sábado, 7 de maio de 2011

“NA HISTÓRIA DO CINEMA, HOUVE DUAS PRINCIPAIS RUPTURAS EPISTEMOLÓGICAS: O SURGIMENTO DO CINEMA FALADO; E OS CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO” (JEAN-LUC GODARD)

A tecnologia seria uma terceira ruptura, acrescenta o genial diretor franco-suíço – ainda em atividade – na maravilhosa entrevista conduzida pelo jornalista Fernando Eichenberg, em que o cineasta se confessa como algo entre “um pessimista alegre ou um otimista triste”. Em mais de um momento da entrevista, aliás, eu me vi tentado a plagiar suas palavras: caramba, como este artista está mais e mais genial a cada dia!

Numa das perguntas, o entrevistador pede que o entrevistado explique o que quis dizer quando afirmara que ele é “bom em cinema e péssimo na vida” e, nesse ponto, eu aproveito o gancho para dizer que, neste fim de semana, estou doente mais uma vez: pode ser uma simples gripe, mas o incômodo físico que neste momento se instala em meu corpo m fez dormir em parte considerável deste dia de sábado. Planejava sair para ver alguns amigos, mas estes planos foram também abortados pelas dores leves – porém frustrantes – que me afligem...

Fiquei em casa e, dentre os vários filmes que vi no dia, dois horríveis exemplares do cinema continuativo de horror contemporâneo e os mesmos confirmaram as declarações apocalípticas de Jean-Luc Godard acerca do apocalipse hollywoodiano. Os filmes vistos por mim foram “Colheita Maldita 666 – Isaac Está de Volta!” (1999, de Kari Skogland) e “Premonição 4” (2009, de David R. Ellis).

O primeiro levou nota 0,0 e o segundo nota 2,0. No primeiro, acompanhamos uma história sem pé nem cabeça sobre uma garota adotada e mimada que resolve investigar as raízes genealógicas de sua família e descobre que ela foi profetizada como a geradora de novos adoradores d’Aquele que Anda pelo Milharal. No segundo, pós-adolescentes sobrevivem a um absurdo acidente automobilístico e são perseguidos por formas descabidas de morte orquestrada. Do primeiro, não há nada que se aproveite. Do segundo, restou-me a beleza fútil de Nick Zano. Antes e depois de ambos os filmes, Jean-Luc Godard me consola: “um filme menor faz parte do cinema assim como um grande filme. Na literatura, um romance menor, não; assim como na pintura. Mas, no cinema, sim”. Por isso, eu ainda me atrevo a ver este tipo de abominações cinematográficas!

Wesley PC>

QUANTA SAUDADE DO DIAS GOMES O GUEL ARRAES ME FEZ SENTIR!

Oficialmente, o escritor Dias Gomes faleceu em 1999. Tornou-se culturalmente imortal, entretanto, em virtude de suas criações personalísticas absolutamente singulares. Excetuando-se o magistral filme “O Pagador de Promessas” (1962, de Anselmo Duarte), a marcante minissérie “As Noivas de Copacabana” (1992) e a divertida micro-telenovela “O Fim do Mundo” (1996), eu tive poucas oportunidades de acompanhar o trabalho do autor quando ele ainda estava vivo. Na TV, seus trabalhos mais famosos são as telenovelas “O Bem Amado” (1973) e “Roque Santeiro” (1985). Assisti a diversos trechos das mesmas em programas de variedades, mas nada muito substancial no plano da quantidade. Por isso, fiquei contente quando soube que um canal pago exibiria, na noite de ontem, a versão fílmica recentemente dirigida por Guel Arraes. E, por pelo menos 10 minutos, eu sou obrigado a admitir: “O Bem Amado” (2010) é muito bom!

Um incremento mui pessoal em minha volição no que tange à audiência deste filme tem a ver com uma mensagem eletrônica que recebi de uma professora querida, depois de comandar a cansativa organização um evento interdisciplinar sobre comunicação ambiental, em que a mesma dizia que sua alma estava “tão lavada e enxugada quanto a de Odorico Paraguaçu”. Achei a citação genial e, como tal, tinha que conhecer a obra em que tal frase foi pronunciada. Dito e feito: gargalhei quando o protagonista interpretado por Marco Nanini pronunciou o referido estado de espírito (risos).

Infelizmente, Guel Arraes está mais preocupado em ganhar dinheiro com espectadores viciados em fórmulas televisivas do que tornar marcante um estilo cinematográfico próprio, e, aos poucos, o filme se torna irritante de tão veloz e omissa que sua montagem se torna. Cenas importantes são interrompidas ou abandonadas, enquanto piadas reles envolvendo os comportamentos sexuais bizarros dos personagens são destacados. E, se José Wilker não tinha como desperdiçar a sua imponente tipificação enquanto o matador Zeca Diabo, a grande maioria do elenco está insuportável: Matheus Nachtergaele exagera nos estereótipos ao compor o celibatário e covarde Dirceu Borboleta, enquanto Caio Blat, Maria Flôr e Tonico Pereira estão horrendos enquanto jornalista, filha e principal opositor do político protagonista. Em alguns momentos, inclusive, o discurso ideológico assumidamente anti-socialista (em oposição à genialidade sutil das críticas rotativas do magnânimo texto original) é tão obviamente irritante que até minha mãe percebeu que o filme destoava em relação aos temas principais da telenovela, a que ela teve o comemorado prazer de ter visto na época em que foi exibida.

Vale frisar, entretanto, que os 10 minutos iniciais do filme são muito bons. A narração comparando os fatos corruptos da fictícia cidade de Sucupira com eventos reais da década de 1960 não tinha como desperdiçar a genialidade impressa pelo autor Dias Gomes. Além disso, uma ou duas canções interpretadas por artistas como Jorge Mautner, Mallu Magalhães e Caetano Veloso são funcionais quando implantadas na trilha sonora. E, apesar de, no cômputo geral, eu ter detestado o filme, ainda assim eu gostei de suas tentativas de elã, prontamente naufragadas pela opacidade polimórfica do cinema televisivo que encontra na figura de Guel Arraes um de seus maiores difusores e especialistas. Pena!

Wesley PC>

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O PEIDO NA FAROFA DE FENTON BAILEY & RANDY BARBATO:

Os diretores Fenton Bailey e Randy Barbato, que quase sempre trabalham juntos, já foram merecedores de vários elogios de minha parte, em razão de seus emotivos documentários sobre a sub-cultura homossexual, conforme pré-indicado aqui. Em razão destes elogios justificáveis e de uma interessante coincidência, que fez com que eu ganhasse cópias do mesmo filme de pessoas diferentes, assisti a “Party Monster” (2003), propalado filme ficcional sobre o início da cultura ‘clubber’, com muita empolgação, na noite de ontem. Exceto pela ótima caracterização de Macaulay Culkin no papel central (tão afetado quanto eu, dirão alguns) e pelas aparições marcantes do travesti interpretado por Marilyn Manson (que, numa ótima cena, tenta dirigir um caminhão de salto alto e entupido de ácido lisérgico), achei o filme absolutamente enfadonho e moralista (no pior sentido do termo). Ao invés de dotar esta biografia com uma maior ênfase nos aspectos culturalmente contagiantes da era retratada, os diretores saturaram a produção com toques de oportunismo pretensamente metalingüístico e com julgamentos unidirecionais sobre o uso indiscriminado de drogas. Incomodou-me deveras!

Em verdade, aliás, este filme é anterior tanto ao já emulado “Quando Eu Descobri” (2008), quanto ao famoso “Por Dentro de Garganta Profunda” (2005), documentários que, como eu disse antes, chamam a atenção pelo reforço emotivo. No segundo filme, emocionamo-nos diante dos revertérios biográficos sofridos pelos participantes do mais célebre filme pornográfico exibido comercialmente nos cinemas enquanto que, no primeiro, emocionamo-nos ao cotejar nossas experiências pessoais de vida com a forma dramática com que os depoentes tiveram consciência de que sua sexualidade diferia daquela tradicionalmente aceita pela sociedade. Em “Party Monster”, o efeito pessoal-emotivo que predomina é justamente o inverso: tendemos a sentir nojo daqueles personagens, quando, em meu caso íntimo, pude detectar diversos pontos de conexão com o exibicionismo ‘glitter’ dos protagonistas. Assim sendo, me senti traído, muito traído, pelos diretores e roteiristas, bem como chateado por não ter gostado do filme quanto os dois amigos que me presentearam com cópias dele, cientes de que eu veria a uma projeção de mim mesmo em cena. Pena...

Wesley PC>

quinta-feira, 5 de maio de 2011

HÁDRONS NADA MAIS SÃO DO QUE PARTÍCULAS COMPOSTAS POR ESTADOS LIGADOS DE QUARKS QUE “MANTÊM A SUA COESÃO INTERNA DEVIDO À INTERAÇÃO FORTE"...

Ufa, agora sim posso respirar um tanto mais aliviado! Tive um ataque hiperbólico de pânico interrogativo numa aula, em que precisei analisar o tipo de entrevista que era realizado numa matéria sobre Sociologia do Conhecimento, em que uma pesquisadora alemã investigada os componentes autorais diferenciais na simbiose homem-máquina num Centro Europeu de Física em que os tais hádrons eram mais do que relevantes. E quais são os hádrons mais conhecidos por nós? Nada mais que os prótons e nêutrons! Precisei saber isto na sala de aula e, de imediato, ninguém pôde me ajudar...

Aliás, eu havia chegado agoniado á sala de aula: primeiro, porque havia cochilado na última cena do interessantíssimo filme nacional “Os Imorais” (1979, de Geraldo Vietri), em que um milionário homofóbico terminaria psicoticamente obcecado por um cabeleireiro por ele apaixonado; segundo, porque, no caminho para a aula, deparei-me com uma violenta operação policial no bairro em que resido, em que Rádios-Patrulha passavam em alta velocidade pelas ruas, com policiais ostentando metralhadoras nas janelas dos veículos. Não somente fiquei preocupado com o impacto socialmente coercitivo do que vi, como fiquei chocado como um dado policial interpelou o motorista de caminhão do lixo que atrapalhava a passagem de sua viatura ou como eles apontaram armas para as cabeças de alguns homens que trabalhavam como pedreiros numa dada rua, onde mora justamente um famoso partícipe gomorrense. Foi assustador. Cheguei à Universidade, esbaforido. Mas agora posso respirar novamente: já sei o que é um hádron!

Wesley PC>

quarta-feira, 4 de maio de 2011

“QUEM AMA MAIS É QUE É MAIS HUMILHADO, É QUEM MAIS SOFRE...”

- “30 anos, tu já tens é? Hmmmm... És um homem balzaquiano”, disse-me alguém que encontrei no caminho. Ri do comentário e, ao chegar em casa, liguei a TV por acaso, procurando algo para assistir com minha mãe. Deparei-me com um telefilme francês chamado “A Casa do Gato e da Raquete” (2009, de Jean-Daniel Verhaeghe), baseado justamente num conto de Honoré de Balzac. Na trama, um comerciante pouco instruído que enriquece com sua loja de lenços adota um órfão que, ao crescer, torna-se seu companheiro fiel na loja que intitula o filme. O comerciante tem duas filhas: uma mais velha e outra mais nova, obviamente. A mais velha apaixona-se pelo órfão, que, por sua vez, apaixona-se pela mais nova, que, entretanto, apaixona-se por um pintor rico, que parece corresponder a seu amor e a retrata de forma apaixonada num quadro que destaca a sua beleza. Quando o órfão ousa pedir a mão da filha mais nova e linda de seu patrão em casamento, ele oferece a filha mais velha, fisicamente ordinária, a sociedade na loja e uma grande soma em dinheiro. A mais nova, por sua vez, consegue êxito no plano de casar-se com quem ama. Um ano depois, e a mais velha está grávida, completamente feliz ao lado de seu marido, que, a esta altura, já está completamente apaixonado por ela. A mais nova, por sua vez...

Sem querer estragar o desfecho do filme, adianto que a cena final lamenta o falecimento por langor de uma jovem de 22 anos de idade. No conto original, a idade da falecida com o coração partido é 27. Seja como for, eu fiquei bastante emocionado após a sessão, enquanto minha mãe perguntava: “é só isso?”. O que mais ela queria? (risos) Sinceramente, diante deste tipo de trama, é mais do que orgulho pessoal ser tachado de balzaquiano (risos) E eu queria aproveitar a frase do título para falar de outro assunto, diretamente relacionado, mas o próprio Honoré de Balzac falaria por mim, numa citação pertencente a outra obra: “É possível amar e não ser feliz, é possível ser feliz e não amar, mas amar e simultaneamente ser feliz, isso seria milagre”. É isso, fica para a próxima, se houver!

Wesley PC>

“ESTE VESTIDO TE CAI MUITO BEM”: REAÇÃO EM CADEIA ALTERNATIVISTA (PROLEGÔMENO)


Vasculhando as influências musicais de um artista sergipano que aprecio, fui apresentado ao nome de Sufjan Stevens, cantor norte-americano prolífico que, ao menos intencionalmente, eu ainda não havia ouvido. Na dificuldade por escolher quais discos do cantor alternativo citado me seriam mais adequados enquanto introdução, baixei aquele que, pelas resenhas, parecia ter mais a ver com minhas inclinações pessoais [no caso, o epifânico “Seven Swans” (2004)] e o mais recente [“The Age of Adz” (2010)], a fim de saber a atividade atual do cantor. Vim escutando o primeiro destes discos no caminho para o trabalho, hoje, e fiquei encantado com a primeira faixa “All the Trees of the Field Will Clap Their Hands”, repetida mais de cinco vezes consecutivas quando a ouvi pela primeira vez, e com a segunda “The Dress Looks Nice on You”, cuja letra diz mais ou menos o seguinte: “When the world looks back/ when the face looks after that/ I can see a lot of life in you/ Yes, I can see a lot of life in you”. Apesar de o disco conter outras preciosidades como “To Be Alone With You” e “The Transfiguration”, somente estas duas canções iniciais já garantem a qualidade superlativa do disco, sem contar que eu fiquei muito contente com um aspecto adicional do mesmo. Afinal de contas, como a quase integralidade das letras do disco foi inspirada em textos bíblicos, eu fui intimamente consolado em mais um aspecto: não preciso ser ateu para ser pimba!

Wesley PC>

terça-feira, 3 de maio de 2011

“POR QUE TEM UMA TELEVISÃO DENTRO DA TELEVISÃO?”

Esta encantadora e genial pergunta foi feita por minha mãe durante a sessão do magnífico filme metalingüístico sobre zumbis do mestre do gênero George A. Romero “Diário dos Mortos/ A Morte da Morte” (2007), visto por acaso na manhã de hoje. Abracei forte minha mãe quando ela me fez esta pergunta. Significou que ela estava entendendo perfeitamente não somente a proposta crítica do filme como também porque eu estava tão empolgado diante dele: talvez seja a obra-prima do diretor, quiçá ainda mais relevante, dentro da atualização contextual apocalíptica, que o seminal e ótimo “A Noite dos Mortos-Vivos” (1968). Tão genial que eu precisei ficar anotando num caderninho os diálogos pertinentes e majestosos do filme. Seguem apenas três, a fim de não estragar a surpresa de quem ainda não viu esta obra de arte:

- Se não está gravado, é como se não tivesse acontecido, não é?”: para mim que estudo Jornalismo, esta pergunta – do modo como foi feita – foi um tiro na cabeça. Quase que eu caía no chão, tão inane e espantado quanto os mortos-vivos do filme. Putz! Os conceitos de construção midiática da realidade que são questionados no filme me fizeram exultar: “Deus do céu, por que eu não vi este filme antes?! Ele deveria ser exibido como disciplina obrigatória nas faculdades de Comunicação Social!”;

- Quando estamos dirigindo e passamos diante de um acidente, não conseguimos seguir em frente. Paramos, mas não é para ajudar. Que insto é este que nos fazer ser tão curiosos e assistirmos passivamente ao sofrimento de alguém que precisa de nossa ajuda? E não é somente vocês, espectadores, que estão se tornando passivos, Nós, cinegrafistas, estamos nos tornando cada vez mais imunes ao horror”: conhecendo a obra mui coerente do George A. Romero, creio que não seja preciso emitir qualquer digressão sobre este comentário sagaz. È engolir a saliva e seguir em frente;

- Não gosto quando amanhece: manhãs e espelhos servem apenas para atormentar homens velhos”: esta citação não somente é linda, como a deixarei aqui sem comentário, a fim de que os eventuais consumidores desta postagem ouçam o meu clamor entusiasmado e vejam este filme, vejam este filme, VEJAM ESTE FILME!

E, como se não fossem suficientes, para além desses três preciosos recortes dialogísticos, o filme ainda possui uma angustiante moral da estória: “antigamente, eram nós contra nós. Hoje somos nós contra eles, com o diferencial de que ‘eles’ somos nós”! E tome-lhe mais na minha cara, soberbo!

Wesley PC>

“GARÇOM, UM PASTEL DE NERVO, POR FAVOR!” OU EU JÁ DISSE QUE ERA FÃ DO ANDRÉ TECHINÉ, HOJE?

Acabo de ver “Barocco, o Jardim do Suplício” (1976, de André Techiné), um esquisitíssimo filme sobre um boxeador que é chantageado para fingir que fora amante de um candidato político.

Na tarde de ontem, um colega de trabalho extremamente afetado (mas que insiste em negar sua provável homossexualidade latente) disse-me que não acreditava que eu fosse virgem e que, dentre todas as pessoas que ele conhece, eu sou aquele para quem ele mais confidencia detalhes de sua vida pessoal.

No filme, Isabelle Adjani, linda como sempre, interpreta a amante do personagem de Gerard Depardieu, tão jovem, loiro e belo quanto alguém que eu desejo. Ele é assassinado. Ela fica rica. O assassino dele pinta o cabelo da mesma forma que o defunto e, de tão parecido, conquista o afeto de sua amante, que, antes disso, vivia com uma prostituta, cuja filha ainda não fora batizada. “Que tal Julieta?”, pergunta um suposto pai. “Não, não, é romântico demais”, retruca ela.

Admitindo que minha sexualidade é pouco convencional até mesmo para quem se acha não-convencional. E, na tarde em pauta, conforme já dito, eu tinha gana de comer pastel e fazer sexo oral à noite. Gana que foi por água abaixo, literalmente, em razão da chuva. Mas nada que uma boa noite de sono e algumas palavras muito inteligentes do Umberto Eco não consolem: “Todavia, a razão secreta do mecanismo ‘meu Deus, que sede!’ parece-nos outra: é que esse mecanismo parece trazer as situações exatamente para o ponto em que estavam antes de serem modificadas. A modificação desfaz um nó, mas não muda a corda” (“Retórica e Ideologia em ‘Os Mistérios de Paris’ de Eugène Sue” IN 'Apocalípticos e Integrados').

Wesley PC>

segunda-feira, 2 de maio de 2011

SÓ PARA QUE CONSTE DOS AUTOS: PODERIA SER PIOR!

Apesar de ter me surpreendido bastante com o pungente discurso antropológico do clássico “Quadrilha de Sádicos” (1977, de Wes Craven), não ohttp://www.blogger.com/img/blank.gif apreciei de todo no sentido estritamente fílmico, conforme pode ser lido aqui. Seja como for, eu tenho a curiosidade de ver a regravação do francês Alexandre Aja para o mesmo roteiro, intitulada “Viagem Maldita” (2006), que, coincidentemente, será exibida hoje à noite no canal pago Megapix. Fiquei tão empolgado ao saber que este filme seria exibido, aliás, que fiz questão de ligar para alguns amigos e agendar minha participação numa sessão doméstica. Quem sabe a interação coletiva com esse filme extremamente violento (conforme pode ser facilmente percebido no fotograma acoplado a esta postagem) não me ajude a suportar com mais hombridade o extremo incômodo advindo dos dentes que estão a nascer, tanto por cima quanto por baixo, do lado esquerdo de minha arcada dentária. Dói muito! Para piorar, acordei com a garganta inflamada hoje. Tentei agendar também uma injeção de picalomicina, mas temo que esta dor no canto da mandíbula me impeça de extrair este poderoso bálsamo da fonte oblonga à qual pretendo ter acesso ainda hoje. Segundo um amigo de trabalho, aliás, nessas horas esquecemos até mesmo da dor (risos). Tomara! Na pior das hipóteses, creio que o filme do Alexandre Aja, por si mesmo, fará com que eu tenha muito assunto para comentar...

Wesley PC>

domingo, 1 de maio de 2011

MINHA PRIMEIRA EXPERIÊNCIA CINEMATOGRÁFICA EM 3D!

Eu já havia marcado com um amigo/vizinho para assistir ao mais recente longa-metragem animado de Carlos Saldanha. Por razões de horário, consegui convencê-lo a pagar R$ 4,00 a mais no preço do ingresso, a fim de que víssemos o filme em 3D. Por mim, tanto fazia como tanto fez, visto que, conforme dito, meu maior interesse era a comodidade de horário. Dito e feito: às 16h, eu e ele estávamos no Shopping Riomar, numa grande fila, esperando a oportunidade para comprarmos nossos ingressos.

Entramos na sala em que o filme seria exibido 10 minutos antes de o mesmo começar, mas, mesmo assim, o lugar já estava lotado. Sentamos numa cadeira ruim, na terceira fileira de baixo para cima. Havia um garoto de 14 anos enfiando a mão na calcinha de sua namorada numa das pontas e, na outra, uma garotinha de mais ou menos 4 anos de idade que sabia os diálogos e canções do filme de cor. Ela não parou de falar durante quase toda a sessão, mas não me incomodou muito: pelo contrário, foi bonito!

Teve um momento em que começou a chover e gotejar justamente em cima do local em que eu me encontrada. Pingava mesmo, parecia que a chuva era interna: dentre tantos lugares, foi chover logo onde eu estava? Seria um sinal? (risos) Pelo sim, pelo não, o filme valeu muito a pena: gostei muito da trilha sonora e saí me sentindo bem ao final da sessão. Eis minha crítica do filme aqui.

Ah, sim: quanto ao filme ter sido exibido em 3D, não fiz muita questão não. Eu ficava tirando os óculos de vez em quando e percebi que as imagens são borradas, duplicadas, mas não adicionou muita coisa em relação à experiência gloriosa de se assistir a um bom filme. Da próxima vez, eu economizo meus R$ 4,00 (risos), mas recomendo o filme mesmo assim. Muito bom!

Wesley PC>