sexta-feira, 5 de junho de 2009

“POR QUE TODO DIA TU CHEGAS DESANIMADO AQUI?”


Assim me perguntou o estagiário do setor em que trabalho quando eu cheguei hoje. Logo hoje que eu parecia tão animado... Que seja, ignorei o comentário, não respondi e entreguei-me à modorra profissional. Carimbei 55 folhas de papel, enquanto acompanhava duas colegas duas colegas de trabalho discutindo. Uma delas disse que não gostava do tom autoritário com que a mesma se referia a ela. A reclamante disse, em tom austero: “não posso fazer nada. Sempre fui assim!”. Dei de ombros.

Dei de ombros.

Antes de dormir, vi um filme musical sobre música ‘country’. No elenco, Willie Nelson (um dos mais simpáticos defensores da legalização da maconha no mundo, intérprete da bela canção de Bob Dylan, “He Was a Friend of Mine”) e Kris Kristofferson (com um sorriso em metade de rosto e um olhar de fúria na outra metade, consagrado como compositor da obra-prima interpretada por Janis Joplin, “Me & Bob McGee”). A trama era tola: um músico consagrado é obrigado contratualmente a vender todos os direitos autorais de suas composições para um inescrupuloso agente. A fim de driblar tal cláusula, ele repassa suas composições para um amigo e para uma estrela em ascensão, que, ao se recuperar do vício em álcool e anfetaminas, entra para a Igreja Pentecostal e frustra seus fãs. O nome do filme é “Escrevendo Músicas” (1984) e é dirigido pelo refinado Alan Rudolph, responsável por um belo filme sobre a ‘belle epoque’, chamado “Moderns” (1988), mas achei o filme aqui destacado ruim. Desgostei da trilha sonora e não consegui prestar atenção ao que se passava em frente à tela. Talvez a culpa tenha sido minha, que não seja o maior admirador de música caipira estrangeira e, por isso, não entendi muitas das situações desenroladas no roteiro bobo de Bud Shrake. Nem mesmo da trilha sonora eu gostei. Desperdício de tempo!

E agora, pouco depois do meio-dia, outras colegas de trabalho sorriem enquanto falam sobre bundas masculinas. Não me interesso pelo assunto (pelo menos, não do modo como elas estão tratando) e me calo. Dou de ombros!

Wesley PC>

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