quarta-feira, 3 de junho de 2009

O VIRGEM DE 28 ANOS?


Já elogiei em várias oportunidades as produções cômicas produzidas por Judd Apatow, dado que ele conseguiu instituir um padrão de humor em que a tragicidade inerente á vida sexual do ser humano é respeitada. Assim foi no equivocado e timidamente certeiro “O Pentelho” (1996, de Ben Stiller), assim foi no hilário “Superbad – É Hoje!” (2007, de Greg Mottola). Porém, sua obra mais significativa é mesmo “O Virgem de 40 Anos” (2005), uma pungente amostragem da imaturidade imposta pelo fracasso ‘yuppie’ na contemporaneidade. Os personagens do filme, incluindo o protagonista, são típicos funcionários de lojas de eletrônica, que conhecem influências seminais e recônditas da cultura ‘pop’, mas padecem de entrosamento básico no que se refere ao relacionamento interpessoal. Junto a outros filmes que compartilham a mesma equipe técnica [“Dias Incríveis” (2001, de Todd Philips), “Ligeiramente Grávidos” (2006, de Judd Apatow), “Pagando Bem, Que Mal Tem?” (2008, de Kevin Smith), etc.], este filme não zomba da condição virginal do protagonista e, ao invés disso, a insere como sintoma de um mal-estar endêmico e característicos dos dias atuais, que, não surpreendentemente, me afeta. Mais cedo ou mais tarde, contarei mais detalhes sobre minha relação pessoal com este filme, cujas cenas de disfunção sexual são impressionantemente funcionais dentro de um contexto interativo. Afinal de contas, mais 12 anos e eu chego lá...

(continua)

Wesley PC>

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