terça-feira, 17 de março de 2009

O FILME CANADENSE QUE EU VI ONTEM:


Digo agora o nome: “Amor e Restos Humanos” (1993), do Denys Arcand.

Desde a minha pré-adolescência que este era um filme desejado. Tinha um amigo ‘gay’ com deficiências hormonais que venerava este filme desde que o havia visto na TV Bandeirantes. Na época, o canadense Denys Arcand ainda não dispunha da fama e dos prêmios internacionais de que hoje se vangloria, mas filmes sobre confusão homossexual e criminalidade chamavam a atenção de minha geração. Ontem eu finalmente consegui vê-lo. Achei-o um pasticho descarado de filmes almodovarianos, mas, a seu modo, ele me conquistou. Havia uma personagem que tinha tudo a ver comigo. Uma moça homossexual, de nome Jerri (vivida por Joanne Vannicola), que fica obcecada por uma colega de academia, por sua vez atraída por homens. Compra-lhe presentes, telefona-a trocentas vezes por dia, persegue-a, frustra seus encontros amorosos, tudo a ver comigo e com as aberrações comportamentais que não consigo deixar de cometer de vez em quando...

Para além desta identificação, o filme peca e acerta no mesmo quesito: o excesso de personagens. Se, por um lado, gostei muito do modo elíptico como as tramas são delineadas e, em alguns casos, abandonadas (tal qual acontece nesta realidade em que me insiro), por outro, chateei-me com o tempo demasiado conferido a situações secundárias como os fetiches sadomasoquistas de uma médium ou os assassinatos cometidos por um amigo sexualmente conflituoso do protagonista. Porém, qualquer filme que mostre uma pessoa apaixonada chorando quando a cantora Karen Young cantarola “Can’t Help Fall in Love” merece meus aplausos:

"Homens sábios dizem que só os tolos se precipitam.
Mas eu não consigo evitar de me apaixonar por você
Eu deveria resistir?
Seria um pecado,
Se eu não consigo evitar que me apaixone por você"


Já cantei isto aqui, né? Há pouquíssimo temnpo, mas não custa repetir, pois é verdade - e "a verdade salva", diz a Bíblia (risos).

Ontem à noite, fui ao ‘shopping center’, comprar um caderno. O cúmulo da futilidade, o cúmulo do abandono. Os meninos estavam em aula, Ferreirinha tinha um encontro marcado, meus amigos estavam todos ocupados, tive que apelar, cancelar os filmes marcados... Mas nada como um dia depois do outro, acho!

Wesley PC>

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