terça-feira, 2 de junho de 2009

SERÁ QUE UM DIA EU VOU SER CRISTÃO?


Talvez eu tenha sido quando criança, mas o descompasso entre as impressões de bíblias católicas e o que é ditado como pecado mortal pelos párocos aos domingos e o fato de ser obrigado a comer hóstia do chão pelo que viria a ser meu professor de Introdução à Filosofia na UFS, fez com que eu desentendesse ainda mais a prepotência de frases atribuídas a Jesus Cristo como “ninguém chega ao Pai se não for através de mim”. Que bazófia deste cara!

No local em que trabalho, porém, depois que uma garota adventista apaixonou-se por mim após repetidos contatos em noite de quinta-feira, percebi que talvez Jesus Cristo não seja tão dispensável quanto eu sempre pensei, o que veio a ser confirmado por um ótimo filme de Pier Paolo Pasolini, que escolheu o belíssimo caminhoneiro Enrique Irazóqui para viver o referido personagem.

Mais maduro acerca de minha própria religiosidade, hoje posso me dar ao luxo de cantar as músicas do grupo proto-satanista Slayer sem me sentir culpado de blasfêmia. Em foco, portanto, “Sex, Murder, Art”, brilhante faixa 02 do álbum “Divine Intervetion” (1994):

“Caught. Now You're Mine
I am the master of your whipping time
The smile on my lips
The look of horror on your face
Self-Justification, can't rid the sexual fascination
Can you deny?
My face of pleasure the gleam in my eye”


E, como complementa o refrão da canção: “somos nada! Um objeto de animação,um manequim subjetivo espancado até a submissão,sendo estuprado de novo e de novo e de novo”...
Quem diz que não?

Wesley PC>

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