Pois é, de vez em quando a vida tem destas coisas. Rafael Coelho ligou para Rafael Torres, ao lado de Rafael Maurício, e disse: “venha!”. Os três estavam juntos, eu apareci, mas faltava ainda um outro elemento, “o homem” citado na canção composta pelo Lou Reed, que só resolveu dar as caras (e o pacotinho) no dia seguinte. Ainda assim, a noite foi divertida, conversamos demais, pusemos mais um pouco de “roupa limpa” para ser estendida no murete de Gomorra e, mesmo não sendo um apreciador interno dos “expansores do músculos cerebrais”, amo este álbum, datado de 1967, e, na tarde de hoje, antes de tirar um cochilo, repeti indefinidamente “Venus in Furs”, em minha opinião, uma das melhores canções internacionais de todos os tempos... Perfeita!
“Prove o chicote, se o amor não for dado ligeiramente
Prove o chicote, agora implore por mim
Estou cansado, estou deprimido
Eu poderia dormir por mil anos!
E mil sonhos poderiam me acordar
Bem como diferentes cores formadas de lágrimas”
Obra-prima!
E olha que, neste álbum, ainda encontramos a voz rouca e grave da sedutora Nico (ou Christa Päffgen), considerada por um ex-colega de classe pretensioso “a primeira Carla Perez da história”, que desenrola todo o seu charme e sedução em músicas incríveis como “Femme Fatale”, “All Tomorrow’s Parties” e “I’ll Be Your Mirror”. Quanto mais eu ouço, mais eu aprecio. De novo, e de novo, e de novo...
“Heroin, be the death of me
Heroin, it's my wife and it's my life, ha-ha
Because a mainer to my vein
Leads to a center in my head
And then I'm better off than dead”
Wesley PC>
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