em filmes futuros, não mediria esforços para mostrar-se nu, para exibir seu largo e magro (porém aprazível) pênis. Pelo que me lembro, na cinessérie em destaque, jovens eram comumente mortos quando flagrados em ato sexual. Ou seja: o horror era aqui utilizado como elemento moralizador. Como o que não falta em Gomorra (ou, pelo menos, não deveria faltar) é luxúria, arrisquemo-nos a ver o que a sessão especial de amanhã, em comemoração à data, não vai render (risos)...

Estejam todos convocados!


Wesley PC>

“ALWAYS LOOK ON THE BRIGHT SIDE OF LIFE” (ou FELIZ ANIVERSÁRIO, JOEL!)


Tem gente que menstrua, tem gente que se deixa molhar de sêmen a cada 15 dias, tem gente que sufoca só em pensar no cheio do períneo de quem ama, tem gente que come merda... e tem eu, espectador.

Hoje é aniversário de Joel Almeida, um daqueles gomorrenses honorários, que volta e meia participa das sessões, com sua voz gemebunda em falsete, com seu desejo irreprimível pelas curvas de Rafael Torres, com seu estranho fascínio pelas cantoras juvenis da Disney, com sua gana de viver, acima de qualquer coisa. Nesse sentido, acho justo que eu abra aqui um espaço e dedique-lhe um feliz aniversário, dedique-lhe um restante de vida contente, dedique-lhe uma esperança que não tenho e suponho não precisar e dedico-lhe vida, acima de tudo! Dedico-lhe muitas ejaculações alheias futuras, que é isso que importa agora (também). E creio que ele não goste muito do grupo Monty Python, mas como “A Vida de Brian” (1979, de Terry Jones) é um filme que, até hoje, deixa marcas nos gomorrenses que estiveram presentes a esta longeva sessão, vai aqui um trechinho daquela fabulosa elegia cômica que encerra o filme:

“Antes de soltar seu último suspiro,
A vida é uma pedaço de merda,
Quando você olha para ela
A vida é uma risada e a morte é uma piada, isto é verdade!
Você verá, isto tudo é um show.
Continue sorrindo enquanto você se vai...
Lembre-se que a última risada está em você!”


Parabéns por estar vivo, Joel!

Wesley PC>

EU SOBREVIVI À SETRANSP. LACERADO, MAS SOBREVIVI!


Enquanto a coletividade não decide o melhor dia para ir recadastrar a bendita carteirinha de passe da SETRANSP, dei-me uma doida e fui em direção ao referido local na manhã de hoje. Cheguei às 10h20’ no referido local. Fila? Não, um amontoado insalubre de gente. Peguei a senha nº. 342. Ainda estavam chamando o número 970, de maneira que zeraria o contador de senhas após 999. Conclusão: haviam 371 pessoas á minha frente!

Como já havia me programado para passar pelo menos 4 horas na fila, levei comida, músicas e livro. Engoli um pacote de biscoitos recheados de limão, enquanto li os relatos minuciosos de cinco dias das libertinagens sadeanas. 45 páginas, para ser exato. Nos ouvidos, canções do terceiro álbum lançado de uma famosa banda brasiliense. Repeti uma mesma canção várias e várias vezes.

De repente, lá pelas 12h25’, um estudante de Direito da UFS, que me reconhecera de quando trabalhei no DAA, encontra uma senha no chão e me entrega. Nº. 217. Ainda estavam chamando o nº. 160! Aceitei. “Obrigado”, disse, um tanto envergonhado. Continuei a ler o livro. Quando chamaram o número de que agora disponha, recebo uma nova senha, vou para um novo amontoado insalubre de gente. Faltavam 50 números para eu ser atendido. Li mais um pouco do livro, fiquei chocado ao perceber que, num guichê, a funcionária, ao invés de atender às pessoas, brincava com as gravuras de ursinhos de pelúcia em seu computador. Sentei-me, após algum tempo. Fecho o livro, abaixo a cabeça, e volto a ouvir “Angra dos Reis”. Aquelas palavras afligiam minha alma como se fosse um chicote de aço quente em minhas pupilas. Sofria, mas vivia – e esperava.

De repente, alguém toca em meu ombro. Era Sheyla Silveira, ex-namorada de André Sérgio, que conversava alto (mas não tão alto), como de praxe. Foi divertido encontrá-la, falar sobre amores e problemas e sexo e incompreensões e coisa do gênero. Quando faltavam apenas 4 números para eu ser atendido, fui ao banheiro pela segunda vez em menos de 30 minutos (poliúria imaginária). Creio que forcei demais a uretra, paranóica e desnecessariamente, de maneira que alguns glóbulos fecais dirigiram-se aos limites externos de minhas mucosas anais, na zona que o Marquês de Sade chamaria de “olho do cu”. Precisei arriar as calças e me limpar com o papel-toalha disponível. Temia que minha vez chegasse. Corri!

Por sorte, ainda faltava uma senha para que eu fosse atendido. Despedi-me de Sheyla e caí justamente no guichê da funcionária que se divertia com as gravuras de ursos. Fui simpático, estava chateado, mais de três horas na fila – e isto graças a um favor de um desconhecido. O processo foi rápido. Nem 5 minutos e eu estava liberado para ir para casa.

Chateado, faminto, com um celular em minhas mãos e crédito disponível para enviar mensagens apaixonadas, sofridas, humanas. Assim fiz. Às 14h15’, sentei-me em frente ao computador, digitando estas palavras, enquanto minha mãe punha colheres de comida em minha boca. Sobrevivi?

Wesley PC>

Notícia musical

Ingressos para show de Paul McCartney esgotam em sete segundos
Paul McCartney bate recorde mundial

O cantor Paul McCartney bateu um recorde mundial após ver os ingressos para um show que acontecerá em Las Vegas se esgotarem em segundos.

A apresentação marcada para acontecer no dia 19 de abril teve todos os bilhetes vendidos em apenas 7 segundos, segundo a empresa organizadora do evento.

A venda começou no dia 14 de fevereiro e cerca de 600 ingressos foram vendidos por segundo.

Até então o recorde correspondente era da banda Take That, que teve 600 mil ingressos comprados em quatro horas e meia no ano passado. O Livro dos Recordes deve apurar o novo marco para registrar o fato em nome do ex-Beatle.




Da redação, por Raquel Camargo
http://cifraclub.terra.com.br/noticias/8934-ingressos-para-show-de-paul-mccartney-esgotam-em-sete-segundos.html
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Leno de Andrade - em retiro monográfico

SEXO VERBAL FAZ MEU ESTILO!


“Se fosse só sentir saudade,
Mas tem sempre algo mais
Seja como for.
É uma dor que dói no peito.
Pode rir agora,
Que estou sozinho.
Mas não venha me roubar...”


“Angra dos Reis”, faixa 08 do álbum “Que Pais é Este?” (1978/1987), da banda Legião Urbana.

E, com isso, proíbo-me também, até segunda ordem, de usar as fotos deste rapaz a meu bel-prazer (ou bel-desprazer, que seja!).

Wesley PC>

“ET J'AI PLEURÉ, PLEURÉ, OH! J'AVAIS TROP DE PEINE”


Está em cartaz nos cinemas sergipanos um filme francês de nome “Quando Estou Amando” (2006, de Xavier Giannoli). Por mais que Rafael Coelho tivesse me dito que não tinha gostado do filme, porque o mesmo assemelhar-se-ia demais às novelas da TV Globo, por exemplo, a minha sujeição infinda ao título do mesmo me fez arriscar: sou destes que amam, não custava nada ver como o personagem de Gerard Depardieu sobreviveu à mesma situação (risos). Quer dizer, perdi sim: R$ 3,50 e 112 minutos numa tela escura, mas, por mais que eu não tenha gostado efetivamente do filme, valeu a pena. “Toda experiência é válida na medida em que exprime o caráter do homem atrelado a ela”, diz mais ou menos Orson Welles.

A trama do filme é simples: um cantor envelhecido apaixona-se por uma cantora de imóveis divorciada. Nada se oporia a este sentimento, se este fosse um mundo ideal, mas ela reluta, tem outro namorado. Ele, por outro lado, sofre, enfrenta crises profissionais, gargantas inflamadas, desejos frustrados de comprar uma casa, etc.. O diretor do filme, o tal do Xavier Giannoli, é incapaz de manter a nossa atenção fixa nas seqüências verborrágicas, mas, quando permite que os personagens (e os atores) se calem, compõe momentos interessantes de cinema solitário. Por mais que o filme seja apenas regular, é bonito vê-lo e as canções bregas que fazem parte da trilha sonora chamam a nossa atenção.

E, por falar em trilha sonora, está aqui uma das surpresas do filme: a aparição do cantor Christophe, ícone do ‘pop/rock’ francês, envelhecido, pro detrás de óculos escuros, iracundo, mas digno, vivo, subliminar. Não canta nada, não abre a boca, mas está lá, ativo e sua simples aparição nos traz à mente todos os clássicos sessentistas que tantas e tantas vezes nos fizeram suspirar e chorar. Dentre estes clássicos, o mais famoso é “Aline”, música de que me servi do refrão no título desta postagem, mas, na minha opinião, a melhor música dele é “J’ai Eu Tort”. È com ela que termino:

“Je suis seul mais je suis incapable
De donner mon avis à ces gens qui m'entourent
J'ai eu tort de te faire mon numéro
Je savais qu'avec toi il prendrait chaque fois”


Preciso traduzir a letra?

Wesley PC>

(DES)APRENDIZADO


Já abandonei a matéria Vetores e Geometria Analítica duas vezes. Como sofro de dislexia topográfica, não conseguia me orientar direito nas aulas. Mas resolvi me matricular pela terceira vez. “Dessa vez, eu passo!”, prometi para mim mesmo.

Na semana passada, faltei às aulas.Terça-feira, sofri um ataque de olhado e dormi demais. Hoje eu fui para a aula e, que choque, o professor estava ensinando os conceitos matemáticos de forma muito diferente do que aprendi das outras duas vezes. Exemplo básico: os meus outros dois professores insistiam em dizer que operações realizadas com vetores não podem resultar em números escalares. Ou seja: um vetor menos o seu inverso é igual ao verto nulo. O professor de hoje escreveu que a resposta era zero. Entrei em colapso. Parei de escrever e comecei a prestar atenção no restante da aula, em que lapsos de memória eram comuníssimos e, quando ele trocava os nomes das propriedades distributiva, comutativa e associativa, os meninos (calouros de Engenharia Química) sorriam bastante. O professor apenas retrucava: “estão mangando do professor, é?”.

Na terça-feira à noite, Luiz Ferreira Neto que o professor era “bonitinho e jovem”, que eu ia adorar. Através do Orkut, a “tia safada” Débora Cruz falou a mesma coisa. Não achei que a suposta beleza do talzinho fosse requisito válido para gostar das aulas. Para piorar, ao vê-lo: que decepção! O moço não só não faz meu tipo, como age como bronco, como um tipo de bronco que se pretende chistoso. Como podem pensar que gostaria de um tipo desses?!

Tomara que eu não abandone a matéria desta terceira vez... Motivos agora eu tenho de sobra!

Wesley PC>

quarta-feira, 11 de março de 2009

APROVEITANDO A DEIXA SADEANA, UM CONVITE:


Quem quiser conhecer aquele que, em minha opinião, é “o filme mais insuperavelmente revolucionário de todos os tempos”, não deixe passar a oportunidade de (re)ver “Uivos Para Sade” (1952), obra-prima do situacionista Guy Debord, na residência de Rafael Maurício Silva, ás 19h15’. Trata-se de 63 minutos do mais radical experimentalismo artístico, em que telas negras e silenciosas (que podem durar de 30 segundos a 24 minutos!) revezam-se com telas brancas discursivas, em que são narrados suicídios promulgados pelo capitalismo, artigos jurídicos sobre o reconhecimento legal do desaparecimento voluntário de uma pessoa e testemunhos acerca do que é (ou deve ser) o amor num contexto extremamente libertário. É uma obra-prima singular. Única, insubstituível, que talvez só seja suportável de ser vista uma vez (tentarei hoje minha segunda empreitada visual), mas que não sairá das mentes de seus espectadores jamais, jamais, jamais...

“O que vamos ver agora não é nenhum filme. O cinema está morto. Não é possível mais fazer nenhum filme. Se vocês desejarem, podemos passar para uma discussão”, pregam Guy Debord e seus correligionários.

Eu topo a discussão! Alguém mais se habilita?


Wesley PC>

23º DIA DAS 120 JORNADAS DE MASOQUISMO EXTREMO


Até segunda ordem, fica proibido que eu mencione o nome deste moço no blog.


“ – Oh, que enigma é o homem!
- Sim, meu amigo, isso levou um homem de espírito a dizer que era melhor enrabá-lo do que compreendê-lo”.



VIVA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO!


Wesley PC> (reencarnando os personagens do Marquês de Sade)

terça-feira, 10 de março de 2009

O SOL


Pôr-do-sol em Itapicuru, visto da porta do quintal da casa de minha avó Bilia.




Queria voltar pra lá...


Marcão Vicente

EXTRA! EXTRA! MORTO A TIROS O ARQUIDUQUE DA ÁUSTRIA! PERIGO DE GUERRA MUNDIAL!


No último dia 28 de junho de 1914, foram mortos o arquiduque austro-húngaro Francisco Ferdinando e sua esposa, Sofia Chotek, por um sérvio de nome Gavrilov Princip. O atentado pode render conseqüências terríveis para todo o mundo. Fatos simples e/ou isolados podem estragar a vida de pessoas que estão distantes. Fiem-no exemplo, é um aviso!

Wesley PC>

ALGUÉM ME IMPEÇA DE PUBLICAR MAIS NESTE BLOG, PELO AMOR DO PRÓPRIO AMOR!


Lá vou eu causar ódio mais uma vez... Vou tentar fazer rodeios no assunto, não usar referências diretas, mas... É difícil, pois “não se escolhe a quem amar”!

Esta escolha inevitável fica ainda mais difícil quando (re)vejo qualquer filme do Wong Kar-wai – e é o que acabo de fazer: não faz nem 10 minutos que acabo de ver “Um Beijo Roubado” (2007), primeira incursão do cineasta pelo cinema norte-americano, filme que me assustava, que pensava que fosse detestar, mas que, como não poderia deixar de ser, me conquistou, me fascinou, me embriagou, pois mexe com o assunto que mais mexe comigo: os amores incompreendidos!

Wong Kar-Wai não agrada a todos os meus amigos, por ser demasiado pós-moderno, por ser conformista em sua visão do “amor a todo custo”, por ser fútil (apesar de formalmente denso), por parecer um tanto promíscuo... Talvez ele seja tudo isso, eu também. Por isso, me apaixonei!

Do cineasta, só não vi dois longas-metragens, seus videoclipes e segmentos de filmes coletivos. O resto já me foi totalmente consumido e sofrido, como se segue:

* CONFLITO MORTAL (1988), filme de estréia, em que uma versão em mandarim da famosa canção “Take My Breath Away” irrompe inúmeras vezes na tela. É um filme bobo, em que gângsteres juvenis se digladiam, mas é também um filme de amor – e nesta área o cineasta é mestre. Talvez seja seu filme menos interessante, mas parte corações policialescos (risos);

* DIAS SELVAGENS (1990), que tive o orgulho de ver no cinema, em tela grande, com todas aquelas cores, aquele verde, aqueles mambos, aquele sofrimento, aquela paixão incontida pela mãe, aquele anseio por prostitutas, aquela injustiça com a menininha que vende refrigerantes no estádio de futebol. Novos corações partidos!;

* AMORES EXPRESSOS (1994), o primeiro que vi, faz tempo, na TV... Duas estórias: na primeira, um policial é seduzido por uma mafiosa, ao passo em que fica obcecado por comer abacaxis em compota, cujas latas estejam com a validade vencida, a fim de lembrar a data em que sua namorada o abandonou; na segunda, um policial se apaixona por uma menina de cabelos curtos, poucas esperanças e obsessão por duas canções, repetidas á exaustão na curta duração do episódio: “California Dreamim’”, do The Mamas & The Papas e “Dreams”, do The Cranberries. Poucos corações sobraram para serem partidos;

* FELIZES JUNTOS (1997), estilo depurado, obra-prima do diretor. Dois amantes partem de Hong Kong para a Argentina. Beijam-se, brigam. Brigam, brigam e brigam um pouco mais. Separam-se, voltam e brigam. Um deles vai embora. O outro se apaixona por um amigo de trabalho. Ainda brigam, mesmo separados. Sou incapaz de falar mais sobre este filme. Maravilha, “a estória de minha vida!”. Vejam-no, vejam-no! Rafael Maurício tem uma cópia;

* AMOR À FLOR DA PELE (2000), talvez o filme mais famoso e conceituado do cineasta, em que homem e mulher, casados, se apaixonam quando descobrem o envolvimento de seus respectivos cônjuges. Começam a trocar presentes entre si – e se separam... Se sobrou algo para partir depois do filme anterior, adeus!;


* 2046 – OS SEGREDOS DO AMOR (2004), nova obra-prima do diretor, usando os personagens sofridos de filmes anteriores. Parece um filme de ficção científica, parece um filme saudosista. Dificílimo de ser entendido, por mais que eu tenha visto-o três vezes na mesma semana. Resumo: um homem sofre porque ama. Ponto continuando;

* UM BEIJO ROUBADO (2007), mostrado na foto, recém-visto. Norah Jones é uma mulher que, sendo abandonada pelo namorado, deixa suas chaves com um solitário dono de bar. Come com ele, bebe, dorme, acorda chateada, se apaixona, vai embora. Muitas coisas acontecem, minha musa cantante Chan Marshall (vulgo Cat Power) faz uma participação especialíssima no filme, a protagonista interage com muita gente, inclusive com um policial, que morre quando sua esposa o abandona. “Quando morrem, as pessoas deixam lembranças ou uma lista de elementos numa conta a ser paga”. É um filme repleto de erros, com uma desagradável seqüência num cassino, com uma má interpretação da bela Natalie Portman, mas é um filme estiloso, é um filme legitimamente kar-waiano – e é por isso que dedico-o a Marcos (ou a quem assim quiser), cantando a minha canção favorita da Cat Power, que não está no filme, mas explica por que insisto:

“Eu ainda tenho uma arma de fogo contra os homens bonitos
E eu vi tua mão relaxada, com o punho esticado
(...)
E eu sei, que na luz fria, existe um homem
Um homem muito grande, que nos conduzirá durante as tentações”


E o resto da canção é sobre aborto...
...e ódio!
E mais ódio!
E amor...

Wesley PC>

CHAPOLIN: O DEUS EX MACHINA DA MINHA INFÂNCIA


Eu não perdia um episódio do Chapolin quando criança. Desajeitado, mediocre e esquisito, mas por alguma razão ele sempre aparecia do nada quando alguém perguntava: "E agora? Quem poderá nos defender?" - "Eu!". É, ele sempre aparecia. Mesmo com seus defeitos, resolvia a situação, deixava pessoas felizes, realizava sonhos e depois sumia de forma inexplicável.

Eis que agora dou uma definição para o Chapolin: O deus ex machina moderno. Este, que foi um recurso literário inventado no teatro grego, encaixou-se perfeitamente com o Polegar Vermelho. O deus ex machina refere-se a um inesperado, improvável ou artificial personagem que surge no meio da trama para desemaranhá-la ou resolver uma situação. Assim como o Chapolin, ele aparecia do nada na vida dos personagens, dava-lhes um novo sentido e ia embora sem esperar nada em troca. No teatro grego o deus ex machina podia ser alguma divindade grega que descia num guindaste no meio do palco e ali atuava. Veja neste último episódio do Chapolin (1979) a verossimilhança com o Ex Machina.





Bem aí vão, minhas saudações ao meu Deus Ex Machina, incompreendido, infantil porém altruísta e que, mesmo sabendo do quanto poderia se estrambelhar, do quanto estaria em desvantagem fisica e mentalmente, do quanto fariam piadas das suas escolhas, encarou situações e pontos de vista fora do senso comum com humor: Chapolin.


Wendell Bigato
[Invasão n°4]

CORINTHIANS...




Não se escolhe a quem o ao que amar... Pelo menos eu nunca conseguir escolher. O CORINTHIANS não é simplesmente um time de futebol que torço, mas sim uma paixão... Uma paixão como tantas paixões que temos durante toda a nossa vida. Eu odeio muitos textos publicados neste blog, mas nem por isso saio xingando, e pior, falar mal anonimamente, não, não, comigo não, mando na lata, digo na cara. E por mais que eu saiba que futebol é apenas 22 caras correndo de um lado pro outro atrás de uma bola, tentando coloca-la entre três pedaços de madeira, me sinto bem torcendo pro CORINTHIANS, me faz feliz, me faz bem e pra mim é isso que importa. Faço coisas pra me senti bem... Como já disse algumas vezes, o CORINTHIANS é a droga que preciso pra me senti bem, por isso “uso-a”. Depois de um fim de semana tenebroso, e que estava ficando cada vez pior, o empate no fim do jogo contra o Palmeiras deu um alívio... Nem tudo está perdido!!! (risos). Ah, só ouvi aquela musica do D2 uma vez, e mesmo assim, não foi por esses dias...

E deixo um pergunta: o que é que pode ser publicado aqui que tem a ver com a Gomorra?? Pensei que a Gomorra representasse diversidade de idéias, prazeres, vontades e bererê-bararà...

Seria muito bom que o FDP do anônimo mostrasse-se... Tivesse coragem mesmo de dizer o que quer dando a cara pra bater, e não ficar escondendo-se... Postei o anterior como anônimo sobre Ronaldo porque todo mundo sabia que era eu, pois não tenho medo de dá minha cara pra bater... Quem sabe eu arranjo a minha primeira briga, só assim eu desconto toda a minha raiva neste FDP...


Até mais a tod@s!!!

Marcão Vicentão

Doações \ o /




Dudu doou
uma vassoura









E parece que Max doou
papel higiênico.




VALEU BRÓDÁS!

feop

BATA-ME , POR FAVOR! PROVES QUE ME AMA!


“Rape me
Rape me, my friend
Rape me
Rape me again”


Dormir em Gomorra é sempre uma surpresa! Já vimos OVNIS, pênis trêmulos buscando preservativos natalinos, bonecos animados e tudo o mais. Numa destas dormidas, acordei com a execução altissonante da canção do Nirvana que usei como preâmbulo – e como foi bonito, como radiografou bem o que sentia naquele momento! Mais uma vez, agradeço a Bruno/Danilo pela graça musical concedida...

Aproveito, então, o ensejo para comunicar aqui uma proposta: que tal fazermos uma análise da violência no cinema (julgada “necessária” nalguns contextos), a partir de três filmes do Martin Scorsese? Acho que consigo “Taxi Driver – Motorista de Táxi” (1976), “Touro Indomável” (1980) e “Cassino” (1995) para amanhã. Os três são perfeitos e contêm três irrepreensíveis e extraordinárias atuações do Robert De Niro. Alguém se opõe?

Juro que a experiência é de um caráter singular e até Ayalla demonstrou interesse pelo primeiro filme, se bem que é o segundo (este que emoldura fotograficamente esta postagem) o que melhor ilustra a canção, a vontade de ser “Amélia”, as concessões que justificam o amor verdadeiro...

“Hate me
Do it and do it again
Waste me
Rape me, my friend
Am i the only one?”


Atire a primeira pedra quem nunca confundiu um murro com um beijo...

Wesley PC>

“O AMOR É UMA FORÇA MUITO PODEROSA”


Um mestre e seu pupilo, transformados voluntariamente em esquilos, conversavam, após um escorregão:

“- Gravidade é aquilo que te faz cair.
- Ah, que nem uma casca de banana?”


O mestre ri da ingenuidade de seu pupilo e o explica pacientemente o que vem a ser a tal gravidade, até que uma esquila engraça-se pelo jovenzinho e não o deixa prosseguir viagem. O menino, ainda muito ingênuo, sem entender tudo aquilo, pergunta o que a esquila está fazendo, ao que o mestre Merlin explica, numa canção:

“É um estágio do ser, uma estrutura da mente
É a coisa mais estonteante do mundo!
Que atinge qualquer ser, de qualquer tipo,
É desnorteador!

Tu estás a gastar tempo se resistires,
Tu te encontrarás com esta coisa, por mais que tentes o contrário
Pois ela continuará a insistir
Até que tu estejas enfeitiçado por ela.
É um jogo duro que todos conhecem
Não existem regras, tudo vale!
Na existe nenhuma explicação lógica para esta desorientação,
É a coisa mais desconcertante do mundo!”


Ele, conclui, portanto, com o aforismo que intitula esta postagem, ao passo em que eu lamento: nem mesmo os filmes infantis me dão sossego!

Fonte: “A Espada Era a Lei” (1963). Dir.: Wolfgang Reitherman, um interessantíssimo e subestimado longa-metragem de animação sobre a inevitabilidade concessiva das frustrações que sofremos quando nos dedicamos (pretensiosamente ou bem-intencionados, que seja) a ensinar algo a alguém...

Wesley PC>

segunda-feira, 9 de março de 2009

EPÍLOGO: NA PORTA DA IGREJA!


“Porque ele vive, eu posso crer no amanhã
Porque ele vive, temor não há
Eu sei que minha vida não será mais vã,
Pois meu futuro em suas mãos agora está”


A composição é difusa, as mãos em que meu futuro está mais ainda, e temor é o que não me falta. Mas eles vivem...

Por ora, isso basta!

Wesley PC>

ENTRE A PIMBICE E A FALTA IDEALIZADA DE AFETO – Parte III: por que existem gomorrenses matriculados em História das Américas II?


Resposta possível: para que eu possa perguntá-los “de que adianta?” e confesse, num misto de vergonha e orgulho, uma preocupante similaridade de caráter com o amargo personagem de John Wayne, que consegue resolver aquilo a que se propôs, mas é voluntariamente excluído das comemorações de seus feitos. “De que adianta?”, gritamos a um mundo que talvez não mais nos pertença e que, pior do que isso, não permite sequer que pertençamos a ele...

“What makes a man to wander?
What makes a man to roam?
What makes a man leave bed and board
And turn his back on home?
Ride away, ride away, ride away”


Assim compôs Stan Jones e assim cantam Sons of the Pioneers durante os créditos de abertura do melhor faroeste de todos os tempos, “Rastros de Ódio” (1956), de John Ford.

Canto também, portanto:

“O que faz um homem vagar?
O que faz um homem perambular?
O que faz um homem deixar cama e mesa e virar suas costas para o lar?
Cavalgue em frente, cavalgue em frente”...


Oh, se a vida (não) fosse assim!

Wesley PC>

ENTRE A PIMBICE E A FALTA IDEALIZADA DE AFETO – Parte II: ‘não estou vendo nenhum adulto aqui’...


“As regras são os blocos de composição da diversão”

Tal adágio, atribuído ao dançarino letão Mikhail Baryshnikov, é repetido várias vezes em “Grande Menina, Pequena Mulher” (2003), filme dirigido por Boaz Yakin, responsável também por um elogiado filme de estréia, o anti-racista “Fresh” (1994). Noutro contexto, seria absolutamente desprovida de sentido a inserção do nome deste mecânico hollywoodiano nesta reflexão sobre o porquê de o sobejo do tema Amor me parecer incômodo, mas não, não é! A similaridade temática que, nestes momentos, parece unir pessoas absolutamente distintas como o citado Boaz Yakin e François Truffaut, por exemplo, é um dos estratagemas comerciais bem-sucedidos que mais me apavoram, que mais me fazem perceber como extremamente suscetível às agruras capitalistas que penso combater em meus pequenos gestos. Acabo de ver o filme mostrado em foto e, para minha surpresa, achei-o deveras simpático. Arriscaria até dizer que gostei, gostei muito. Culpa da identificação, culpa de uma cena tola e crível, na qual, depois de ser rejeitada pelo moço por quem nutria uma paixonite, a personagem de Brittany Murphy caminha pelas ruas, chorosa, e tudo o que vê são casais se abraçando, se beijando... Sobe numa ponte e se joga num rio, pretendendo matar-se, mas tudo o que consegue é uma infecção: o rio em pauta era raso e poluído!

Creio que muitas pessoas já passaram pela mesma angústia tola vivida pela protagonista, que, sabemos de antemão, dará a volta por cima na hora certa, mas... Sentindo na pele, pensamentos confusos, “desejo pegando fogo”, a racionalidade se submete aos caprichos da vitimização. Terminei gostando do filme, mas não por causa disso, não só por causa disso: os movimentos de câmera eram muito interessantes, a atuação da pequena Dakota Fanning é extraordinária como de costume e o ímpeto sobrevivencial-trabalhista que a protagonista precisa adotar depois que tem sua fortuna roubada tem muito a ver com esta minha necessidade urgente de encontrar um subemprego. Por mais que seja urgente, este ímpeto é volta e meia substituído pelas lamentações de um amor impossível. Não é isso o que mais importa?

Wesley PC>

ENTRE A PIMBICE E A FALTA IDEALIZADA DE AFETO – Parte I: ‘Amor Omnia’


“Creio apenas nos prazeres da carne e na solidão incorrigível da Alma”

Hoje não falarei de casos isolados. Não escolherei a sublime e inadjetivável Ayalla como exemplo de uma pessoa em que “ter conotação sexual em tudo o que se fala não é uma escolha”. Ao invés disso, perguntarei por que os grandes artistas insistem em falar de amor em suas obras? Mesmo gente considerada demasiado madura, satírica e/ou anticomercial insiste em cantar sobre se tema (o nome de Frank Zappa vem-me de imediato à mente). Porém, como Cinema é a arte que eu suponho ou desejo conhecer, é dela que extrairei meus exemplos:

Não é sobre a grandiosidade e impossibilidade de realização amorosa que o iconoclasta Jean-Luc Godard estava falando quando faz com que Jean-Paul Belmondo envolva sua cabeça com quilos e mais quilos de dinamite para que uma explosão o faça esquecer da morte de sua amada, vivida pela enigmática Anna Karina? Tudo o que o magnata vivido e dirigido por Orson Welles precisava não era de um pouco de amor sincero? Não é o desperdício do amor que faz com que Takashi Shimura perceba que pode legar algum sentido à sua vida burocrática quando se percebe acometido por uma doença letal numa obra-prima de Akira Kurosawa? Não é o amor irrestrito pelas diversas ramificações de sua família que faz com que Gary Cooper desista de se matar no maior clássico de Frank Capra? Se não publico aqui os títulos dos filmes descritos é para que eu não estrague o prazer (amoroso) de quem ainda não se deliciou com estas verdadeiras jóias da sétima arte.

Mas prometi escolher um exemplo e é na personagem que pronunciou as palavras que serviram de epitáfio a este texto que eu encontro a minha vítima/algoz: Gertrud, personagem-título do derradeiro filme do gênio Carl Theodor Dreyer, o “cineasta dinamarquês da brancura e da beleza interior”, realizado em 1964. Nesta preciosidade contida em celulóide, a protagonista (vivida com graça inaudita por Nina Pens Rode) rejeita três pretendentes ultra-apaixonados por considerar que nenhum deles seria capaz de abandonar tudo para dedicar-se a um romance. Termina seus dias sozinha, conforme previra, velha, celibatária, sofrida, repetindo em frente a um espelho palavras que agora repito, enquanto me preparo para escrever a segunda parte desse clamor escrito:

“Olhem para mim: pareço bela?
Não, mas amei.

Olhem para mim: pareço jovem?
Não, mas amei.

Olhem para mim: pareço viva?
Não, mas amei”


Faço minhas as suas perguntas e réplicas.

Wesley PC>

Sou Ronaldo


Sou Ronaldo
Muito prazer em conhecer
Eu sou Fenômeno
Ronaldo Nazário dos Campos
E quero muito agradecer a Deus por ter-me escolhido no meio de tantos
Igual a todo brasileiro, eu sou guerreiro
Às vezes caio, mas eu me levanto (é parceiro)
Mas eu me levanto

Sou Ronaldo
O desafio sempre esteve e estará em minha vida
E eu já nem me espanto
E se o mundo é uma bola, a gente tem que entrar de sola pra ganhar o campo
Eu não me intimido e parto pra cima
E só me contento ao ouvir a galera entoando esse canto

Rooooooooooooooooo, Ronaldo é gol
Rooooooooooooooooo, Ronaldo é gol

Sou Ronaldo
Nasci no Rio de Janeiro
Alô-alô, Bento Ribeiro, minha área
Eu sou Ronaldo
Jogo na linha, a nove é minha
Ninguém tasca eu vi primeiro
Artilheiro, eu sou Ronaldo
O meu desejo é ser criança
E não perder a esperança de ver o jogo mudar
Eu sou Ronaldo
A minha fome é de bola
A minha sede é de gol
Balança a rede, eu sou Ronaldo
Sou de suar minha camisa
Conquistar minha divisa
Eu já provei que eu sou Ronaldo
E se você não acredita que eu não sou de fazer fita
É só esperar pra ver (ver, ver, ver...)

Rooooooooooooooooo, Ronaldo é gol
Rooooooooooooooooo, Ronaldo é gol

E quando o tempo é de Copa
Os gringo fica ligado
Mais de 170 milhões são Ronaldo
R9, todo mundo sabe:
Homem-gol!
Tu é Ronaldo, o Brasil é e eu também sou
Qualquer problema, meu cumpade
Tiro de letra
Tô sempre pronto
Já ouviu?
A pátria tá de chuteira
Perrengue a gente passa
Eu nunca tô de bobeira
A bola quica
Eu pego ela de primeira

Rooooooooooooooooo, Ronaldo é gol
Rooooooooooooooooo, Ronaldo é gol

Sou Ronaldo
Composição: Marcelo D2


Anônimão...

EU VI! RAFAEL COELHO TAMBÉM!


3 horas da manhã... e eu dormia. Acordo de sobressalto com um grito de Rafael Coelho: “olha pro telhado!”. Olhei. Todos aqueles buraquinhos no teto de Gomorra estavam cerceados por halos multicolores, indo do vermelho ao esverdeado, numa luz forte e mutável, que penetrava o aposento em que estávamos. "É colorido!", eu disse. Ele retrucou: "é um pisca-pisca". Ele sonhava, ainda? Durante o evento, que não durou sequer um minuto, nem pensei em nada, mas, ao escurecer novamente, fiquei receoso em ir até o banheiro. Liguei a lâmpada da cozinha e fiz o que tinha que fazer. Coelho ficou ainda mais assustado que eu e só conseguiu dormir novamente depois que ligou o rádio. O que terá sido? Não saberemos jamais!

Na imagem, um dos melhores filmes de Steven Spielberg: “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” (1977). Nosso filme conjunto de cabeceira, daqui por diante!

Wesley PC>

COINCIDÊNCIA REFERENCIAL


Sou destes que se influenciam pelos sinais do tempo. Até o mês passado, não sabia nada sobre a holandesa Agua de Annique, ex-vocalista da banda The Gathering. Coincidentemente, esta semana ela esteve no Brasil, ao passo em que dediquei a noite de ontem, numa solitária Gomorra, à audição de seu tocante trabalho solo “Air” (2007). Não tive como não lembrar de Rafael Maurício (risos):

“Beautiful One
You shine like the sun
I wish I never left
Before I have said
You are the one
You are the one”


Recomendo (tanto ela quanto ele - risos)!

Wesley PC>

domingo, 8 de março de 2009

MARTIN SCORSESE NO CINE-GOMORRA?


Como ninguém se manifestou acerca do filme religioso postado há alguns dias, refaço a pergunta: e então, “Taxi Driver – Motorista de Táxi” (1976) sendo exibido seria uma boa homenagem fílmica durante a comemoração do aniversário de Joel?

Respondam, antes que eu corte o cabelo que nem o protagonista do filme (risos)...

Aproveitando o contexto, estava escrito no quadro de Gomorra, da última vez que apareci por lá: “quem usou do açúcar que estava na geladeira, por favor, REPONHA!”. Advirto, portanto, que o discurso moral ambíguo contido neste filme precioso tem muito a ver com Gomorra... Discussão URGENTE, mais uma vez!

Wesley PC>

NESTE MUNDO, TUDO PODE SER BOM – INCLUSIVE AS ADMOESTAÇÕES! (Pois nada é mais belo que fazer as pazes)


Fazer as pazes sem ter brigado, então, é melhor ainda, uma das melhores sensações do mundo, mundo este em que Rafael Maurício surge como uma das mais divinas criaturas já criadas, como um transportador ambulante de felicidade, como uma criatura bela, inteligente, bem-humorada e suprema que, além de todas estas qualidades, é extraordinariamente fotogênico, por mais que, em ataques de modéstia, ele finja que não...

Longa vida a Rafael Maurício Silva, o Baiano, o Perfeito!

Do psicótico que o venera,
Wesley PC>

AMBIENTE ONÍRICO


Escutar Madredeus é prenunciar o Paraíso – e paraíso é quase sempre confundido com Céu.

Quando estivemos no município de Malhador, a itabaianense Bianca e seu noivo Oliveira mostraram-nos sua idéia de Céu. Deram-se as mãos e saíram correndo, disparados por um prado, pelo meio do mato. Eu, Rafael Coelho e Max Vieira anuímos em rejeitar o padrão celestial divulgado pelas telenovelas da emissora Globo. “Não é este céu que queremos!”, concordamos.

Mas voltando á noção de Paraíso na música, o grupo português Madredeus me faz vivenciar isso. Primeiro, por que eles insistem no tema (são diversas as canções com a palavra “paraíso” no título ou nas letras). Segundo, porque a voz da vocalista Teresa Salgueiro é literalmente divina.

Hoje eu tive um pesadelo horrendo e tive que ouvir Madredeus para consolar-me: no sonho, Marcos Vicente padecia de uma doença terminal gravíssima. Morre. Deixara uma advertência á sua família: “Wesley não pode aproximar-se de minhas cerimônias fúnebres”. Tentei fazê-lo, sem êxito. Acordei chateado, dorido. Precisei cantar a letra de “O Pastor”, primeira faixa desta coletânea, e desejar uma inversão:

“Ai que ninguém volta
ao que já deixou
ninguém larga a grande roda
ninguém sabe onde é que andou

Ai que ninguém lembra
nem o que sonhou
(e) aquele menino canta
a cantiga do pastor

Ao largo, ainda arde
a barca da fantasia
e o meu sonho acaba tarde
deixa a alma de vigia

Ao largo, ainda arde
a barca da fantasia
e o meu sonho acaba tarde
acordar é que eu não queria”


Nesse caso, que bom que eu acordei!

Wesley PC>

...E CONTANDO!


Ninetto Davoli mergulhado na merda!

Fonte: "Decameron" (1971), de Pier Paolo Pasolini.

Wesley PC>

09 DE MARÇO DE 2008


“É preciso acreditar num novo dia
Na nossa grande geração perdida
Nos meninos e meninas
Nos trevos de quatro folhas
A escuridão ainda é pior que essa luz cinza
Mas estamos vivos ainda”!


De amanhã em diante, mudanças na vida de Wesley.
(e isto quase sempre significa uma volta ao começo)

Wesley PC>

MERDAS ACONTECEM! – PARTE IV (E CONTANDO)


Dentre os integrantes de minha curta família, um daqueles por quem mais sinto apreço não pertence à mesma raça que eu. É um cachorro pequinês e chama-se Ludwig van Almodóvar de Castro. Nascido em 7 de setembro de 1999, este animal fonte de alegria e afago para os desamparados parentes deste que vos escreve, sempre disposto a abanar a cauda ou abrir os dentes para quem o agrade ou chateie, em qualquer ordem.

Nos últimos dias, porém, esta criatura abençoada adquiriu uma estranha patologia anal, que faz com que ele esteja com seus longos e belos pêlos constantemente coberto por fezes. Por mais que o lavemos ou o perfumemos ou limpemos o seu cu, o animal volta a evacuar com dor e suja-se, ficando extremamente perfumado da cintura para cima e extremamente fétido da cintura para baixo. Amamo-nos mesmo assim e, em virtude desta desagradável moléstia, fomos obrigados a modificar alguns de nossos comportamentos em relação a este membro querido de nosso aparelho ideológico de Estado favorito. Agora, Almodóvar não pode mais subir nos sofás, cadeiras e mesas com a mesma liberdade de antes e, como ele jamais perderá o hábito de dormir no mesmo local que eu, sou obrigado a cobrir meu corpo com uma manta plástica, a fim de que eu não acorde coberto de bosta, conforme aconteceu uma ou duas vezes após o acometimento desta desgraça fecal. Amo meu cãozinho e estou disposto a suportar qualquer sacrifício olfativo por ele!

Na imagem, Almodóvar, percebendo-se fedorento, escondido embaixo de minha cama, perto de minha chinela, deliciando-se com a cobertura rubra de meu leito, tentando ser feliz, do jeito dele, ciente de que, não importa o quanto este problema involuntário nos incomode (e o incomode também), jamais o abandonaremos!

PS: e, para quem quiser saber por que ele não visitou um veterinário ainda, digamos que Almodóvar de Castro seja tão foucaultiano quanto eu e minha mãe Rosane, de maneira que rejeitamos prontamente a autoridade médica. “Quem detém o conhecimento sobre o corpo, detém o conhecimento sobre o homem”, li certa vez num dos escritos deste gênio multifacetado francês. Acho que nosso querido ’Dovinha este presente na sala quando da leitura e terminou concordando com minhas idiossincrasias anti-institucionais...

Wesley PC>

AMANTES DA CULTURA ‘POP’ CONTEMPORÂNEA, SOCORRO!


Quando eu era uma criança infeliz, assisti ao filme “A Última Esperança da Terra” (1971), dirigido por um tal de Boris Segal. Trata-se de uma impressionante obra de ficção científica, na qual um homem perambula sozinho pela Terra, dizimada por um vírus hiper-contagioso que transformou as pessoas em seres fotofóbicos iracundos que querem destruir o referido protagonista por não admitirem a sua imunidade. O desfecho do filme me foi tão surpreendente à época (e, quando revisto, no ano passado) que hesitei em ver outra versão deste filme, intitulada “Eu Sou a Lenda” (2007, de Francis Lawrence), protagonizada pelo insuportável Will Smith.

Ontem à noite, eu inventei de assistir ao referido filme contemporâneo e, olha só que surpresa, gostei muito! A adaptação ‘high-tech’ da mesma história foi atualizada a contento, o ‘rapper’ que o protagoniza segura com presteza uma difícil responsabilidade nas costas, visto que, salvo por alguns ‘flashbacks’, perambula sozinho pelos cenários por mais de uma hora, acompanhado apenas por uma cadela, e o uso das canções de Bob Marley and the Wailers no filme é destacável. Numa dada cena, o protagonista explica a outra sobrevivente do holocausto virótico, encontrada tardiamente, o sentido da canção “I Shot the Sheriff”. Noutras seqüências, ele aparece cantando (e acreditando em) a letra de “Three Little Birds” e, durante os créditos finais, somos agraciados pela execução de “Redemption Song”, talvez a melhor canção do grupo jamaicano.

Aí é que se encontra o problema: eu cochilei exatamente 4 minutos antes da introdução destes créditos de encerramento. Perdi exclusivamente a última cena do filme, a derradeira, a definitiva, quiçá tão surpreendente quanto a versão anterior da estória. E agora, o que será que aconteceu depois que o protagonista pede para que a personagem de Alice Braga se esconda depois que os ‘buscadores noturnos’ invadem a sua casa? O quê? O filme só será reprisado pelo canal por assinatura que possuo (HBO) na quarta-feira, às 21h. Se alguém souber o final, por favor, me conte aqui. Me livre desta angústia! (risos)

Wesley PC>