domingo, 15 de março de 2009

INTRODUÇÃO INDICATIVA SOBRE A ‘QUEER MUSIC’:


Eu não sei se já falei aqui que não gosto do termo ‘gay’. Pelo sim, pelo não, reafirmo: desgosto! Em minha opinião, o termo não designa adequadamente a carga de sofrimento reivindicativo atrelado à condição homossexual. Por isso, prefiro o rótulo (por falta de substantivo melhor) ‘queer’, indicativo crasso da estranheza atrelada a este comportamento sexual ainda inaceito pela sociedade. Sendo assim, não curto a chamada “cultura gay”, ao passo que me interesso deveras pelos difusores da “queer theory” nos produtos culturais de massa, seja no que diz respeito aos filmes de Gregg Araki, Gus Van Sant, Derek Jarman ou Todd Haynes, seja no que diz respeito às canções de Lou Reed, Antony and the Jonhsons ou Sacha Sacket.

Este último, iraniano de nascimento, é pós-moderno e um tanto massificado (já que canta em inglês e faz a linha “chantagem emocional” em suas canções com refrões fáceis), mas “Shadowed” (2004) é um álbum que gruda na cabeça e no coração de quem ouve. Neste último sábado, foi o que mais ouvi, no sentido de que as canções tristes aqui contidas rememoram alguns marcos decisivos de minha vida. Como esta é apenas uma introdução ao assunto [são quase 2 horas da manhã e eu estou caindo de sono!], deixo um trechinho livremente traduzido da canção “Sweet Suicide”, faixa 03 do álbum, enquanto prometo falar mais sobre “queer music” na próxima postagem:

“É doce o suicídio em minha vida,
Pois ele te salva a cada vez que eu te encontro meio vivo
Eu desejaria poder te completar
E compensar teu perfeito adeus e o suor de seus milhares de tentativas”


“Desejaria ser seu salvador”, diz ele mais à frente, mas a vida nem sempre é como queremos.

“Por favor, fique aqui
Eu vou destruir esta maldição
Podes me ouvir?
Eu estou quase morto, mas já estive pior"


(“The Prodigal”, faixa 01)

E assim a gente segue prometendo, prometendo e fazendo planos...

Wesley PC>

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