quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

POR QUE NUNCA ESTAMOS SATISFEITOS?


Vi ontem “Crepúsculo” (2008), péssimo filme adolescente da hipócrita diretora Catherine Hardwicke, que começou sua carreira com um filme moralista sobre uma menina de 13 anos que se revolta contra o mundo através das drogas e sexo (ooooh, que inusitado!), segue com mais uma versão sobre o nascimento de Jesus e agora engendrou esta adaptação de um livro que seduz milhares e milhares de adolescentes a cada dia... Por que, meu Deus, por quê?

Estranho foi reconhecer os acordes tristes de meu músico cinematográfico atual favorito, Carter Burwell, nesta cena, quando menino e menina conversam sobre as condições complicadas de seu namoro: ele, um vampiro “vegetariano” (só come carne de animais não-humanos: esta é sua definição do termo); ela, uma humana com cheiro de vagina sanguínea em voga. Na trilha sonora, canções misturadas do Linkin Park, do Paramore, do Muse, do Radiohead e do ex-vocalista do Jane’s Addiction, Perry Farrell. Terminei curtindo a seleção de canções, mas isto não é suficiente para que eu me convencesse que este filme tem qualquer serventia no mundo. Ainda assim, filas e mais filas nos cinemas, o livro-base da Stephenie Meyer continua a ser vendido que nem camisinha do Estado, crianças se apaixonam vendo o filme... Por quê?

Para quem não sabe do que se trata (e eu recomendo que assim continue), o filme é sobre uma menina que tem que mudar de casa depois que sua mãe se casa com um jogador de beisebol e precisa viajar bastante. O pai da mesma é policial e, na escola nova, ela se apaixona por um moço bonito, clicheroso e de pele fria. 5 minutos depois, ela descobre automaticamente que ele é um vampiro (que comum!). Ainda assim, ela está irrevogável e perdidamente apaixonada por ele (como eu sei o que é isso!). Arrisca tudo para ficar a seu lado... Até que... Puxa, de novo esse tipo de historinha?

Que seja, esse texto todo é apenas um pretexto para que eu pergunte algo: se estou me divertindo tanto, comendo bem, esquecendo de meus problemas familiares sergipanos, vendo bons filmes (longe deste, é claro), conhecendo pessoas maravilhosas, sendo feliz e “diferente” como o xodó da família pernambucana que me acolheu, por que eu não paro de pensar em... Ops, sem nomes, Wesley! Pára de macular este ‘blog’ com teus delírios pessoais!

Saudades de tod@s,
Wesley PC>

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