segunda-feira, 23 de março de 2009

POR QUE TUDO ME LEVA A ISTO? POR QUÊ?


Entre o sábado e o domingo, vi uma animação norte-americana, uma ficção científica russa e um musical brasileiro. Em todos, a velha questão da atração física (ou do amor, que seja) era central. Todos me faziam lembrar que eu sou destes que se apaixonam... Por este motivo, mergulhei numa espécie de cruzada em busca de filmes e/ou canções que não falem sobre o tal amor. Por enquanto, ainda não tive sucesso.

Ontem à tarde, inclusive, tive a sorte de rever um dos filmes fundamentais de minha pré-adolescência: “Drugstore Cowboy” (1989), de Gus Van Sant, sobre o cotidiano de um grupo de arrombadores de farmácias, que vivem em função da mistura de remédios que inserem em suas veias, a fim de “esquecerem o tédio da vida normal”. Numa cena pequena e muito significativa (ao menos, para mim), a personagem Nadine (vivida por uma jovem e reluzente Heather Graham) pede para ter um cachorrinho, ao que o líder do bando Robert (vivido por um jovem e reluzente Matt Dillon) responde que NÃO, visto que eles já possuíam um trauma persecutório envolvendo um cachorro querido. Inclusive, ele não queria falar sobre aquele assunto, que o amaldiçoava mnemonicamente. Tentam mudar de assunto. Como ele estava em frente à TV, vasculha os canais, em busca de algo que prenda o seu interesse. Percebe, então, que todos os canais estavam mostrando algo sobre cães. TODOS! Não é sempre assim? Quanto mais a gente luta para não pensar em algo, mais este assunto reaparece. Imagina, então, para mim o quanto é lamentoso ligar a TV, o rádio, ouvir as pessoas conversando na rua, ler, respirar, etc., etc., viver! Depois reclamam que nos tornamos viciados...

Wesley PC>

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