Vejo meus olhos fechados pelo tempo
Presos na casa de Pedro
Vendidos a preço de um cento
Esquecido num buraco negro.
No ônibus contando os postes
Cansado de correr contra o além
Procurando o caminho para o bosque
Continuo a responder a todos: Amém!
E o que posso fazer depois disso?
Lutar por minha vida
Ou pedir um suco com misto?
Cantar as canções da Legião?
Arrumar a mala para minha ida
Ou subir no primeiro caminhão?
Eu vou fazer tudo diferente,
Pelo menos, desta vez,
Vou caminhar contente.
Estava esperando ouvir o que disseste
Feixe a porta. Entre!
Mostre-me o que fizeste.
Era tudo o que eu precisava...
Ti ter aqui perto de mim
Enquanto eu cantava
Esperando por um contraste
Tu me dizias sim
Esperando que eu a beijar-te.
Mais ou menos em outubro de 2008, pensando em viajar pela América do Sul. Não lembro a data, mas foi mais ou menos no inicio da primavera.
Marcão Miranda!!!
Um comentário:
br"beijar-te" a rimar com "contraste"? Este sim é o verdadeiro contraste (risos)...
A tua opção por sempre datar os escritos mostrou-se particularmente feliz neste caso, no sentido de que mostra que, sim, planos são interessantes e quiçá essenciais, mais abandonar alguns deles ou, na melhor das hipóteses, renová-los também é digno, prova que não somos seres inanes, mas que reagimos ao que está ao nosso redor e, vehamos e convenhamos, talvez não faça mais tanto sentido viajar pela América Latina agora, dado o que houve com todos vocês... Seria divertido, sem dúvida, mas o aspecto seria o de FUGA e não sei se esta palavra combina bem com a História que vocês todos estudam...
Se me permites um comentário intromissivamente opinativo, este foi o teu ecsrito de que menos gostei até hoje... O delsumbramento contido na supsota "atitude" do título é perecível por demais... mas nada que tu não superes de outras formas...
Disseste-me tu ontem: "violência ainda maior é obrigar alguém a faezr algo que ela não quer". Pense nisso, pois queria voltar a este assunto...
WPC>
Postar um comentário