sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

POR QUE EU NÃO SOU BOM EM GUARDAR SEGREDOS...


“Talvez pelo buraquinho,
invadiu-me a casa,
me acordou na cama
Tomou o meu coração
e sentou na minha mão”

(“Acabou Chorare” – Os Novos Baianos)

Ah, se a vida fosse que nem as canções que gostamos (risos)
Como não é, resta-me demonstrar que sou tudo, menos invejoso: bem-aventurados os que te receberão de volta, camarada ∞-gato!

Wesley PC>

Cartas de amor

Eu estava na sala de aula fazendo revisão para a prova e surpreendo um grupo de alunos trocando bilhetinhos.

Pedi que me entregassem e os guardei.

El@s ficaram desesperad@s alegando que era algo MUITO pessoal e que não era para mostrar para ninguém, muito menos para a diretora. Eu respondi que vou ver o conteúdo e se for necessário levarei à coordenação.

Segue o que el@s estavam escrevendo. Como eram folhas soltas e rodavam todas ao mesmo tempo coloquei na ordem que fui lendo. Acho que dá para compreender.

feop

x - x - x - x - x - x - x - x

Página 1 – frente

Arthur você gosta de kkkkkkkkk!!!

Se ela gostasse de mim eu gostaria dela.

Á
Davi você gosta mais de Katharine
( ) S ( x ) N

Ela não gosta de mim mesmo assim já tem quem quera...

De quem você gosta Lucas G.

R= Ainda de ninguém.

E vc gosta de quem de Katharine é?
R= Não.

Arthur você vai coloca Kassios a mão de Katharine é?
( ) S ( x ) N não sei
Katharine está perguntano se você gosta dela?
R= ela não gosta de mim se ela gostar eu gosto.

Sim

Brenda por que você ta com raiva de mim
Porque vc não fala a verdade.

Página 1 – verso

Katharine você gosta de arthur
diga outra pessoa que voçê
gosta um poquinho?

R= Ninguém meu coração é dele


O meu também
Se rosa fosse amarelo ela seria a rainha do meu castelo

Vc gosta de quem?
R= Ninguém da sala

Arthur eu gosto de...

Brenda não fique com raiva porfavor.
R= fale a verdade.

So Sei que ele vez acha que ele fez isso sem quere e tava com raiva.

Jhon mais ju tava né

Não Brenda voçê gosta de quem e ser filipe.
É porque - fale

é

Folha 2 – frente

Msm
Arthur voce ainda gosta de Katarine? Viadinho.

Não sei se ela gostasse de mim eu gostava dela
viado

Ela gosta de voce pora

Vc sabe eu não sei

Ela falou que não gosta de Cassio e so pode gostar de vc

Quem sabe

Katarine vc gosta de Arthur ou de Cassio

Arthur

Ta vendo

Você vem perguntar pra mim

Ei Marcelo vc gosta de quem da qui da sala

De ningué, só acho algumas pessoas bonitas.

E você?

Eu gostava de Katarine ela não gosta de mim é assim ela ainda vai gostar


Folha 2 – verso

se fosse realidade ia ser massa
era

Arthur você gosta de quem? Marcelo que pergunta.
Ele gosta de Katarine pow to ligado e Lucas G
Letícia é verdade é sim
Arthur Katarine falou alguma coisa assim no papel de Jhom magoei meu coração
marcelo gosta dela foi a ultima gota
Artu Katarine disse que o coração dela e so seu

Vi me arrepiei
Ta gostano ne safadinho

não, brincadeira
John vc gosta de quem???

dekaka

kaka john gosta de vc

Folha 3 – frente

Você sabe se Katharine gosta de Arthur

R- sei

E ai? Gosta ou não?

R- gosta

mas não se gosta de vc

Eu já sei que ela naõ gosta de mim ela me disse

O que que ela te disse

R- Ela disse pra Andreza me dizer que não gostava de mim
Você não sabe ela pode está mentido.

R- Você acha que Katharine e de mentir

Vou sair rapidinho, vouto já.

Mas ela pode sim está mentindo

R- É verdade! Pelo jeito dela ela não esta mentido, ela me odia, pergunte a ela.


Folha 3 – verso

Ainda não fala


De quem?

R- kakakak ta

É verdade que vc de Katha...

( x ) Sim ( ) Não

Folha 4 – frente

Vou sair agora, depois eu vouto viu!

Viu

Voutei!

Fale as novas?

Oi!!!!!!!!

OFLLINE

Folha 4 – verso

Kássio

K É verdade que Katharine disse que não gosta mais de você?
A não sei acho que ela não gosta de mim
K Mas finalmente de quem ela gosta na verdade
A Não sei estou tentando saber.
K Boa sorte!! Você e gente boa, você merece ela mesmo, eu é que não eu sou muito feio e chato.
Ki eu nem sei se ela gosta de mim
Ta na cara dela, que ela te ama
Quem sabe
Eu. Ela no dia do trabalho de ciência ela disse a todo mundo que te amava.
Eu queria que ela tivesse tivesse esse amor todo par mim. Eu amo muito

Não sei

Você teve uma apagão na memória foi

Não

há, mas parece não sabe de nada

Viu

Lucas G. Disse que Katharine gosta de vocês!!

Não sei

Rapaz ela te ama aproveita



Folha 5 – frente

Se você morasse perto da casa de Katharine e não sabia (vocês são grandes;tinham 20 anos. Vocês dois estão solteiros se reencontraram o que você faria?

Pergunte a ela não a mim

Katharine reponda está pergunta
Hum...
Não sei o que faria
Também

x - x - x - x

feop

"Saiam dos banheiros, vão para as ruas" (Rosa von Praunheim)

homenagem a um gay: rosa von praunheim

Muito teve de ser feito para que pessoas, públicas ou não, não temessem assumir abertamente sua homossexualidade. Na Alemanha, o cineasta Rosa von Praunheim, principal ativista do movimento de libertação homossexual alemão é um dos principais responsáveis pela atual liberdade.

Rosa von Praunheim, cujo verdadeiro nome é Holger Bernhard Bruno Mischwitzky, nasceu em 25 de novembro de 1942, em Riga, Letônia, durante a ocupação alemã. Seu nome artístico advém do ‘triângulo rosa’ dos homossexuais nos campos de concentração nazistas, e de Praunheim, bairro de Frankfurt onde cresceu. Após abandonar o curso de pintura da Escola Superior das Artes, em Berlim, Von Praunheim iniciou sua carreira de cineasta, no final dos anos de 1960.

Em 40 anos de atividades, Von Praunheim dirigiu, entre documentários e filmes de ficção, cerca de 70 produções. Ele mesmo se considera ‘um dos cineastas gays mais produtivos do planeta’. Como ativista, o diretor provocou escândalo ao lançar seu semi-documentário ‘Nicht der Homosexuelle ist pervers, sondern die Situation in der er lebt’ (Não é o homossexual que é perverso, mas a situação em que ele vive).

Rosa von Praunheim sempre foi um provocador. ‘Saiam dos banheiros, vão para as ruas’ era a mensagem do filme que acusava os gays de passividade política numa sociedade homofóbica, de se contentar com a triste vida de bares proibidos e sexo às escondidas em banheiros públicos. O filme foi lançado no Festival Internacional de Cinema de Berlim, em 1971. Durante sua transmissão pela TV pública ARD, em 1973, a televisão da Baviera saiu do ar. Von Praunheim não atacava apenas a sociedade alemã, que no ano anterior anulara o parágrafo do Código Civil de 1872 que proibia relações sexuais entre o mesmo sexo. O principal alvo do diretor eram os próprios homossexuais.

Depois do filme de Von Praunheim que afirmava que ‘gays não querem ser gays, mas querem ter uma vida pequeno-burguesa e viver como cidadãos medianos, e que sua passividade política é agradecimento ao fato de não serem mortos’, cerca de 50 grupos ativistas gays foram criados no país.


Durante os anos de 1980 e 1990, Von Praunheim dedicou-se ao combate à discriminação dos portadores de aids. Em 1991, no auge da crise da doença, o cineasta provocou o furor de vários homossexuais por ter declarado, em programa da rede privada de televisão RTL, que dois dos principais apresentadores da televisão alemã, Alfred Biolek e Hape Kerkeling, eram gays e tinham a obrigação de se engajar na conscientização sobre a doença. O argumento de Von Praunheim para o outing de personalidades gays foi: ‘Ser gay e lésbica não será uma questão de cunho privado enquanto formos expulsos, devido à nossa homossexualidade, de nossos empregos e moradias’.

Von Praunheim se dedicou desde cedo à difusão do sexo seguro, chamando até mesmo seus opositores de ‘assassinos’ e angariando vários inimigos na cena homossexual, cujo estilo de vida combatia – um paradoxo, já que o próprio Von Praunheim se considera ‘promíscuo’, apesar de viver com seu companheiro Mike Shepard já há 30 anos.

Oscilando entre o kitsch e o político, o trabalho cinematográfico de Von Praunheim trata de gays, divas, mulheres fortes, homossexuais corajosos, transexuais, estrelas pornôs e temas como radicalismo de direita e luta contra a aids. Seus documentários são seus pontos fortes. Seus filmes de baixo orçamento convencem e suas provocações recebem os mais diversos elogios. ‘Certo, útil e necessário’, afirma, por exemplo, o diário ‘Frankfurter Allgemeine Zeitung’.


O provocador Von Praunheim não lutou somente pela liberdade sexual entre gays e lésbicas, mas por seu engajamento político e por sua solidariedade como cidadãos. ‘Lutamos por algo mais que 700 bares de sexo’, afirma um americano no filme ‘Armee der Liebenden oder Aufstand der Perversen’ (Exército dos Amantes ou a Revolta dos Perversos) (1979), sobre os movimentos de libertação nos EUA. O amor livre se impôs, a solidariedade não, reclama o diretor. ‘Ich bin meine eigene Frau’ (Eu sou minha própria mulher) (1992), é sobre a vida do travesti da antiga Alemanha Oriental Charlotte von Mahlsdorf. (sobre ela postei aqui)

Em ‘Schwein gehabt – Joe Luga’ (Joe Luga teve sorte), Von Praunheim conta a história do cantor Joe Luga, que fazia shows travestido de mulher para os soldados alemães da frente russa. Somente após a guerra, nos anos de 1950 e 1960, sua homossexualidade o levou às prisões da antiga Alemanha Ocidental. Mas é no longo documentário ‘Männer, Helden, Schwule Nazis’ (Homens, heróis, gays nazistas), disponível desde o ano passado em DVD, que o diretor aborda a paradoxal relação entre a homossexualidade e as idéias do radicalismo de direita, cuja estética está cada vez mais presente na cena gay atual.

Somente em 2000 sua mãe confessou, aos 94 anos, que o diretor era adotado. Ela viveu, com o filho, os seus dez últimos anos de vida, até morrer em 2003. Após longas pesquisas, Von Praunheim descobriu que nasceu na Prisão Central de Riga e que sua mãe biológica faleceu num hospital psiquiátrico em 1946. (por: carlos albuquerque)

postado por mara

-----------------

Disponível em http://fazendoestrelas.blogspot.com/2008/12/homenagem-um-gay-rosa-von-praunheim.html, acesso em 20.02.09

feop

Futuro do pretérito imperfeito





Elimine os campeões de um campeonato
Subordine um país a uma capital
Analfabetize os professores de um internato
Adoeça os médicos de um hospital.

O caos está por toda parte
E por que não me lamento?
Quando acordo e lembro
Que a frustração é o pior sofrimento.

Me tranco no quarto e me escondo
De minha indispensável companheira,
A solidão...
O mundo tornou-se um abismo insensato
Ao acabar com a minha ilusão

O campeonato não tem os seus campeões
Na capital não existe mais nações
O internato não abriga estudantes
E o hospital não cabe os doentes.

Essa dor me enfraquece
E essa tristeza me aborrece
Mas não desisto de procurar
O que deixei para trás
E vou lutar até o fim
Sem medir esforços ou ações
Para restabelecer a paz
Em nossos corações.


Marcos Vicente Miranda Santos, 2006.



Esse foi um dia tenebroso do ano de 2006, dia 04 de maio, uma quinta, quando eu era bem mais fanático pelo Corinthians que hoje... Inicio de minha primeira depressão, que foi superado, mas não esquecida!!! Mais informações desta trágica partida no site: http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas/2006/05/04/ult59u101946.jhtm . Esta é a ultima poesia que postarei no blog, já que a grande maioria fala de mim mesmo, ou seja, ninguém é obrigado a lê nada que fale sobre mim... É por ai...



Até mais!!!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

MAIS UM POUCO SOBRE O OSCAR 2009


Estes são os demais indicados ao Oscar de Melhor Filme este ano. Estou com eles disponíveis num DVD. Se alguém quiser pedir o aparelho reprodutor de dvix de Rafael Maurício antes de ele viajar, estas são as opções de audiência:

* O favorito “Quem Quer Ser um Milionário?” (2008), do competente Danny Boyle (co-dirigido por uma tal de Loveleen Tandan), em minha opinião, pouquíssimo inspirado, num filme problemático deveras no plano político e muito rasteiro no plano emocional. Fala sobre um menino pobre que acerta quase todas as respostas numa espécie de “Show do Milhão” indiano e desperta a atenção represeeiva da polícia, até que descobrimos o porquê de o moço bonito saber as respostas de todas as perguntas que lhe fazem. Foi indicado a 10 prêmios;

* Meu favorito: “O Curioso Caso de Benjamin Button” (2008, de David Fincher), já descrito aqui no blog. Chorei como um bebê gerontofílico durante a primeira meia hora de projeção. Um filme lindo, lindo, com probleminhas de roteiro, mas que restaura a minha confiança no cinema clássico hollywoodiano. Trata-se de um menino que nasce com a aparência de velho e vai rejuvenescendo à medida que os anos passam, enquanto seus amores e desafetos envelhecem e morrem. Lindo. Indicado a 13 prêmios, merecidíssimos;

* Aquele pelo qual torço: “Milk – A Voz da Igualdade” (2008), do gênio experimental Gus Van Sant. Aqui ele se tranca um pouco na biografia do político assumidamente homossexual Harvey Milk, primeiro a ser eleito com esta pretensão e com este tipo insistente de intenções. Já falei muito sobre este filme aqui no blog também e, não sei se é mero proselitismo ou identificação temática, mas gostei muito do personagem, empolguei-me deveras com suas campanhas e acho o filme obrigatório para todo mundo que já conheceu uma bicha na vida. Tem os problemas convencionais de toda biografia estadunidense, em especial, quando politizada, mas achei ótimo. 8 indicações;

* E, por fim, o discreto “O Leitor” (2008, de Stephen Daldry). É uma trama bonita, sobre um moço de 15 anos que se apaixona por uma mulher que, mais tarde, descobre ser uma ex-nazista, julgada por seus crimes de guerra 22 anos após o Holocausto. Não posso falar muita coisa, pois é um filme que depende das surpresas enredísticas para funcionar, mas é bonito, tem sexo e literatura, muita literatura e cativou meu muso Rafael Maurício. Recomendo, portanto. 5 indicações.

É isso, interessando-se, procurem-nos!

Wesley PC>

OSCAR 2009: A QUEM INTERESSAR POSSA...


Para muitos, a cerimônia é enfadonha e repleta de ufanismo, mas, como me traz ótimas recordações e elos de infância, eu acho-a divertidíssima e, arrisco um pitaco: higieniza-me culturalmente.

Gosto de assistir ao Oscar acompanhado por amigos. Como este ano a TV aberta não vai exibir a cerimônia em virtude do carnaval, não sei se poderei realizar este intento. Mas consegui adquirir quase todos os filmes que estão concorrendo aos principais prêmios e, amanhã, num ímpeto de coragem historicista, planejamos ver “Frost/Nixon” (2008), de Ron Howard, filme teatralíssimo sobre uma polêmica e demorada entrevista que o ex-presidente dos EUA concedeu a um jornalista. Sei que deve ser insuportável o tal filme, mas... Tem que se ver de tudo nesta vida. Se alguém se interessar por assistir cuidadosamente a este e ao mais recente clássico do David Fincher, “O Curioso Caso de Benjamin Button” (2008), na madrugada de sexta para sábado ou no próprio sábado em Gomorra, sie lá, que se manifeste hoje á noite. Não custava nada ter perguntado, né?

Beijão,
Wesley PC> (cinéfilo)

Nada como a diversidade...

Wesley PC>

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

TERCEIRA SUGESTÃO PARA O CINE-GOMORRA DE QUINTA-FEIRA:


Wendell Pereira Barreto, ex-aluno do Colégio Dom Luciano estudava Física Bacharelado na Universidade Federal de Sergipe, mas conseguiu transferir seu curso para a cidade de Campinas, em São Paulo. Recentemente, viajou para Sergipe, pegando carona em caminhões, a fim de rever os parentes e amigos, sendo posteriormente fisgado pela canção “Something”, de The Beatles, numa madrugada de segunda-feira. Seduziu alguns corações em Gomorra e, arrisco dizer, teve o coração seduzido também. Todos estes atributos juntos fazem com que eu ponha na bolsa o filme “E Sua Mãe Também” (2001), do mexicano Alfonso Cuarón, e torcer para que consigamos ver este filme por volta das 4h da manhã...

Garanto que interessará a tod@s!

Wesley PC>

INFELIZ DE QUEM TÁ TRISTE!


“Foi na cruz, foi na cruz
Que um dia, eu vi
Meus pecados perdoados por Jesus”...


Wesley PC>

PORQUE EU ME FIO NAS COINCIDÊNCIAS...


Chegando da rua, buscando compensaçao sexual, penetro na casa de um vizinho erótico, na qual percebo um daqueles dvds piratas em que mais de um filme são gravados em cópias precárias, porém assistíeis. Dentre estes filmes, deparei-me com “A Dama e o Vagabundo” (1955), clássico dirigido por Clyde Geronimi, Hamilton Luske & Wilfred Jackson. A coincidência citada no título desta postagem refere-se ao ano de produção do longa-metragem, que é igual ao do filme que havia selecionado para celebrar a última sessão gomorrense de no caro Wendell n-gato. Como o que não faltam são apaixonados em Gomorra, não posso me esquivar de aproveitar o acaso e exibir esta obra-prima animada na quinta-feira vindoura. Garanto que é um dos mais maravilhosos filmes românticos que já vi em vida, em vida, em vida...

Wesley PC>

O BÁLANO DE MEU AMADO (para Danilo, que não gosta de poesia nem de citações musicais)


O bálano de meu amado possui uma cicatriz
Que talvez eu nunca veja de perto
O bálano de meu amado não fica numa caixa
Nem debaixo da pia
Nem perto de uma fábrica de margarina
O bálano de meu amado fica colado em seu corpo
Em seu belo corpo
Em seu escultural corpo
Em seu doce corpo
Que é cercado por uma mente assustada
Mas que se permite sorrir ao telefone
Quando se permite sorrir...
O bálano de meu amado não sabe sorrir
Pois possui uma uretra, mas não possui dentes
Mas quando o meu amado sorri
É como se eu estivesse a perceber seu bálano sorrindo também
Pois eu não sei se ele gosta de Milton Nascimento,
Mas canto para ele:

“Quando você foi embora, fez-se noite em meu viver
Forte eu sou, mas não tem jeito: hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho prá falar
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar?
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar”


E, nessa “Travessia”, se um dia eu tiver sorte, verei algum filme do Wong Kar-Wai ao lado do dono do bálano de meu amado...

Wesley PC>

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

:)


Quem será estes cidadãos da foto???
Obs.: Foto encontrada por Sueline.

bjbjbjbj @line

NINGUÉM VAI FALAR SOBRE O CONCERTO DO ARNALDO ANTUNES NÃO?


Foi bem mais lento do que esperava, mas foi ótimo! Desde bem antes de saber que o evento se desenrolaria, eu e Glauco marcamos para abraçarmo-nos fortemente durante a execução de “Hotel Fraternité”, segunda música a ser cantada pelo gênio do cabelo arrepiado. Pena que eu não sabia a letra completa da canção, mas o refrão foi suficiente para que eu... [INTERRUPÇÃO PREVENTIVA]

“Meu inimigo
Debruçado sobre o balcão
Na cama em cima do armário
No chão por toda parte
Agachado
Olhos fixos em mim
Meu irmão”


Momento máximo do evento (no que tange à platéia): quando Juliana Aguiar descobriu que, ao contrário do que ela sempre temeu, Arnaldio Antunes não é um fantasma! Como o artista (genial, em minha singela opinião) ficou perto do público em inúmeros momentos, ela teve como tocar nele, e saiu gritando: “ele existe, eu toquei nele”. Insatisfeita, minutos depois, ela atirou a escova de dentes de tio Charlão contra o palco (risos).

Momento máximo do evento (no que tange ao repertório): como o concerto estava demasiado intimista, muitos gomorrenses preferiram assistí-lo de longe. Eu, Glauco, Américo, Max sendo alguns deles. O som não estava muito bom, o vocal do artista quase não era ouvido, mas, mesmo de longe, pude me emocionar cantarolando “O Silêncio”, “Saiba”, “Sem Você”, “Não Vou me Adaptar” e muitos outros novos clássicos, alguns com arranjos bem diferentes dos originais. Não tive como me esquivar de pensar em... [INTERRUPÇÃO PREVENTIVA]. Mas nada se compara a quando emocionamo-nos coletivamente ao gritar a letra de “Socorro” e quando, eu pessoalmente, entendi mais tarde o que o compositor queria dizer com estes versos sublimes da preciosidade intitulada “Contato Imediato”:

“Semelhante de você
Diferente de você
Passageiro de você
À espera de você”


Sergredo?

No ponto de táxis-lotação, muitas risadas, muitos comentários chistosos sobre sexo oral imaginário com o artista. 4 horas da manhã e estavamos ainda a nos divertir, a gritar, a viver, foi lindo!

Wesley PC>

O ÚLTIMO CINE-GOMORRA DE WENDELL


Como já deve ser sabido pela galera (notícias entristecedoras correm rápido!), nosso querido e precioso físico regressará à cidade de Campinas na semana que vem. Esta quinta-feira, portanto, será a última vez que alguns de nós o veremos... Sendo assim, resolvi escolher um filme que diz muito sobre o que não é Gomorra, sobre uma das grandes vantagens deste local fascinante que tão bem me acolheu, por mais que eu não seja usuário de alguns famosos “lubrificantes do músculo cerebral”: não se preocupar com efeitos colaterais. Ou melhor, os gomorrenses até que se preocupam com eles, mas aceitam-nos, não deixa que nada se interponha sobre o que eles crêem que seja prazer legítimo, aquele tipo de prazer que não se superpõe a ninguém, que é individual, mas que também cativa quem está ao lado... Isso, eu juro, só encontrei aqui!

Filme escolhido: “O Homem do Braço de Ouro” (1955), de Otto Preminger, protagonizado por um genial e inspirado Frank Sinatra. O filme é laureado por ser o primeiro grande filme hollywoodiano a abordar seriamente e sem falsos moralismos o tema do vício em drogas, o momento em que algo que pode ser muito bom começa a disfarçar carências de outras áreas emocionais e tornar-se violentamente negativo, potencialmente fatal. Não vou falar muito sobre o enredo, pois ele é direto o suficiente para se mostrar sozinho, mas antecipo: tem a ver com música, com amizades testadas e com amores frustrados. É minha despedida para Wendell Heptagato (e crescendo!)

Wesley PC>

INTERPELAÇÕES


Estava caminhando para a UFS, gritando mentalmente: “NÃO VIU ESCREVER SOBRE MARCOS! NÃO VOU ESCREVER SOBRE MARCOS! NÃO VOU ESCREVER SOBRE MARCOS! NÃO VOU ESCREVER...”. De repente, ouvindo os versos da canção triste “A Noise Severe”, faixa 09 do álbum “Home” (2008), da banda holandesa The Gathering, sou interpelado por um fanático religioso, que me entrega um jornal e me diz: “leia!”. Foi estranho, senti como se estivesse sendo misteriosamente amparado num momento decisivo de agonia – e são atitudes como esta que me fazem temer o futuro, visto que, às vezes, imagino-me esperneando num templo de hipócritas religiosos. Sorte que meu estupor erotógeno freqüente parece me afastar disso. Mas aquele moço feio e bem-vestido parecia tão atencioso... e eu estava gritando com meus pensamentos... e aquela canção...

“Why am I
Why am I here?
So distant from
My old life
My heart feels so sad”


NÃO VOU ESCREVER SOBRE MARCOS!

Wesley PC>

Habbemus aqua!!

Sim!!!

Agradecer a Madruga que descolou uma vela pro filtro.

A outra tinha cerca de 8 meses. Já tava mais que vencida.

Agora já emos curar as ressacas =D

feop

Reflexões sem referencias e citações...


Outro dia estava andando de bicicleta pelo Rosa e numa das ruas vi um menino soltando pipa perto de diversos fios elétricos. Pensei logo comigo, putz! pode dar merda.

Fiquei na dúvida se falava com o guri, mas deixei pra lá. Preferi não intervir na vida dele.

Mas eis que chego em outra rua e vejo mais dois meninos tentando empinar uma pipa. Dae procuro o fio e me abaixo para passar por eles sem me bater no fio (só conseguia pensar na minha garganta sendo cortada - é um bom jeito de morrer ^^).
Ao me ver abaixar um dos guris diz: se preocupe não, é linha de costurar.
Achei engraçado porque só conseguia pensar nas linhas com cerol e pá.



Bem, só fiz este post porque na hora lembrei de algumas músicas de Racionais e pá.
Dae pensei em fechar com um citação, mas aqui no blog tá osso.
Fazem citação a toda hora que já diluiu qualquer sentido.
Por isso não curto Legião ou poesia: parece que as pessoas preferem falar pelas palavras dos outros.
Bem. Ficaê o mau humor =]

feop

Projeto Verão Atalaia 14-02-09 - Uma Clandestina

Não vou comentar o show de Manu Chao.
Mas uma coisa bem trágico-cômica aconteceu com esta menina da foto.

Ela pediu logo a mim(!) para guardar as coisas dela enquanto ela curtia os shows.
Durante o último show, o de Manu Chao ficamos de longe só escutandoa s músicas.


Também estava por perto Paulo, Jéssica e mais outras pessoas, eu acho.
Acontece que acabou o show e eu resolvi ir embora. Disse xau e fui.

No outro dia chega ela e diz que eu levei as coisas todas dela. Ela tinha ficado completamente clandestina: sem dinheiro, sem carteirinha de passe, sem celular. Até os sapatos perdeu porque deixou na bolsa de Charles.

=]
eu achei engraçado, acho que não achou tanto quanto eu.


.
.
.


Acho que Jean deve ter pensando assim de mim...


feop

Quinta-feira é dia de Cine Gomorra!


Então, na última quinta (12.02.09) rolou, ou deveria ter rolado, o Cine Gomorra. Mas parece que rolou mesmo foi festa e com muito barulho.

Eu não estava em casa, tinha ido para o show de Exaltasamba na praia.

Mas o caso é, foi pedido silencio diversas vezes, mas o pessoal não atendia. Eu disse a Chá que ela poderia ter desligado a TV e dito que o filme e a festa acabaram, já que ninguém ali parecia estar tão interessado em assistir.


Também disse que ela poderia ter conversado diretamente com Wesley. Não por ele ser o responsável, mas porque como ele é o que mais se procupa, poderia estar ajudando a manter o silêncio.

Vamos ver como será essa quinta.

E por falar nisso, qual será o filme?
E o carnaval, teremos filme especial???

abraços
feop

Sobre o filme Pão e Rosas ou Quando um filme é ruim, MESMO!


O que pode acontecer quando estamos sem fazer nada, né?
Eis que este filme está rolando pelos cantos de Gomorra há dias. Achei muito interessante o filme e mais ainda por ser uma mulher a protagonista. Na capa, esta pose me chamou muita atenção. Olhar pra cima, mãos no bolso, etc. Então resolvi assistir.

Por mais que tivesse sido avisado, "é um filme militante"... não imaginei que seria como foi.

O filme já não é tão bom por ser militante. Mas fica pior ainda quando é uma péssiama militância. As mensagens são horríveis!!

Não vou dechavar aqui o filme porque seria tão ruim quanto assistí-lo. Mas deixo o aviso: se puderem, não assistam!!

feop

Nova Cozinha nova!!!

Bem, na outra postagem tentei mostrar a cozinha pintada. Pena que não ficou bem tirada a foto.

Mas aqui temos uma foto mais panorâmica.

Legal né!!
Tintas de chá.
Mão-de-obra de Coelho.

Outra novidade \o/

Catei um mapa da Ásia.
Ficou legal que deu uma decoraçãozinha na cozinha.

Agora quando estivermos fazendo miojo podemos olha pra China e lembrar que lá eles comem ratos e baratas. = ]

feop

Confirmação?




Desde o dia em que esta história surgiu
Recebi com bastante alegria
Pois, um sonho entre mil
Sei que realizaria, um dia...

Mas todos os dias, o que quero, tenho que provar
Já que tu não acreditas no que digo
Parece que dúbio eu trato o mar
Me fazendo sentir como mais um perigo.

Só que dor maior,
É lembrar do que sempre me dizes,
Quando lembro que sou um abobalhado, um bocó...
Nos faz sentir cada vez mais infelizes.

Sempre a idéia que parece formada
Vira mais uma dúvida do que uma certeza
Pelo menos, pra ti, que ficas desanimada
Com as brincadeiras que faço a mesa.

Mas, o momento é que vai prevalecer
E não podemos fazer muitas previsões para o futuro
Só esperar a cada amanhecer
Derrubarmos o restante de nossos muros.

Nem tudo é protesto ou indignação
E nem impedirei que feliz, ela seja
Já que não farei nenhuma imposição
E sim incentivar no que ela almeja.

Só que me conhecendo do jeito que me conheces
Não poderia colocar em dúvida minha posição
Pois, todo dia entardece
E adormece, também, o terceiro coração.


Do previsível e, com isso, até mesmo, desprezível Marcos Vicente de Itapicuru no dia 09 de fevereiro de 2009.




“Não me digam como devo ser
Gosto do jeito que sou”
Renato Punk Russo

Durante minha infância

É incrível como algumas coisas acontecem conosco. Vinha eu despreocupado voltando de Itapicuru, grande e mais importante cidade do interior da Bahia (kkkkkkk), quando o cara do ônibus liga o som numas dessas rádios bregas. Foi quando eu aumentei o volume do mp4, mas ai veio a surpresa, enquanto eu ouvia a montanha mágica, começou a tocar esta música ai de baixo, uma música tão simples, tão gostosa de se ouvi, música de minha infância lá em Tobias Barreto. Não deu outra. Tirei o fone do ouvido e...

Vou pedir licença pra contar a minha história...
Como um vaqueiro tem suas perdas e suas glórias...
Mesmo sendo forte, o coração é um menino...
Que ama e chora por dentro, e segue seu destino,
Desde cedo assumi minha paixão,
De ser vaqueiro, de ser um campeão,
Nas vaquejadas sempre fui batalhador,
Consegui respeito por ser um vencedor...

Da arquibancada uma morena me aplaudia,
Seus cabelos longos, olhos negros, sorria,
Perdi um boi naquele dia lá na pista, mas um grande amor surgia em minha vida...
Naquele dia começou o meu dilema,
Apaixonado por aquela morena,
Cada boi que eu derrubava, ela aplaudia
E eu, todo prosa, sorria...
Então começamos um namoro apaixonado,
Ela vivia na garupa do meu cavalo,
Meus planos já estavam, traçados em meu coração,
De tê-la como esposa ao pedir a sua mão,
Que tristeza abalou meu coração,
Quando seu pai negou-me sua mão,
Desprezou-me, por eu ser um vaqueiro,
Pra sua filha só queria um fazendeiro,

A gente se encontrava, sempre às escondidas,
E vivia aquele amor, proibido,
Cada novo encontro era sempre perigoso,
Mas o nosso amor era tão gostoso,
Decidimos então fugir, pra outras vaquejadas,
Iríamos seguir,
Marcamos um lugar, pra gente se encontrar,
Mas na hora marcada ela não estava lá,
Voltei em um galope,
Saí cortando vento,
Como se procura uma novilha, num relento,
E tudo em mim chorava por dentro...
E tudo em mim chorava por dentro...

Vieram me contar, que mandaram ela pra longe,
Onde o vento se esconde, e o som do berrante se desfaz
Um fruto do nosso amor,
Ela estava a esperar...
Fiquei desesperado, por tamanha maldade,
Pensei fazer desgraça, mas me controlei,
E saí pelo mundo, um vaqueiro magoado,
Só por que um dia eu amei...

Passaram muitos anos, e eu pelo mundo,
De vaquejada, em vaquejada, sempre a viajar,
Era um grande vaqueiro, mais meu coração, continuava a penar...

Um dia eu fui convidado, pra uma vaquejada,
Naquela região...
Pensei em não voltar lá, mas um bom vaqueiro,
Nunca pode vacilar,
Nunca mais soube de nada, do que lá acontecia,
Eu fugia da minha dor, e da minha agonia,
Ser sempre campeão, era a minha alegria,

Depois de dezessete anos, preparei-me pra voltar,
Como um campeão,
Queria aquele prêmio pra lavar meu coração,
Mas sabia que por lá, existia um vaqueirão,

Começou a vaquejada em uma disputa acirrada,
Eu botava o boi no chão, ele também botava,
Eu entrei na festa,
E ele lá estava,
Eu fiquei impressionado, como ele era valente,
Tão jovem e tão forte, e tão insistente,
Eu derrubava o boi,
E ele sempre a minha frente,
Chegava o grande momento, de pegar o primeiro lugar,
Os bois eram mais fortes, ele não iria derrubar,
E sorri comigo mesmo "desta vez eu vou ganhar"...
Quando me preparava, pra entrar na pista,
Quando olhei de lado, quase escureci a vista,
Quando vi uma mulher,
Aquela que foi a minha vida,
Segurei no meu cavalo, para não cair,
Tremi, fiquei nervoso, quando eu a vi,
Enxugando e abraçando,
O vaqueiro bem ali,

Entrei na pista como um louco,
O bate-esteira a percebeu,
Andei foi longe do boi,
"Ah! isso nunca aconteceu!"
O Vaqueiro entrou na pista, e eu fiquei a observar,
Ela acenava, ela aplaudia,
E ele, o boi a derrubar,
Derrubou o boi na faixa,
Ganhou o primeiro lugar...

Fiquei desconsolado, envergonhado eu fiquei,
Perdi o grande prêmio,
Isso até eu nem liguei,
Mas perder aquele amor,
Há eu não me conformei,

Ela veio sorridente, em minha direção,
E trouxe o vaqueiro, pegado em sua mão,
Olhou-me nos meus olhos, falou com atenção:
"Esse é o nosso filho, que você não conheceu,
Sempre quis ser um vaqueiro, como você, um campeão,
E pela primeira vez, quer a sua Benção..."

Eu chorava, de feliz,
Abraçado, com meu filho,
Um vaqueiro, como eu, eu nunca tinha visto,
Posso confessar, "o maior prêmio,
Deus me deu...”
Saga De Um Vaqueiro
Composição: Rita de Cássia


http://www.youtube.com/watch?v=yTULBsUPs-s&feature=related


Dedico essa canção a Marcelino, que é fã dela...




Marcão Miranda

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

MERDAS ACONTECEM - PARTE I


Quando tirei esta foto, há 7 anos atrás, cria que receberia uma nota alta na disciplina Fotografia e Iluminação. Em minha opinião exibicionista, a metáfora contida na imagem de uma flor brotando do cocô de cavalo seria dramática o suficiente não somente para me fazer passar na matéria como também para ser reconhecido como um moço sensível. Ao exibir a fotografia para o professor, fui repreendido: “esta flor não estava originalmente no cocô, Wesley. Tu manipulaste a realidade. Isso não se faz!”. Fiquei um tanto decepcionado: puxa, fora tão bem-intencionado em meu intuito embelezador. Custava ter manipulado a realidade em favor de um elogio à possibilidade da beleza? Pelo jeito, custou. Levei nota 7,0 por consolação.

O que este episódio acadêmico de minha vida me fez pensar? Uma descoberta básica para qualquer pessoa que, em dado momento de sua vida, se mancomune com os ideais socialistas ou anarquistas: há uma diferença gritante entre aquilo que queremos para as pessoas que amamos, o que elas próprias querem e o que elas precisam! Por isso, errar é essencial no percurso sempre recompensante que apelidamos de “VIDA”. Eu erro! E nem sempre me arrependo disso...

Não me arrependo de ter telefonado para Marcos antes de ir para o concerto de Manu Chao na praia e receber mais uma de suas irritadas respostas negativas; não me arrependo de ter tentado visitar uma loja de hambúrgueres em Recife, por mais que eu soubesse que este seria um dos piores lugares do mundo para se passar uma noite entre amigas; não me arrependo de ficar sem dormir nas três últimas noites, visto que, quando acordado, estava a me divertir deveras; e, mais do que isso, não me arrependo de não me arrepender! Erro, mas, às vezes, involuntariamente, acerto também...

Wesley PC>

INFECÇÕES


Como se não me bastasse, meu computador foi hoje infectado por 400.000 vírus. Conclusão: por estar dormindo fora de casa todos estes dias boêmios de final de Projeto Verão e por estar a tentar eliminar estas ameaças viróticas virtuais, estou longe das publicações neste maravilhoso ‘blog’ que tanto me redime... Mas é só por hoje. Amanhã volto!

Wesley PC>

domingo, 15 de fevereiro de 2009

NUMA ANTONOMÁSIA? “KING OF THE BONGO”!


Confesso, não conhecia as três primeiras canções do concerto, de maneira que reagia freneticamente não “camarón” francês (ao qual Ferrerinha não parava de chamar de “gostoso” ao meu lado) mais por causa de seu carisma impressionante (acompanhado de perto pelos simpaticíssimos membros de sua banda) e por causa do talento encantatório dos músicos em manter a platéia obsedada através da percussividade somática contínua. Mas aí ele encetou os primeiros versos de “Mr. Bobby” e eu não resisti: entreguei-me de corpo e alma ao avento:

“Sometimes I dream about reality
Sometimes I feel so gone
Sometimes I dream about a wild, wild world
Sometimes I feel so lonesome”

No refrão, grudei em Glauco e experimentei uma verdadeira epifania ao ver todas aquelas pessoas repetirem freneticamente aquele refrão maravilhoso:

“Hey, Bobby Marley
Sing something good to me
This world go crazy
It's an emergency”

Não vou conseguir registrar objetivamente todas as emoções que experimentei naquele concerto magnífico, muito diferente do que imaginava ou talvez esperasse, mas enorme (em todos os sentidos) e ultra-dançante. O melhor: estive cercado por “Minha Galera” do começo até o fim. Pena que a tia safada adoeceu. Pena que não pudemos ter sua voz engrandecendo o coro no momento máximo da festa, quando carregamos Luiz Ferreira Neto nos ombros e cantamos a sua canção:

“Solo voy con mi pena
Sola va mi condena
Correr es mi destino
Para burlar la ley
Perdido en el corazón
De la grande Babylon
Me dicen el clandestino
Por no llevar papel
Pa' una ciudad del norte
Yo me fui a trabajar
Mi vida la dejé
Entre Ceuta y Gibraltar
Soy una raya en el mar
Fantasma en la ciudad
Mi vida va prohibida
Dice la autoridad
Solo voy con mi pena
Sola va mi condena
Correr es mi destino
Por no llevar papel
Perdido en el corazón
De la grande Babylon
Me dicen el clandestino
Yo soy el quiebra ley
Mano Negra clandestina
Peruano clandestino
Ferreirinha clandestino
Marijuana ilegal”

Lindo! Inesquecível! E ainda teve morgação na praia, econtro com itabaianenses e sono no colo de Rafael Maurício...Divino!

Wesley PC>