quinta-feira, 26 de março de 2009

DE NOVO, DE NOVO E DE NOVO...


“E assim foi. Eles nunca falavam sobre o sexo, deixavam-no acontecer. Primeiro, apenas na barraca à noite. Depois em plena luz do dia, com o sol quente a pino, e à noite, na luz do fogo, de modo rápido e desajeitado, rindo e murmurando, sem falta de sons, mas sem dizer uma palavra não ser uma vez em que Ennis disse ‘não sou bicha’, e Jack respondeu com um ‘nem eu. Isso é só uma vez ou outra. É problema nosso e de mais ninguém’. Eram apenas os dois na montanha, flutuando no ar eufórico e amargo, atentos como águias enquanto observavam as luzes dos veículos na planície lá embaixo, desligados de todas as coisas comuns e longe dos cães pastores que uivavam durante a noite. Eles acreditavam estar invisíveis”...

Diante de tamanha e inexplicável rejeição, só mesmo apelando para os inesquecíveis personagens de Annie E. Proulx, em “O Segredo de Brokeback Mountain”, publicado originalmente em 1997 e transformado num dos filmes basilares de minha vida, 9 anos depois. Obra-prima!

“O amor é uma força da natureza”, dizia a publicidade do filme. E a culpa, de quem é?

Wesley PC>

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