quinta-feira, 19 de março de 2009

“Parada cardíaca”




Ontem foi um dia feliz
Voltei a sorri como antes
Senti meu coração longe do que quis
Sem nem precisar de um implante...

Era noite clara como o olhar que me amanhece
Que de repente, depois de um dia estressante
Volta a brilhar tão forte como todos os meses
Mas diferente do que sempre acontece
Não tem mais uma reação dançante
No peito como das outras vezes...

Comparado com antes, parece que morreu
Pois suas batidas não eram só sentidas
Mas também cantadas, gritadas, ouvidas
Só que hoje parece que não sou eu...

Ou sou, ou é o que quero que seja?
Ainda assim, escrevendo essa poesia
Coloco uma das mãos ao peito
Mesmo que ninguém veja
E penso no que pensei durante todos os dias
Mas não acontece do mesmo jeito...

De agora em diante deixo de ser seu escravo
Já que você não quer mais funcionar
Por estar partido por um cravo
Finalmente, parado, no meu peito, a descansar...


Marcão Vicente, 19 de março de 2009.

4 comentários:

Annita! disse...

ontem eu achei q ia ter uma parada cardíaca...
kkkkkkkkkk

Pseudokane3 disse...

...e o DALH ainda pulsa!

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Pseudokane3 disse...

Me segurei, tentei não falar nada,. teneti não esboçar nenhum comentário pessoal e/ou investigativo sobre o que li, a fim de que não se estreitem os laços cada vez mais estreitos e desiguais que nos unem, mas... Não consigo!

ver-te ou ler-te ou sentir-te ou imaginar-te fazendo qualquer coisa envolvendo o tal coração me enche de angústia e preocupação e nervosismo e ansiedade e sentimento de traição... Lendo e relendo os entretrechos desesperançosos da publicação de tua poesia (que descumpre uma proibição tua, que bom que voltaste a publicar pessoalismos aqui), só penso que escreves algo sobre estes meandros político-acadêmicos que tanto te interessam...

Que seja isso... Ou que não seja, mas fica bem!

Fazer escolhas é algo cada vez mais inevitável!

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Pseudokane3 disse...

Por que, dentre tantas pessoas no mundo, fui inventar de me apaixonar logo por ti? Por que eu não consigo me livrar disso? Por que tens tanta influência e impacto sobre mim? Por quê?

E, ao contrário do alter-ego que escreveu esta poesia, meu coração só acelera!

E mais e mais e mais...

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