sábado, 25 de julho de 2009

DOIS MESES

(Publiquei este texticulo para a abertura do meu blog, chama-se Para Gostar de Nada)

Ainda dois meses atrás, me negaria a perder tempo escrevendo
Ainda dois meses atrás, preferiria guardar a minha vida para mim
Ainda dois meses atrás, escolheria um encorpado bife ao molho
Ainda dois meses atrás, estaria em casa, com meus amigos completo de mim mesmo

Foram só dois meses atrás, mas ainda assim seria muito diferente
Não digo pior, ou melhor, mas apenas diferente
Pois ainda assim estaria feliz

A dois meses atrás não pensava em conhecer Franceses,
Turcos, Paranenses, a vida
Estava vivo e pra mim estava bom

Porém, se em dois meses tudo isso é parte de um todo
Penso o que seria de mim sem esses dois meses actuais
Tão actuais como um trem bala
Mas tão simples como o conhecer

Se se permitir é muito
Imagino querendo saber
Acho que ainda não sei
Pois não estou a procura
Só me permito
E estou feliz por isso

Felicidade só é completa quando partilhada
E me sinto feliz
Pois Hoje
Me permito escrever
A falar de minha vida
A escolher uma salada
E cheio dos amigos

Coelho
FLWS

GENTE QUE NÃO PRESTA SENTE SAUDADES DO MODO ERRADO!


Será que ele vai ficar com raiva se eu disser que tenho uma ereção sempre que visto a roupa vermelha que ele me doou e imagino seus testículos vagando livremente, sem sofrer a opressão das cuecas têxteis? Afinal de contas, quem foi que disse que tem jeito certo para se sentir saudades?


Wesley PC>

"...AS ESTÓRIAS QUE DO TEMPO D'EU MENINO..."


Para quem ainda sobrevive, mais uma dose de recordações.
Quando me mudei para as gaiolinhas da Norcon, onde atualmente minha coroa mora, passei a praticar o hábito de escrever. Escrevia várias estorinhas; longas, curtas, interresantes outras nem tanto. Pois bem, como já se é de esperara não me recordo de todas e mesmo as que lembro ainda são bem superficiais.
Tinha estórias de seres folclóricos, reuniões cósmicas (sem menções ao ENCA), surgimentos de heróis etc. Quando vinha a ideia, passava horas do dia pensando como ela seria e o desenrolar do conto. Lava os pratos, tomava banho, varria a casa, tudo pensando na nova criação. Como nessa época eu fica muito de castigo, então tinha tempo de sobra para matutar e mais ainda, para ficar fora da hipinose televisiva.
Das minhas criações, lembro apenas de 3. Uma era um conto sobre lobisomem. Sempre gostei de estórias do tipo, por isso descedi que tinha que escrever sobre. Foi a primerira vez que preferir colocar o nome somente no final, pois não conseguia fazer o desenrolar da idéia na cachola. Como todas as estórias, fiz um desenho na capa com um assombroso lobisomem segurando uma lamparina e, acredito também com uma velha no no fundo. Não me pergunte o pq da velha, nem do lobsomem segurando a lamparina, ate pq não me recordo do desenrolara do conto.
Para a segunda narrativa eu pretendi fazer quase que uma odisseia. Era a aventura de um cara que tinha sua casa envadida por bandidos e via sua família morrer a sua frente (alá Steven Seagal, apesar de destar seus filmes). Ele fugia em um cavalo e sai rodando pelo mundo sei lá por qual motivo. Acho que não cheguei a termina-lo, porém lembro que muitos dos ambintes que imaginava tinha como referência o Mosqueiro, onde ainda hoje moram uns parentes, e o A.F., principalmente em umas áreas perto do Ginásio de esporto, na canal 3, um lugar que pouco visitava na infância mas que era bastante pertinente em meu imaginário.
Mas, a mais fodáticas de todas foi o conto A Reunião Cósmica. A ideia surgiu a partir de um livro de ciências da 5ª série onde, os últimos capítulos eram voltados para estudos astronómicos.
Como falei, nessa época, por várias vezes fiquei de castigo, ai acabava tendo tempo livre pra ler milhares de coisas. Uma delas era um livro de Histórias Bíblicas para criança, que, mesmo depois de ter ido morar na Gomorra ainda guardava-o.
Voltando a narrativa... Eu utilizava as informações do livro de Ciências para criar a estória, que chegou a ter 2 versões (mas sempre preferir a 1º).
Na estória, o Sol convocava todos os planetas e seus respectivos satélites para uma reunião de “análise de conjutura” a cada 1000 anos (fazendo uso do termo do M.E.). A narrativa compreendia a um discurso de cada corpo celeste em relação ao seus satélites, mais observações. Como os dois primeiros planetas não possuíam “luas”, eles quase não opinavam e acabavam fazendo outras funções. Na Terra, o discurso era voltado para a relação dela e seus habitantes, já que a relação com a lua sempre foi conciliável. Os discursos eram sofridos, longos e os outros planetas sempre se aborrecia com seres humanos e o tratamento que estes davam a sua moradia. Marte então, ficava mais puto ainda por saber das pretensões humanas de se instalarem em sua superfície. Do restante, apenas Plutão era o que mais rendia, pois o restante acabava ou sem discursar ou então falando sobre a situação da Mãe Terra. A questão, era que Plutão, por ser o planeta mais distante do sistema, quase não participava da reunião tendo, o cometa Ralley, que lhe chamar a atenção. Eu sempre tentava fazer o mais cómico possível, e como Plutão ainda não tinha satélite (sendo que agora nem mais parte do sistem solar faz – o que, por um lado lhe deu a posição de classificador de outros corpos fora dos limitas do Sistem Solar), a narrativa ficava entre o Sol e o pequenino e frio Planeta.
Havia ainda outros personagens dos quais me lembro do Satélite Sputnik.
O mais legal era que acabava aprendendo astronomia básica e me divertia bastante escrevendo. Era uma época muito criativa( apesar de muito conturbada em relação ao ambiente lá de casa) pois lia várias coisas de ciências, história, geografia e afins, conhecimentos básicos que as vezes faço uso.

Coelho
FLWS

O inferno são os outros?

Parecia um bairro turístico, movimentado, ruas de paralelepípedo. Tinha cá comigo que ficava em Recife, mas isso pouco importava, o que importava era que meu irmão morava lá e eu ia visitá-lo.

Encontrei o lugar onde ele morava, na frente uma fachada muito bonita, luxuosa mesmo, o chão chega brilhava. Entrei. Lá dentro não era a mesma coisa. Era uma vila simples, parecida com a que meu irmão morava lá no Santos Dumont. Depois de bater em várias portas encontrei a casa, meu irmão me recebeu com entusiasmo, Yoko Ono estava lá com ele, eles pareciam estar conversando, vendo TV e tomando alguma bebida. Mas, ela ficou pouco tempo lá, foi embora levando a chave da casa e prometendo voltar logo.

Estando apenas os irmãos de Andrade na casa, ouvimos um barulho vindo do lado de fora, abrimos a porta e percebemos que um grupo de evangélicos estaria pregando em todas as casas (quartos) daquela vila. Ficamos muito assustados, tínhamos que evitar que conseguissem invadir a casa que estávamos. Um homem conseguiu invadir a casa, era um sujeito estranho que rastejava ligeiramente pelo chão, acertamos alguns chutes nele e ele foi embora. Ficamos segurando a porta para que ninguém mais entrasse, mas era preciso trancá-la e Yoko estava com a chave. Então eu deixei meu irmão só e fui buscar a chave com a senhorita Ono.

Ao andar pelas ruas daquele bairro encontrei Baiano, ele estava com a chave que eu precisava. Entregou-me a chave e me convidou para um passeio com seus amigos que estavam indo para a beira do rio. Eu pensei: "Puxa! Baiano faz amigos muito rápido". A proposta era tentadora, mas eu tinha que voltar pra vila.

Depois de muito procurar, encontrei a vila deserta, bati várias vezes na porta da casa do meu irmão e ele não atendia. Então, mesmo estando com a chave, resolvi arrombar a porta, e não havia ninguém naquele local. De repente já era o dia seguinte de manhã, e meu irmão me aparece. Eu perguntava pra onde tinham o levado, ele responde: "Eu tava no fogo". Perguntei novamente: "Eu tava no fogo". Tinha cá comigo que ele tinha sido levado ao inferno.

Acordei!

Leno de Andrade

DEU-ME ATÉ VONTADE DE IR PARA A PRAIA...


Por que peste eu fico inventando de ver mais e mais filmes do amante Eric Rohmer? Ver o belíssimo e muito dialógico “Conto de Verão” (1996), na noite de ontem, me fez ficar em dúvida sobre a minha aversão a beijos na boca: será que é sincera ou apenas um truque para eu não me tornar ainda mais escravo de um prazer que me será ostensivamente negado? Qual o fundamento dos prazeres que veneramos ou protelamos? Por que eu sou assim?

No filme, um compositor com mestrado em Matemático fica sozinho numa casa de praia, aguardando uma menina por quem se diz apaixonado. Conhece outra – e outra. Apaixona-se pelas três, não sabe qual escolher quando elas agendam programas em datas coincidentes. Uma delas, a mais aparentemente vulgar, tem princípios rígidos acerca de suas atividades sexuais. Outra flutua como ambição idealizada do lindo protagonista. E a terceira, aquela que tendemos a dizer “é a certa”, prefere manter suas expectativas de vida centradas no que é acessível. Ela é doutorada em Etnologia, mas trabalha como garçonete. Seu namorado viaja. Ela alega que “ficamos muito mais à vontade para sermos nós mesmos com amigos do que com namorados”. Eu gosto de alisar alguns amigos enquanto converso. Aprendi no final do ano passado. Não é (só) sexual, é completo!

O filme possui quase 110 minutos de duração e é composto basicamente por diálogos. A estória parece que nunca vai acabar, apenas acumular mais e mais conversas e reflexões. Por mais que vejamos o tempo transcorrer, tornamos mais e mais cúmplices daqueles personagens comuns, que conversam, que falam o que já pensamos e quiçá já conversamos entre amigos. Eu já conversei! Fiquei com vontade de ir à praia. E de beijar um desconhecido novamente para ter certeza que é não é disso que mais gosto. Saudades, saudades!

Wesley PC>

RECORDAR É VIVER!


Primeiramente quero deixar claro que a imagem é inlustrativa e... se bem que de tempos em tempos...

Como disse em minha primeira postagem, quando estava a caminho de Brasília, eu e Barba ficamos horas em recordações da infância. Como também já falei, Rafael lembrou de seu tempo de coroinha e que, nessa mesma época, costumava andar de ônibus pelo cidade, só por nadar ou pra ir a casa de algum amigo. Bem, se for de desejo, seria legal que ele publicasse algo sobre, pois sua histórias foram muito interessante.
Para mim a recordação mais fodástica foi a de um amigo da 2ª série e que a muito não lembrava.
Não me recordo do nome dele, porém lembro que na época estudava no Gauss, lá no A.F.. Antes, havia estudado no Popeye, que durou até o 1º semestre da minha 1ª série (dessa época lembro de coisas soltas como a morte do dono, um desfile civil, um pátio grande no centro do colégio e de uns picolés de duas cores, verde e rosa, sensação na época) e em seguida fui para o então colégio, que na época funcionava em uma casa de andar. Com o tempo, a instituição foi crescendo, comprou uma casa bem simples que ficava do lado do primeiro prédio e onde me lembro de pegar pequenas lagartas no quintal que mais parecia um terreno baldio.
Foi ao ingressar na 2º série que conheci o então amigo. Ele mora em uns prédios perto da canal 4, caminho pra casa de Leno. Todas as manhãs eu saia de casa mais cedo e ia pra cassa desse amigo pois sabia que sempre rolava uns rangos legais como cucuz com queijo ou ovo (RERERE) mas que sempre começava rejeitando e ao final...
Ainda no caminho da casa desse meu amigo até o Gauss, havia uma casa sem portão que tinha um pé de acerola. Eu entrava rapidinho, pegava algumas e sai mais rápido ainda pois se minha mãe soubesse tava frito.
Havia uns dias que a aula acabava mais cedo (eu acho, pois, como não podia chegar tarde em casa, suponho ter feito isso por algum momento assim), aí eu ia pra casa desse meu amigo jogar vídeo game. Era uma secura desgramada. Pra completar, na casa dele tinha uns geladinhos... ai meu irmão, era o paraíso. Lembro de ligar pra minha mãe, não sei se inventado uma história, mas pedindo pra ficar na casa dele pela tarde. Aí, vcs já sabem; NÃO. E pra completar levava bronca quando chegava.
Quando fui pra 3ª série o colégio mudou pra um lugar onde antes funcionava um material de construção, e onde hoje, a irmã de Cleidinho estuda. Ainda continuei andando com esse amigo que acabou se mudando pra um outro prédio perto da Urgência do A.F mas estudando no mesmo colégio.
Como era época de eleição esse meu amigo colecionava milhares de santinhos. Eu tentava fazer o mesmo, mas nunca conseguia. O estranho é que quando eu me lembro dessas coisas me vem também cheiros que eu consigo reconhecer até os fatos, mas fica tudo muito jogado na minha cachola. E outro parada, é que eu não me recordo dos pais desse meu amigo. Eu lembro deles me oferecendo os rangos mas não do corpo deles, parece coisa de desenho animado.
Eis que chega o tempo das modernidades em casa.
Minha mãe comprou um tv de 19’ para o quarto dela e tempos depois um vídeo cassete. Lembro de filmes como Esqueceram de Mim, que ficou um tempão lá em casa, A Chave Mágica, que até hoje gosto pacas. Mas, o melhor de todos certamente, sem sombras de dúvidas, o principal foi; O REI LEÃO.
Velho era massa de mais. Eu não queria saber de outra coisa. Na verdade eu tinha pego mais 2 filmes, se não me engano, porém lembro apenas que um era uns filmes do Pateta. O negócio é que esse 3 filmes eram desse meu amigo e eu passei décadas com eles. O rei leão então. Isso era por volta de 1998, por ai, meus pais estavam se separado e eu peguei uma doença muito louca que os médicos não sabiam constatar a causo nem o nome dela, lembro que falavam de febre reumática, mas eu acho que era mais psicológico ante a situação. O negócio é que eu fiquei em casa por dias assistindo o Rei Leão, sem contar que não fazia muito tempo eu tinha pego caxumba e tinha passado mais outra temporada em casa.
Pois é, boas lembranças essas. Ainda me recorde de outros amigos, como um chamado Caio, que escrevia muito devagar, tinha uma letra grande e bonita e sabia desenhar muito, além de ser muito gente fina (consigo até lembrar a risada dele). Ele chegou a desenhar um faixa com a temática de nosso grupo em uma gicana na 3ª série; Timão e Pumba (se não era isso era próximo). Depois, por ironia do destino, estudei com ele na quinta no Gonçalo Rolemberg.
Pois é, lembranças muito boas. Acredito que elas atiçaram muitas recordações aos que lerem, no entanto, não contei nem a metade delas, mas fiz questão dessa por terem sido tão boas em meu passado longínquo, mas que haviam se perdido na memória.

Coelho, em prantos...

FLWS

ESSA PORRA DE NOVO!

Pois então, hoje sairei das minhas reflexões sobre o mundo e apenas relatarei um fato por demais interessante e digno de reflexão (não dá pra fugir).
Bem, aqui na UNB, estamos alojados em um salão de um dos dois prédios da residência universitária. Segundo contou alguns moradores, o prédio foi criado na década de 70 para alojar atletas que estariam a competir no Centro Olímpico, que fica ao lado da Casa Estudantil. Porém nessa mesma época os estudantes ocuparam e, até hoje funciona como moradia dos estudantes.


Ilustração 1 Prédio B, parte de traz, onde estamos estalados. O salão fica quase que na frente do carro
Ilustração 2 Prédio A, onde tem dois terminais de internet. O Centro Olímpico fica seguindo a trilha de piçarra. O prédio B fica a traz desse.

Todas as manhãs fazemos o mesmo processo. Acordamos pouco antes das nove e vamos para uma fila no prédio A, onde são distribuídas das às sobra do café da manhã e, nos finais de semana, almoço e janta. Quando falo sobras, não significa que estamos comendo raspas de prato, mas na verdade o café é servido em uma sacola plástica transparente, meio com uma cesta básica, onde geralmente vem pão com mortadela ou requeijão (ou os dois), um suco de caixa e uma fruta (maçã ou banana). Há ainda a opção vegetariana que as vezes conseguimos pegar; sanduíche integral com uma creme com cenouras ou biscoito Club Social, Danone ou suco de caixa, as vezes uma barra de cereal e fruta (maça ou banana). Aí, quando bate as 9 horas são distribuidas as sobras. No entanto este café da manhã é uma conquista recente de mais ou menos três meses. Além dessas opções há mais de 4 pés (eu acho, nunca contei) de abacate entre os prédios. Inclusive já fiz guacamole umas duas vezes; meia boca.
Bem, depois ou vamos tomar banho no C.O, onde concentra o curso de Educação Física, ou ficamos morgando aqui na área.
Hoje fizemos somente o primeiro processo, sendo que Barba quase sempre come no salão onde dormimos e eu como em um espaço que há entre os dois prédios. O espaço tem alguns pés, entre eles os de abacate que não para de cai o dia inteiro, e uma horta, pequena, que pelo que fiquei sabendo está funcionando faz 1 semestre, porém se recursos da universidade.
Pois bem, comi meu café da manhã no lugar de sempre e depois fui ajudar uma galera lá na horta. Fumamos um e conversamos sobre diversas coisas. No espaço estavam dois caras que, se não me engano, um se chama Gabriel (estudante de Antropologia) e o outro Paulo (não sei o curso, porém era o que mais entendia sobre plantação e afins). O interessante era que Paulo tinha uma cara de plebas mineiro; todo malhadão mas com um jeito de interiorano bem simplesinho; na dele. E, na verdade, ele erado interios . Ele nasceu em Umberlândia. Bem, ele sabia milhares de coisas sobre plantação. Tinha um pedaço de terra que ele fez questão de mostrar a gente explicando o seguinte:
- Essa terra aqui não dá pra plantar por enquanto. Ele recebe muito vento e ai vc tem fazer uma barreira pra plantas. Também aqui é a pior terra aqui da horta... temos que colocar um composto orgânico e até o início do ano que vem vai dar pra começar a plantar.
Nisso, fumamos outro e ele começou a conversar com uma menina, que também estava cuidando da horta e que se chama Carol (á a 4º essa samana). Falaram sobre como conseguir dinheiro para o projeto e, como proposta, ela falou em ir os dois levantar a grana na reitoria. Ele aceitou, mas falou o seguinte:
- Então... dá pra fazer, mas tem que ser nas férias, pq depois fica difícil e eu quero estudar pruns concursos!
Não quero abrir julgamento sobre as escolhas de cada um, até pq nem sei qual a finalidade mentalizada pelo cara, porém, a tanto tempo que se penso sobre estas questões que em certos momento vem aquele; porra esse papo de novo! Ainda mais vindo de um cara que detém um conhecimento básico, mas precioso, para fugir das “necessidades” do sistema. E nisso, quando eu tinha chegado, os caras estavam conversando sobre problemas sanitários e ambientais da atualidade. É como se não houvesse a relação dessa percepção e nossa escolhas. È como se, no meio desse puta cabaré, nos fôssemos café com leite.
Aqui, eu e Braba conversamos muito sobre uma posição prática frente a tudo isso. O ENCA, muito nos serviu de exemplo, mas até agora o mais palpável foi vivermos da venda camisas. Nisso considerando apenas o quesito autonomia, pois vendendo camisas não estaremos salvado florestas (pelo contrário) nem ao menos negando valores como o consumismo e o narcisismo do capitalismo. Porém é mais barato que está entregue a uma rotina de maçante rotina de trabalho.

Coelho
FLWS

sexta-feira, 24 de julho de 2009

É PÉSSIMO ESTAR COM AFTA NO GRELO!


Mas, como eu sempre digo: quem me mandou nascer?

Wesley PC>

POST SCRIPTUM: Sugestões de maravilhosos filmes adaptados de obras literárias de minha atual paixão:


· “O Desprezo” (1963), de Jean-Luc Godard;
· O segundo e melhor episódio de “Ontem, Hoje e Amanhã” (1963), de Vittorio De Sica;
· “O Voyeur” (1994), de Tinto Brass.

E contando, mas, por estes três filmes, já sabemos que o cara é gênio!

Wesley PC>

SE É TÃO PERIGOSO APAIXONAR-SE POR PESSOAS, SEREI MAIS EXITOSO SE ME APAIXONAR POR UMA ENTIDADE?


A entidade em questão atende pelo nome de Alberto Moravia, que me radiografou minuciosamente através da personagem principal do magnífico conto, “Ao Deus Desconhecido”, em que uma enfermeira mui dedicada não hesitava em tocar as genitais de seus pacientes, sobre os lençóis brancos, durante os tratamentos médicos, a fim de verificar ali sopros definitivos de vida. Fiquei tão perturbado com a similaridade entre minha pessoa e a personagem que preciso transcrever aqui um longo trecho dialogístico sublime:

“Ontem fui colocar o urinol sob o traseiro de um doente grave. Um homem de meia-idade, um comerciante ou merceeiro, feio, careca, bigodudo com uma expressão mesquinha e vulgar na cara. Tem uma mulher do tipo carola, que fica aos pés da cama e não faz outra coisa senão resmungar rezas, desfiando rapidamente um rosário. Levantei suas cobertas, pus o urinol sob suas magras nádegas, esperei que defecasse, retirei o urinol, fui esvaziá-lo e lavá-lo no banheiro e depois voltei para ajeitar-lhe a cama. Era de noite e a mulher, como sempre, rezava sentada aos pés da cama. Ajeitei a cama; mas na hora de estender as cobertas sobre o lençol, num gesto rápido dei-lhe uma passada de mão, não muito forte, mas espalmada, sobre o conjunto dos genitais e disse-lhe em voz baixa: ‘verá que logo vai sarar’. Ele respondeu de modo alusivo e malicioso, próprio do homem vulgar que era: ‘se é você quem me diz, ficarei curado com certeza’; depois implicou com a mulher que rezava, gritando-lhe que parasse, que com toda aquela reza, ia atrair mau-olhado”.

Lastimosamente, o paciente citado no diálogo não se curou. Morreu, mas a lição de vida da enfermeira tocou-me violentamente a alma. No afã por curar outrem, ela curava a si mesma. Ao final do conto, ela reclama que se tornara uma assassina. Algum juízo de valor atrapalhou seu método próprio de satisfação trabalhista. Não revelarei o que foi, sob pena de me expor demais (mais?), mas suplico: leiam Alberto Moravia. Estou apaixonado!

Wesley PC>

Sementes de Baile Funk

Eu acabava de apresentar minha monografia quando falei ao público presente no Mini-auditório de História:

"Desejo a vocês paz, amor, flores e sementes de baile funk".

Acordei!


Leno de Andrade

EU ERA DO BANDO DE LAMPIÃO

Eu estava naquele lugar que mais parecia um quartel. Não estava satisfeito, por isso junto com meu irmão e Siba, planejamos sair daquele bando e formar outro. Ainda não sabia se Siba já tocava com o pessoal da Fuloresta ou se já tinha atuado no Baile perfumado, eu sabia que já gostava dele e do chapéu que ele usava. Enquanto confabulávamos na escura madrugada, nos aparece uma figura que conseguia atravessar objetos. Ficamos surpresos e perguntamos se era um fantasma, ele respondeu que não, era Corisco, fiel companheiro de Lampião. Ele nos revelou que tinha aprendido em algum lugar a atravessar qualquer coisa como um fantasma. Ele ainda nos revelou que teria tentado nos matar na noite passada, mas que agora queria ir embora conosco. Percebemos que a dissidência seria mais tranquila.

Corisco conversou ainda naquele madrugada com o chefe Lampião que nos apoiou, nos abençoou e nos deu armas.

Partimos com alegria, cada um com sua bagagem e sua arma na mão. Na primeira rua em que cruzamos tinha um grupo de meninos negros pré-adolescentes com fardas de colégio em frente a uma escola, com suas armas na mão faziam juramento de formatura de Cangaceiro. Eu pensei: "Hoje em dia tem bando de Cangaceiro em toda esquina". Ao dobrarmos a esquina eu revelaria ao meu irmão: "Andar armado é muito bom, mas quando vejo outra pessoa armada me cago de medo". Mais a frente havia pessoas jogando bola em um campinho de areia fofa e úmida.

De repente eu resolvi testar minha arma, eu larguei a mão e... era uma guitarra. Fiquei contrariado porque não tinha distorção, mas fiz um som suingado que me lembrava as antigas músicas de Chiclete com Banana. Fiquei feliz.

Um pano que eu carregava na mochila cai no chão, eu pergunto ao meu irmão se precisaria levar o tal pano, porque se o levasse sujaria tudo que estivesse limpo. Meu irmão diz que não era necessário.

Acordei!


Leno de Andrade

CULPA DA “CRISE MUNDIAL”?


Enquanto estava aqui, sentando à frente do computador, enquanto minha mãe me alimentava com cuscuz e quiabo, um apresentador de telejornal noticiava que o preço da carne morta está mais barato recentemente, em virtude da famigerada “crise atual do capitalismo mundial”, ao qual ele sobreviverá, evidentemente. Nós, quem sabe? Lembrei, portanto, que ontem almocei berinjela assada ao lado de uma mulher simpaticíssima, que fora vegetariana por 25 anos e desistiu, mudou de idéia. Hoje é carnívora novamente. “Não concordo mais com os argumentos em defesa do vegetarianismo”, confessou-me ela, frustrada pelo aspecto modista que tal condição assume hodiernamente. Quem sou eu para julgar? A berinjela estava uma delícia!

Wesley PC>

Publiquei (olha só, quem diria, se o baiano souber vai cair da cama) mais cedo esta análise (mais uma homenagem na verdade) no orkut do B.Negão.

Assim classifico o Enxugando Gelo

E ai B, blz?
Sou de Aracaju e conheço o enxugando o Gelo a mais de 1 ano. Porém somente a alguns meses atrás foi que percebi o que tinha em mãos.
Até o último mês estava morando numa república perto da universidade que estudo. Lá tive a oportunidade de entender a magnifica obra. Depois disso, cantava os versos a todos os lugares que ia e divulgava o cd entre os amigos.
Como estou sempre a procura de sons diferentes percebo, dentro da música mundial, uma constância nas témativas amorosas, o que não quer dizer que não curta, porém um som diferenciado é fundamental. E assim é o EG.
Com versos inteligentes, rimas muito bem arrumadas, viradas fodásticas e retomadas mais fantáticas ainda (ao menos assim classifico arranjos como os da música "O Processo" - "dentro das possibilidades procurar...", levando-se em consideração que sou um mero ouvinte que gosta da somátoria; massa+música=viagem da boa). Sem falar dos metais sendo tocados com estilo e precisão. Tudo isso dentro de fortes análises que vão de situações ambientais a questões políticas.
Meses atrás um amigo muito sentimental, estava a procura de um som onde não houvesse as idéias amorosas de sempre. Ele me falou que tinha encontrado o que procurava no último cd da NZ. Porém fiz questão de indicar o EG que ele acabava ouvindo quase sempre na comunidade que morava.
Estou cursando história na Federal de Sergipe e tenho amigos super críticos, que mesmo sendo de outras áreas, rotineiramente, discutimos sobre o capitalismo e seu idéais materialistas, consumistas, seus meio repressivos (tv - a qual não mais assistimos e diga-se de passagem um meio imbecilizante, polícia, escola, igreja etc) e claro, em meio a tudo isso, formas autónomas de conhecimento.
...

Estou viajando a quase dois meses e nesse tempo tenho tido a oportunidade de pensar e de agir sobre tudo isso que foi dito a cima. Coisas que aliás o EG consegue dialogar e que muito me serviu para o início de uma nova visão.
Vejo ainda que o álbum perpassa por questões de ambito individual, dando soluções para aqueles que a buscam ("...viver no presente é base, a chave pra seguir bem na viagem..."'). Coincidência a parte, este verso muito tem ajudado num dilema com as peripécias do ego.
Por fim, espero bater com alguma apresentação da banda e finalmente curtir seu som ao vivo.
Se não der ao menos ver se aparece lá por Sergipe, pois tenho uma galera que espera anciosa seu Show.

Coelho,
FLW

E EU ACHO QUE SOU MAIS RACIONAL DO QUE EU MESMO TINHA CERTEZA!


Fiquei mais ou menos uma hora zonzo, sem saber o que fazer com minha folga. Dei alguns telefonemas e um amigo fez um convite definitivo, que, a fim de não me converter num otimista ou esperançoso, foi disfarçado de interesse puramente material: vou à casa dele apenas para gravar um quarteto indispensável de filmes do cineasta Eric Rohmer. Fui. Vi a beleza do silêncio numa praça. Tive memórias dolorosas (e superadas?) de minha infância. Recebi um convite de ingestão psicodélica. Rejeitei, como sempre. “Tens medo?”, perguntou ele. “Acho que não, só falta de vontade”, insisti. Ele pediu que eu não comentasse o assunto, mas teço um breve comentário: o moço em questão teve uma ‘bad trip’ violenta diante de mim. Pediu que eu ficasse de prontidão, caso precisasse ligar para o SAMU. Temia estar morrendo. Despedia-se das pessoas que amava. E eu olhava para ele, impassível: “se tu desmaiares, vou me aproveitar de teu corpo inerte – o mesmo se tu morreres”. Ele estava apavorado. Eu, apenas interrogativo. “Acho que tu és bem mais racional do que eu imaginava”, disse ele. (supressão de conteúdo) Ao chegar em casa, vi um dos quatro filmes buscados. Quase inverossímil em seu platonismo. Numa praia, uma mulher conhece um homem lindo. Transa com ele, tem uma filha. Ele some (não por culpa dele). 5 anos se passam. Ela insiste que eles vão se reencontrar e, por isso, desdenha dois amantes que se apaixonam por ela. Acho que sou racional demais...

Wesley PC>

O MUNDO E SEUS SONS


Alguns sabem como sou alucinado por sons diferentes.
Sempre me permito a escutar algo fora do comum e, de preferência, lombrado.
Quando ainda estava na Gomorra via nas minhas viagens a possibilidade de romper as "fronteiras do som", no sentido desbravador da idéia.
Pois bem, já passamos por Salvador, Feira de Santana, ENCA e, finalmete, Brasília. E nesses lugares alguma novidade sempre se apresentou.
Na casa de Anne a descoberta foi mais por conta de Barba que portava em seu pen drive exemplares do delirante Duub e umas viagens de uma cara da África chamado Fela Cut. Reconheço também que o pouco tempo na casa de nossa amiga não seria suficiente para adicionar novidades, apesar de ver em seu computador um pequeno acervo o qual foi justificado por uma perda recente.
Em Feira a para foi pesada.
Primeiramente pude permanecer 12 dias chapando com várias pessoas, de moradores a visitantes. Logo quando chegamos a Feira, nisso era umas 7 ou 8 da manhã, fomos guiados até a casa de Ran por um rapaz chamado Israel. Como aquele não se encontrava fomos levados para um casa localizada na parte esquerda da estreita rua onde funcionava a república Alambique. Fomos recebidos por uma belíssima garota que trajava alguns adereços indígenas e que se chamava Priscila. Não havíamos entrado e já ouvíamos a voz de Clara Nunes partido de dentro da casa. Entramos, e mal nos familiarizamos com o ambiente, recebemos o convite para fumarmos um, enquanto, de um quartinho da parte esquerda da casa, continuava o agradável som da cantora brasileira.
Já aceso o cigarrinho, Priscila propôs que puséssemos no toca discos um vinil de um grupo chamado Tucoãs. Nunca tinha ouvido falar, porém, na capa, três caras vestidos com calças vermelhas prostavam-se como a olhar para o horizonte, um ao lada do outro, tendo como paisagem, uma linda praia.
Velho, foi incrível. As músicas continham uma clara origem negra, com percussões incríveis e arranjos mais incríveis ainda. Lembro de algumas músicas. Duas são bastante conhecidas. Eram mais ou menos assim

  • Ô uou ô, em bolê,

ô uou diga aê,
embola...

  • Ô balum aê,

baba orixa aê,
meu padrinho, meu balu aê
orixá aê

  • Ô raposa!

O que é Guará?(2x)

Vc ta chupando cana dentro do canaviá.

Ô raposa...

Viajei dando risos de contentamento ante a tão incrível descoberta.

O interessante é que pela noite fui novamente a moradia estudantil e comentei sobre os Tucoãs, e havia gente que conhecia a banda sem ser morador da casa.

Ainda em Feira faria mais duas incríveis descobertas.

Uma foi um CD de Maria Bethania, Meus Momentos. Uma coletânea com músicas que, em sua maioria, não conhecia e que Ran costumava ouvir insistentemente. Dentre elas a última marcou minha passagem por Feira.

A então canção se chama “Ele falava nisso todo dia” e conta a história de um rapaz de 25 anos que vive preocupado com a segurança da família, com o futuro desta e acaba por morrer atropelado em frente a companhia de seguros. Tanto a idéia quanto a interpretação da canção são fantásticas. Porém seus benefícios foram muito além da descoberta.

Estava anoitecendo e, enquanto tocava o então cd, escrevia o diário de vigem. Repetir a última música umas 3 vezes até chegar Paulo e nos convidar para compartilhar um. Na cabeça a canção não parava de tocar e aquilo me animava cada vez mais. Estava apenas eu, Barba, Paulo, e uma garota que saiu ainda cedo. Muito tempo depois foram chegando mais pessoas, mais ai eu já lombrava no som do mestre Bob Marley.

Eu já sabia da grandiosidade como também gostava das canções de Boby, porém faltava algo que somente naquele dia passou a acontecer; eu havia sentido o som de Boby!

Foi foda!

Além desses, rolou outras novidades (ao menos para mim) como Gil e una reggae lá de Feira que era bem plebas, no entanto era audível.

Após isso foi o ENCA.

Lá era tudo na hora, com o que tivesse. Como no ENCA passado houve muita reclamação de zuada, este ano proibiram tambores, ou qualquer instrumento que não fosse o violão, flauta, e uns tambores de barro que não faziam muita barulho mas tinham um som peculiar. Até assobios foram proibidos na área de convivência!

Lá também conheci Tom. Um Francês que estava a 3 meses no Brasil e que conseguia falar e ler em português fluentemente. Tom tocava violão como poucas vezes tinha visto. Segundo me contou ele aprendeu com amigos da Argélia, Marrocos e pessoas de origem cigana. No primeiro dia que nos conhecemos eu o acompanhei no tambor de barro por mais de 4horas enquanto ele tocava Buena Vista Social Club, The Doors, músicas ciganas etc. Chegamos até nos encontrar aqui em Brasília, onde ele veio buscar a namorada que vinha da Eslovênia. Os dois ficaram na UNB por 4 dias e deu pra conhecê-lo melhor

Houve ainda uma quinta feira de muita magia no ENCA. Nesse dia parecia que quem se arriscasse a tocar um instrumento se daria bem. Eu e Braba cantamos The End só com um colher, um caneca e lombra na cabeça. Foi massa! Depois fomos na vivência onde se concentrava as atividades. As pessoas estavam atirar um som muito louco. Toda hora chegava um e tocava algo e ainda assim o som continuava perfeito, isso por horas.

Depois disso, Brasília. Aqui quase não ouvir música. Teve a festa da UNE onde rolou o Show de Móveis Coloniais. Foi muito bom, o vocalista é muito animado eles meantem uma relação mais próxima com o pulblico, ao menos aqui eles desceram do palco e cantaram e pelaram com agalera. Ontem tambem rolou uma parada massa.

Enquanto fumava com uma galera e eles colocaram um reggae de uma cara com nome que parecia ser de origem Francesa. Se alguém quiser arriscar, escreva no comentário que quero muito lembrar.

Coelho

FLWS

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Os Skywalkers

"Você faz rock gaúcho ou baiano?
Sei lá".

Assim consta na letra de "Papo furado com Irene" da banda paulista Os Skywalkers. Talvez seja mesmo o menos importante tentar definir a banda, isso fica pra quem quiser classificá-la em alguma prateleira. Mas, ao ouvir o segundo disco do grupo intitulado "ZenMakumba" vem na cabeça tropicalismo, Rock garage, psicodelia, Iemanjá, Oxalá, Budismo... Uma geleia geral como diz a letra de Torquato Neto.

Lembro que na primeira vez que ouvi não dei muita importância pro grupo, mas também eu estava repleto de novidades musicais, Júpiter Maçã, Ave Sangria, Laranja Freak, Casa Flutuante. Depois dei uma maior atenção ao grupo da zona leste de São Paulo e fiquei muito contente com o som dos caras, e hoje considero o "Zenmakumba" como um dos melhores discos da década de 2000. Só recentemente conheci o primeiro disco da banda, "Correndo atrás do perigo" não é tal experimental quanto o segundo trabalho dos caras, mas é um bom disco de rock.

Videozinho:



E essa vai pra Fábio. Quem quer ser Kurt Cobain?



Leno de Andrade

ESCREVE-SE CABOGE OU CABORGE?


Era só o que me faltava: depois de passar a semana inteira reclamando de cansaço, de excesso de trabalho e coisas do gênero, ganhei hoje dois turnos de folga. Estou livre do trabalho às 14h. O problema: agora não sei ou não tenho o que fazer? Para onde ir? No cinema, os filmes são desinteressantes. Meus amigos todos estão ou trabalhando ou estudando ou ausentes por motivos extras. Minha casa está repleta de pessoas dependentes de telenovelas. Sinceramente, sinto-me agora numa encruzilhada!

Para piorar, o pessoal aqui do trabalho está discutindo sobre peixes carnívoros e falaram sobre um animal que identifiquei como tambuatá (Callichthys callichtys), um peixe que todos conhecem como caborge e que, pelo que entendi, tem a capacidade de respirar fora d’água por alguns minutos, a fim de alimentar-se de restos putrefatos de outros seres vivos. Não me lembro de ter ouvido falar deste animal, enquanto todos manifestam conhecimentos sobre ele. Para piorar minha situação, encontro prioritariamente imagens de acidentes sangrentos quando busco informações sobre ele. Para onde vou?

Wesley PC>

O pior é que sou eu mesmo!











Depois de tantas insistências, eis que me ponho a escrever.
Bem, já faz meses que meu querido amigo Werly me descreveu como um ser de personalidade egocêntrica.
Não havia entendido a então afirmação, e deixei rolar.
Da época, lembro-me apenas de ser descrito com um controlador de mim e das pessoas ao meu redor, conservador e outras coisas que só agora começam a fazer sentido.
Desde que começei a viajar pude sentir na pele e perceber meu ego agindo em várias ações.
Por exemplo:
  1. julgamentos que faço constantemente, quase sempre negativos.
  2. Uma constância no tempos passados ou nos planos futuros.
  3. Controle das reações das pessoas
  4. Fobías (escuro, ficar sozinho, descobrir lugares - principalmente em ambientes de natureza)
Bem, até agora esses são os que eu notei e, como também, os quais lembro.
Quando cheguei no ENCA, percebi o pavor que tinha de rodar pela região sozinho, sempre com medo de algo ruim acontecer, não me permitindo gozar realmente minha estadia naquele belo santuário, nem muito menos ao momento presente. Porém, foi com um sonho, que alías estes eram bastante rotineiros e estranhos(ouvir outaras pessoas afirmarem o mesmo, inclusive Barba), que as idéias começaram.
No sonho eu entrava em um ônibus que havia pego em um lugar muito parecido com a rua onde Aline de Itabaina antes morava, e me deparava com uma velha que afirma que eu estva maquinando algo de má fé.
Eu então negava e cheguei a perder a paciência com a velha.
No dia seguinte fiquei a pensar sobre o sonho, que na vida real acontece, porém quem faz o jugamento da velha sou eu mesmo e isso eu faço para mim mesmo atraves de um pesamento que eu acho que a pessoa está tendo.
Pensando, comecei a lembrar de outras coisas da infância. Uma delas, comentei com Barba quando estavamos em um Posto de gasolina na cidade de Alvorada do Norte a caminho de Brasília.
Estavamos em um momento intessamente nostálgio, onde Rafael falava de seu tempo de coroinha e suas histórias do ensino fundamental. Acabei lembrando de coisas remotas da minha infância. Amigos que tive, hábitos da 2ª série etc. Lembrei que na rua que eu morava, lá no Augusto Franco, havia uma enorme área de matagal chamada Toca da Roposa. Desde aquele tempo o local era conhecido por ser alvo de prisões de bandidos e coisas do tipo. Acontece que minhã mãe não permitia de forma alguma que eu fosse ao então lugar onde era possível comer manjelão no pé, arrancar mangas e tantas outras frutas. Pelo que me conste, somente uma vez me dei a ousadia de romper os limites daquele local que ficava a uns 300 m de minha casa.
Pois bem, passei a fazer a relação desse impedimento (que por um lado até se entede, porém havia vezes que ia grupos de pessoas da rua mas mesmo assim não rolava) ao surgimento de seres e fatos imaginários como mortes, assassinos etc. Se levar em conta que minha mãe era uma mulher muito rigida e me proibia de muitas coisas (fazer capoeira, não assistir malhação - que por um lado foi até bom, não andar em casa de amigos...), então penso que toda essa vontade de descobrir freiada natoralemte por minha coroa deve ter sido um papel fundamental para muitos do julgamentos de esteriotipo, "momentos de riscos"(muitos imaginárioa)...
Porém não quero passar a idéia que a culpa é da minha mãe e foda-se o mundo, mas tudo isso foi uma análise do que eu acredito ser a génese do problema, senda assim uma análise fundamental.
Outro fato interessante que também aconteceu no ENCA foi o coméntario de uma palestra que Rafael assistil sobre como comer.
havíamos conversado sobre boa parte do que falei, estavamos na barraca depois do almoço e de repente ele falou:
- O ego vive de passado e do fulturo.
Quando comemos as pressas estamos sendo guiados pelo ego que fica na ânsia de terminar o então ato. Por isso, devemos por a comida na boca e sentir o que se estar comendo, sua temperatura, seu gosto e mastigar até que fique o mais próximo do liquido. Assim, em 15 minutos, o cérebro vai dar a resposta para se iniciar a digestão. Se nesse tempo vc comer demais, fica inpasinado e a energia que deveria ser consumida em atividades fica para a própria digestão.
Mas de todas as experiências a mais foda foi com o Santo Dayme.
Tomei dois copos que demoraram a me dar o efeito, porém quando começou me sentia no filme Selvagens por Natureza.
Tudo era viagem.
Pessoas passavam em frente a barraca; viagem
tinha um criança que chorou por horas; viagem
meu corpo; viagem
Em certo momento Rafael perguntou:
-Quem é vc?
-Eu sou qualquer coisa?
Isso enquanto eu vi meu corpo virar coisas muito loucas.
Ante a isso Barba respondeu:
-Velho, isso é viagem do seu ego que te tira do seu presente e constroi uma inrrealidade!
A partir desse momento percebi como o ego havia se utilizado de meus momentos de lombra para se prostra o mais forte possível.
Então se deu início a uma discussão materialista onde eu falava pra mim mesmo:
-Eu tenho que está aqui!
Além de tentas outras respostas para minha própria pessoa. Isso, Rafel assistindo tudo.
Foi FODA!
O pior de tudo é que sou eu mesmo!
Então, tenho que ficar ligado pra não personificar uma parte do meu corpo, como quis fazer com a velhinha, que tem sua importância, mas que tem que ser diariamente trabalhado
Bem, depois disso tenho me policiado bastante para, principalmente, me manter nos instantes. E até que conseguir o tal feito na semana passada quando os maravilhosos dias com o pessoal doParaná (Luciano, Hugo e Carol - que é de Sergipe mais veio com a galera) e Tom e sua namorada me fizeram viver intensamente meu presente.
Bem, até agora é isso, se surgir mais ideias publicarei.
Tentarei manter esta anásile pertinete aqui no blog
FLWS
Coelho

FOI BOM VER GENTE VIVA!


E ontem, 22 de julho de 2009, 67 anos exatos após o início da deportação sistemática dos judeus do gueto de Varsóvia, eu visito Gomorra depois de umas duas semanas distante. Encontro gente lá. Um bombeiro de cabeça rapada aos beijos e abraços com uma simpaticíssima estudante de Geografia. Um afetado que esqueceu de fazer a matrícula na UFS vendo telenovela na TV Record. Uma criança dormindo. Um viandante insistindo em lavar o banheiro. Um casal enófilo. A vida ainda pulsa naquela casa. Foi bom ver gente viva!

Wesley PC>

“NÃO SOU PERFEITO”...


Não sei que estranhos meandros me levaram a ouvir “V” (1991), do Legião Urbana na noite de hoje ou rever “Branca de Neve e os Sete Anões” (1939, de David Hand) ao lado de minha mãe, que ficou encantada com o anãozinho Dunga e com uma tartaruga coadjuvante. Sei que fiquei preocupado com a cena em que a Madrasta Má é perseguida pro seres armados com pedaços de pau, despenca dum precipício e morre, sendo logo cerceada por abutres famintos. Por mais que eu desgostasse desta malévola personagem, algo sempre me faz ficar temeroso pelo destino dos vilões. E, por mais que o filme seja ótimo e pioneiro, algo não funciona direito no contexto geral: o que os roteiristas do filme queriam provar com cenas como aquela em que vários animais ajudam a personagem a limpar a casa dos anões em troca de moradia? Por que Dunga insistia em receber tantos beijos seguidos? De que adiantava à Madrasta ser “a mais bela de todo o reino”? Por detrás de uma bela história, litros e litros de ideologia são despejados nas mentes das crianças e adultos e adolescentes, que fazem coro com a protagonista quando esta canta a letra de “Someday My Prince Will Come”. O meu príncipe se afasta mais e mais a cada dia...

“Era o meu romance, eu não resisti
O sonho que eu sonhei há de acontecer
O castelo que eu imaginei, de verdade, ele um dia há de ser
O meu eterno amo, um dia encontrarei
E feliz eu irei viver com esse amor
No sonho que sempre sonhei”

E, para se divertir, a princesa faz um dueto com seu próprio eco, atré que, de repente, um príncipe surge. Quando ela falece em virtude da maça envenenada por uma senhora invejosa, um beijo a trará de volta à vida. “E eu, homem feito, tive medo e não consegui dormir”...

Wesley PC>

quarta-feira, 22 de julho de 2009

E A PERGUNTA QUE EU REFAÇO É: ADIANTA?

Sei que já torrei a paciência de supostos leitores na última semana com a repetição das mesmas lamúrias existenciais. Mais do que em qualquer outra época de minha vida, o período de férias universitárias entre 2009/1 e 2009/2 causou-me o supra-sumo da estafa. Depois de experimentar seis meses de férias remuneradas (que em nada contribuíram para o meu descanso, salvo que nestes meses fui agraciado pelo contato assíduo com meus amigos gomorrenses), o regresso a um ritmo avassalador de problemas alheios destruiu os meus nervos. Motivo: estou sem muletas! As pessoas que costumavam abrandar minhas desilusões com abraços ou com a permissividade de carícias unidimensionais masoquistas estão a viajar ou não encontro mais com facilidade. As portas estão se fechando. Por isso – e unicamente, por isso – meu ritmo de postagens neste ‘blog’ está exíguo nos últimos dias. Peço desculpas por isso e espero que entendam a minha justificativa.

Obrigado,

Wesley PC>

PS: até que me provem o contrário, sim, adianta!

“O INFINITO MULTIPLICADO POR ZERO É IGUAL A ZERO”

A frase é atribuída ao meu filósofo favorito Blaise Pascal e é citada informalmente na obra-prima de Eric Rohmer, “Minha Noite com Ela” (1969). No filme, um engenheiro católico chega de uma viagem a trabalho no Chile e vai morar em Clermont-Ferrand, cidade-natal do referido filósofo. Encontra um amigo, que atua como professor de Filosofia, e este último decide apresentá-lo a uma medica atéia. É antevéspera de natal. Todos conversam fluentemente sobre o jansenismo, como se fosse algo mais do que corriqueiro. O professor vai embora, deixando sozinhos no quarto o católico e a atéia. A atração sexual é inevitável. “Tu podes deitar em minha cama, caso esteja com frio. Garanto que não vou te tocar”, diz a sedutora mulher. O homem hesita, mas o frio o obriga a mudar de idéia. Eles se tocam ao despertar. Fogem. O final é vida – e praia – e Deus – e desejo sexual – e mais vida! Infeliz daquele que se diga imune ao clima!

Wesley PC>

terça-feira, 21 de julho de 2009

VULGO: EU NUNCA FIZ SEXO COM DOIS HOMENS AO MESMO TEMPO!


Ou: de que adianta crer que vida não tem sentido?

Tudo é problema de (má) interpretação!

Wesley PC>

COMO SE EU ESTIVESSE POUCO ME LIXANDO PRA PORRA NENHUMA...

No caminho para o trabalho, na tarde de hoje, deparei-me com um rato morto numa sacola plástica. Lamentei não ter pilhas carregadas para minha câmera fotográfica naquele momento. Algo me fez ter vontade de deitar no chão e registrar a minha imagem ao lado daquele cadáver de roedor, daquele bicho morto por ser julgado um destruidor de móveis, um transmissor de doenças, um parasita social, enfim! Algo me fez sentir em acordo espiritual com aquele animal! Mas nada mais podia fazer: ela já estava morto, eu vivo (ou acho que estou vivo, não sei). O masoquismo imagético consolar-me-ia apenas no plano simbólico. Bastaria, penso.

Enquanto eu admirava o imenso roedor morto e acondicionado na sacola, percebi que transeuntes estranhavam a minha reação. O animal não fedia, apesar de estar morto há um certo tempo. Eu, por meu lado, irritava-me por ter sido obrigado a pôr gotículas de um perfume chamado Happy em meu corpo. E, mais tarde, tenciono ver um filme erótico italiano com as palavras Diabo e carne no título. Na espera, portanto...

Wesley PC>

OS MUTANTES TAMBÉM ENTENDEM MUITO DE TRISTEZA!


Todos que sabem onde eu trabalho, devem imaginar o quanto me cansei no dia de ontem. Dia de matrícula no DAA. Funcionamos das 8h da manhã até às 21h, quase ininterruptamente. Ao chegar em casa, não dormi. Desmaiei. Capotei. Não eram nem 22h30’ e estava atirado à cama de minha mãe, depois de ler o penúltimo capítulo de uma obra-prima nacional. Sonhei que uma amiga minha morria diante de si mesma. Explico: ela possuía um alter-ego loiro, uma espécie de irmã gêmea, que era pilota de corridas. Ela estava ao meu lado, quando viu sua gêmea acidentar-se na TV. Acordei com dores em todo o corpo, com torcicolo. Detesto dormir demais!

Escolhi um CD daquela forma que todos já conhecem. Saiu “A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado” (1970), dos gênios Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias. Repeti “Ave, Lúcifer” mais de uma vez. É uma de minhas surpreendentes canções favoritas. Cozi um miojo de queijo, enquanto escolhi que filme ver. Optei por “As Amorosas” (1968, do mestre melancólico Walter Hugo Khouri), que urgia em meu armário há semanas. Não sei se fiz certo. O filme é extraordinário. Trilha sonora: Rogério Duprat, executada por Os Mutantes. Para quem considera esta banda extraordinária apenas “eufórica”, garanto que será um choque percebê-los musicando um estupro. Filme maravilhoso, música sublime!

Na trama, o protagonista Marcelo (Paulo José) se lamenta o tempo inteiro: por que eu tenho que trabalhar? Por que eu não gosto de quase nada? Por que eu sinto este vazio tão grande? Por que o tempo é tão fugidio? Por que eu amo tanto? Por que eu amo tão pouco? Por quê? Por quê? Por quê? O tempo se desenrola e as perguntas não são respondidas, ao contrário, se acumulam. Ele tem uma irmã querida (Lílian Lemmertz), que sente saudades deles, mas, quando ele está presente, “a falta é bem pior”! Ela tem uma companheira de quarto, por quem ele se sente atraído, mas a acha vulgar. Ela trabalha na TV. Ela é vulgar e chega a parecer feliz, por causa disso. De repente, ele se envolve com outra mulher, que considera inteligente, que estuda Cinema. Numa cena impactante, eles se encontram num concerto d’Os Mutantes. ‘Close-up’ no rosto de Rita Lee. “Por que vocês estão a ouvir esta banda que canta músicas de protesto?”. “A culpa é da bomba!”.

Não será de bom tom resumir do que mais se trata o filme. É magnífico e a tristeza que ele passa não é contaminante. É real! Já estava lá, antes de o filme começar. A culpa é de quem desperdiça o mundo. A culpa é de quem se desperdiça! E o filme não sai de minha cabeça... E nem a música... E nem uma ou duas ou três pessoas que amo...

“O meu refrigerador não funciona
Eu tentei tudo, eu tentei de tudo
Não funciona. Não, não, não!
O meu refrigerador não funciona”...

De que adianta?

Wesley PC>

segunda-feira, 20 de julho de 2009

“NÃO TRANSMITI A NENHUMA CRIATURA O LEGADO DA MINHA MISÉRIA”...

Na cena mais potencialmente engraçada da versão cinematográfica de Júlio Bressane para o melhor livro que já li em vida, a prostituta Marcela (Regina Casé), amante por “quinze meses e onze contos de réis” interrompe uma cena de sexo por alegar que sua calcinha não é de época, conforme o restante da mobília e da indumentária do filme. Ela, porém, encontra uma solução: “tu podes me comer aqui por cima mesmo, sem mostrar a calcinha!”. Poderia ser engraçado, mas é um drama. É a vida!

Wesley PC>

domingo, 19 de julho de 2009

NOITE DE DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2009:


“Life is a mystery
Everyone must stand alone
I hear you call my name
And it feels like home”

E, na televisão ligada atrás de mim (contra a minha vontade, diga-se de passagem), cantores ’pop’ zombam de garotas que gostam de garotas. “Esta menina pega muito mais mulher que eu”, diz a letra. Minha mãe finge que não presta atenção, mas não muda de canal. Nestas horas, ela costuma aproveitar a oportunidade para perguntar se eu ando “me galando”. Eu não respondo... Masturbo-me na cama dela!

“When you call my name
It's like a little prayer
I'm down on my knees
I want to take you there
In the midnight hour
I can feel your power
Just like a prayer
You know I'll take you there”

E ontem eu tive uma madrugada de Madonna. Mais uma vez, provei ao mundo porque a canção “Like a Prayer”, de 1989, tem tanto a ver comigo. Nunca fui sexualmente molestado por padres, que nem acontece com os personagens infantis de “Má Educação” (2004), do titio Pedro Almodóvar, mas já comi hóstia consagrada caída no chão. O padre me disse que o piso da igreja era sagrado. Eu não acreditei!
“I hear your voice
It's like an angel sighing
I have no choice
I hear your voice
Feels like flying
I close my eyes
Oh God, I think I'm falling
Out of the sky
I close my eyes
Heaven, help me”

Faz tempo que eu não ouço a voz dele, o sotaque… “Céus, ajudem-me!”

Wesley PC>

PARA QUEM SE INTERESSOU POR “IRREVERSÍVEL” (2002)...

Convém saber que o diretor Gaspar Noé já atacara com seu masoquismo exibicionista encantador em “Carne” (1991), média-metragem em que um açougueiro apaixona-se por sua filha, abandonada pela mãe. Apaixona-se tanto, sem medir esforços, que esfaqueia um imigrante muçulmano inocente na arcada dentária quando crê que este a estuprara. Vai preso. É cortejado por um colega de cela homossexual, mas não cede à pederastia. Ao sair da cadeia, sua filha está cerrada num orfanato católico. Ele, então, é contratado por uma mulher afetada, que exige que ele a foda de forma violenta. “Foder é fácil”, repete ele para si mesmo. “Por causa de um orgasmo de 9 segundos, uma pessoa se sujeita a 60 anos de sofrimento”.

Fiquei impressionado. Não somente pelas cenas violentas de abate de cavalos, que são consumidos pelos personagens. Não somente pela concomitância entre cenas de luta livre e programas evangélicos na TV. Não somente pela crueza do roteiro. Não somente pelos letreiros que satura a tela (na abertura, uma mulher confessa a seu homem, ambos fora-de-quadro, que é virgem. Ele diz que a ama. Ela responde: “eu sei, mas tome cuidado comigo”). Fiquei impressionado. “Um segundo é bastante para perder tudo o que achamos que possuímos”. Expurgo!

Wesley PC>

CITAÇÃO DEFINTIVA: “SÃO BERNARDO”, DE GRACILIANO RAMOS


“A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste que me deu uma alma agreste”.

E depois não entendem porque sou fã do Tinto Brass!

Wesley PC>