terça-feira, 31 de março de 2009

UMA CITAÇÃO FEMINISTA + O PORQUÊ DO FUNCIONAMENTO DA MÚSICA ‘POP’


“É provável que a liberação sexual tenha atingido o seu apogeu na época dos rituais coletivos, mas esta época está superada e, quanto maior for a paixão por um só ser, mais o ritual a dois será essencial, intenso e cheio de êxtase” (Anais Nïn, em “O Erotismo Feminino”, artigo publicado na revista ‘Playgirl’ em abril de 1974).

Quem já se apaixonou e, por causa desta suposta sensação, abandonou presencial e naturalmente a lascívia por que se tornara famoso e da qual já se sentia uma vítima contumaz é o público-alvo dos dizeres da escritora espanhola que ficara famosa no mundo inteiro depois que tivera um caso simultâneo com o escritor erótico-existencialista Henry Miller e sua esposa June. Mas a era em que vivemos é bem outra, na qual a barbadiana Rihanna despeja suas lamentações pré-fabricadas no rádio e na TV, seduzindo corações adolescentes ou tardiamente fúteis.

Fui um destes. Por algum motivo esquisito, o videoclipe dirigido por Anthony Mandler para a frívola canção “Rehab” me seduziu, me fisgou. Os olhares felinos da cantora, os banhos constantes de seu parceiro Justin Timberlake, as brigas e reconciliações carnais... Tudo aquilo faz parte de um universo do qual não fui vítima na situação etária em que deveria... Dá nisso!

“Tu foste algo entre meu amante e melhor amigo
Todo enfeitado com um laço sobre teu corpo
E, de repente, tu te viraste e partiste
E eu não soube como te seguir
Foi tudo um choque, que me deixou desnorteado
E agora meu coração está morto
E eu me sinto tão vazio e oco”.


Repito: conhecer a MTV tardiamente, dá nisso!


“I gotta check into rehab
'Cause baby you're my disease”


Wesley PC>

Um comentário:

Unknown disse...

Cheio de êxtase e sinestesia...