sábado, 28 de março de 2009

“FRUSTRAÇÃO: MÁQUINA DE FAZER VILÃO” – parte II: ANTÍTESE


Depois de realizar ameaças que jamais pensei em cumprir e de adicionar mais alguns pecados passionais à minha lista de tragédias vitalícias, sentei-me para assistir a um filme que sabia ser ruim, apenas porque haviam me emprestado e eu me considero apto/obrigado a ver de tudo nesta vida, independente dos rótulos qualitativos que as obras de arte referidas mereçam. Sentei-me e vi “High School Musical 3: Ano da Formatura” (2008), péssima incursão directiva do coreógrafo Kenny Ortega, famoso (ou melhor, infame) por causa dos passos de dança que incutira no clássico adolescente “Dirty Dancing – Ritmo Quente” (1987, de Emile Ardolino).

Creio que nem valha a pena perder tempo analisando a vilania concernente a este filme, mas, além de não compreender por que esta série de filmes fez tanto sucesso não somente entre os adolescentes, tentarei esboçar algumas impressões, por motivos particularmente subjetivos: na primeira seqüência musical deste filme, durante um jogo de basquete, uma garota intercepta o tempo para desejar sucesso ao seu amado, que consegue cumprir a expectativa desejada. Daí por diante, o filme assim continua: louvando o sucesso a qualquer custo, os romances banais, a futilidade de pseudo-artistas, as canções tecnocráticas em detrimento da vivacidade expressiva das letras, etc., mas... Quem me mandou cair nesta armadilha? O pior é que a versão em DVD do filme que me emprestaram possuía 5 minutos a mais que a duração exibida nos cinemas! Já estava agoniado em excesso, meu celular não parava de tocar e nada de o filme acabar... Mais de 110 minutos de tortura, mas sobrevivi! Espero que não haja o exemplar número 4 da série (risos) ou, mesmo que haja, prometo me reservar desta agonia espectatorial, visto que nem mesmo achei os atores do filme bonitos. Nem sempre Hollywood funciona comigo. Fazer o quê?

Wesley PC>

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