quarta-feira, 1 de julho de 2009

RÁPIDA OBSERVAÇÃO DE TRAJETÓRIA


Só um parêntese: lembram dos elogios demorados que a crítica dedicou a Roberto Farias quando este dirigiu um dos clássicos ‘noir’ do cinema brasileiro, “Assalto ao Trem Pagador” (1962)? Pois bem, acabo de descobrir que foram convertidos em desperdício de talento, visto que, depois de realizar os interessantes “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura” (1968) e “Pra Frente, Brasil” (1982), Roberto Farias é agora responsável pela direção do execrável programa dominical “Sob Nova Direção”, a quem me custa acreditar que alguém realmente assiste. Pelo sim, pelo não, esta descoberta absolutamente chocante me faz defender a tese de que os erros do presente não invalidam os acertos do passado. Não julguemos as pessoas e artistas pelo que elas se tornaram, mas pelos que elas foram e, dedutivamente, ainda são! Depois explico o porquê deste pedido oportunista, mas, se serve de consolo, vi o filme do cartaz no último sábado e, sinceramente, capacidade observacional humorística dos movimentos cinemanovistas mundiais Roberto Farias possuiu: ri bastante com o filme!

Wesley PC>

2 comentários:

Leonardo Bandeira disse...

ja pensou se fossemos negar tudo o que gostamos de um sujeito devido a algum deslize depois de velho?

no entanto, é sempre mais recompensador acompanhar a carreira de um artista que sempre evolui, e depois sabe a hora de parar. (isto é, se soube investir dinheiro em uma previdencia privada, kkkk)

Mas ainda existem exemplos de gente que já deu o que tinha pra dar, mas ainda consegue nos (me) surpreender... é o caso do disco novo (!) do Black Sabbath, ou a putaria tresloucada do ultimo livro de Allain Robbe-Grillet, lançado pouco antes de sua morte.

Pseudokane3 disse...

Ou o Morrissey, que permanece genial, o Iggy Pop que vai pela mesma linha... Etc, etc...

Não sabia deste derradeiro sopro de genialidade do Robbe-Grillet. Ansioso, tu possuis?

WPC>