terça-feira, 31 de março de 2009

ENCONTRE “O EGOÍSTA” NO TEXTO


Ele gostava de azeitonas. À 1h da manhã, acordou a sua mãe e pediu que ela abrisse um pote recém-comprado deste fruto. Sentou-se, comeu um pedaço de bolo de banana com passas e dividiu o mesmo com seu cachorro. Havia marcado um encontro com uma mulher no dia seguinte. Esta faltou ou ele chegou tarde e a decepcionou? Ele usou o telefone celular, mas não obteve resposta. Sentou-se num parapeito institucional. Havia pagado R$ 400,00 em contas domésticas em menos de 2 minutos. Permaneceu sentado. Ira para casa? Para quê? “Para aprender que é possível conviver com os seres infelizes que calham de formar a sua família” é uma frase que ele recebeu como resposta possível. Alguém surge diante dele. “Caminhe um pouco, te fará bem!”. Ele aceitou o conselho. Alguns minutos depois, estava chorando copiosamente enquanto lavava os pratos. Interpretava uma mancha num pedaço de pano azul como sendo sêmen. Isso não pareceu importante para ele naquele instante. Precisava de atenção, antes desse tipo de vício genital não-permitido. A atenção foi-lhe dada a posteriori, por alguém que ele não esperava encontrar ali. Uma mulher, que sorria e lhe explicara como insere absorventes na vagina. Ele sorriu. Parecia que podia ser feliz, desde que não pensasse numa incômoda recorrência vã. Lembrou que talvez fosse interessante ir para casa (ele não se orgulhava de ter chorado). Dormiu. Tentou dormir, talvez fosse o certo. Sua mãe o despertou: “podes ligar o rádio e comer mais azeitonas, se quiseres”. O telefone tocava. Cobranças de que não era culpado. No dia anterior, um vizinho ligara para pedir R$ 100,00 emprestados. Para quem não gosta de falar de dinheiro, o assunto parece bem renitente. Sentou-se numa cadeira, desligou o rádio no exato minuto em que o irmão mais novo liga a tv. Venta lá fora. Não estava no litoral. “De tarde, eu quero descansar”... E ele lembra... Quem é o egoísta na história?

Wesley PC>

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