sexta-feira, 3 de julho de 2009

PROLEGÔMENOS DE UMA VIDA SEXUAL “IMAGINATÓRIA”


Há poucos minutos, um funcionário concursado do local em que trabalho me telefonou e pediu que eu desse um recado à nossa chefa substituta: que ele não somente está doente, mas que também, desde a manhã de hoje, seu único itinerário tem sido “da cama para o banheiro”. Por isso, ele não vai poder trabalhar hoje. Tal expressão me fez recordar um comentário antigo de um colega de classe, que confessou que assiste a alguns filmes “somente com a cabeça de fora do banheiro”. Obviamente, ambas as expressões envolvendo o banheiro me fez imaginar trocentas atividades que podem ser realizadas neste cômodo, que vão desde a ingestão de tetraidrocanabinol fumegante até o mastigar de pedaços de carne animal morta. No mesmo local em que trabalho, inclusive, permaneço funcionalmente inerte diante de pessoas de todas as raças, idades, tamanhos e volumes destacados através da indumentária abaixo da cintura. Não são raras as vezes em que me disponho a imaginar o que estas pessoas fazem no interior de seus cômodos íntimos. Imagino tanto que, às vezes, a compulsão reativa impede a minha profusão loquaz e informativa. Como atender de forma ética alguém que nos desperta fantasias competitivas intensas, em que o delinear de um órgão sexual por detrás de um pedaço de pano azulado é suficiente para confundirmos a linha de raciocínio requerida pelo solicitante e gaguejar durante o repasse de uma informação? Como?! A expressão senso-comunal “o trabalho dignifica o homem” é uma possível resposta consoladora?

Observação: o texto acima foi oportunamente censurado!

Wesley PC>

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