sábado, 7 de fevereiro de 2009

TRECHO DO LIVRO QUE AGORA LEIO:


“ – Meu pai é detetive, minha mãe é árbitro numa vara de família, meu irmão mais velho trabalha na marinha.

- Me ferrei. Lá em casa, meu pai é batedor de carteiras, minha mãe é alcoólatra e meu irmão mais velho é um rufião.

- Meu avô é esquimó, minha avó é papua.

- Não diga. Em casa, vovô é um pigmeu e vovó não era sequer um ser humano.

- Tenho oito filhos.

- Nessa você leva vantagem. Tenho três filhos, três netos e um bisneto, num total de sete apenas.

- Sabe, na verdade eu sou lésbica e frígida. Fiquei assim quando o São Bernardo que eu criava se tornou amante de mamãe.

- Não brinca!, aconteceu igualzinho comigo! Tornei-me um homossexual impotente desde o dia em que quebrei o apontador de lápis que eu usava na escola elementar.

A moça se levantou, sorrindo.

- Eu só tenho um seio”


Trecho de “Sayonara, Gangsters”, do japonês Genichiro Takahashi, escrito em 1982. Mais precisamente, nas páginas 106-107 da 1ª edição da Ediouro, lançada em 2006, capítulo I, “Quem Tem Medo de Vampiros?”, da Parte II do livro, “Escola de Poesia”. É pós-pós-moderno ao extremo, mas estou me identificando por demais!

Wesley PC>

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