terça-feira, 17 de março de 2009
COMPARAÇÃO (IN)EFETIVA
“Eu, que vos falo, fiquei de pau duro enquanto roubava, assassinava, incendiava, e tenho a plena certeza de que não é o objeto da libertinagem que nos anima, mas a idéia do mal; em conseqüência, que é apenas por causa do mal que se fica de pau duro e não do objeto, de tal modo que se este objeto fosse privado da possibilidade de nos permitir fazer o mal, não nos excitaríamos mais com ele” (O Duque de Blangis, no oitavo dia de suas libertinagens na obra-prima literária do Marquês de Sade).
“Eu, que vos escrevo, tendo a tornar-me cada vez mais impotente no plano físico. Primeiro, porque me provam a cada dia que o contrário de nada me adiantaria; segundo, porque, se o preço da excitação peniana for o mal, consolo-me na flacidez imaginada de um bem inalcançável” (eu pensando, enquanto, na mesma sala, minha mãe fica repetindo que Clodovil Hernandes morreu, aos 71 anos de idade).
Imagem: “Teenage Lust” (1983), fotografia preciosa de Larry Clark.
Wesley PC>
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3 comentários:
adoro a imagem!
adoro
adorei a sade num tempo, também
beijos
ps. postei a sua imagem no meu tumblr. nao podia nao fazer!! (risos)
Só comemorando: este foi um comentário de uma amiga espanhola... O 'flag-counter' vivo continua...
Meryone, querida, comentei em teu blog pessoal há pouco e, retribuindo teu gesto, vou furtar a canção húngara indutoras de suicídio...
Preciso!
E VIVA À CICLOTIMIA!
WPC>
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