sábado, 15 de novembro de 2008

BOLETIM DE NOTÍCIAS GOMORRA – 2ª edição


Conforme prometido, trago notícias do lugar que me acolheu na madrugada de quinta para sexta-feira. Passei a noite fora de casa, logo, trago notícias de Gomorra:

a) Depois da sessão do musical contemporâneo baseado nas canções do The Beatles, vimos uma comédia clássica que satiriza o ‘american way of life’: “O Panaca” (1979, de Carl Reiner), com Steve Martin no elenco. Em mais de um momento, João Paulo, cunhado de Eliane Charnoski, namorado de Jéssica, a “gostosa do Orkut”, sorriu alto. Gosto quando ele sorri alto. Terminado o filme, ele foi dormir. Deitou-se na cama de Luiz Ferreira, enquanto os alunos de História passavam em revista os assuntos que iriam trabalhar na prova de Teorias da História, ás 7h da manhã. Pelo menos 2 maravilhosas horas daquela madrugada foram dedicadas à discussão do que era “Micro-História”, “marxismo vulgar” e coisa do gênero. Deitei-me um pouco na cama de Rafael Coelho, precisava refletir. Rafael Torres gritou: “Wesley, tu está se masturbando?”. Não, não estava, estava pensando, algumas horas depois de Eliane e Rafael Maurício terem relembrando o tipo de pipoca que comiam nos recreios escolares quando crianças...

b) Michel Foucault, Roger Chartier, Eric Hobsbawn... Tantos foram os autores estudados e discutidos que Rafael Coelho ficou curioso sobre a existência tardia de seu feijão na geladeira de um amigo baiano. Dormiu logo em seguida. Os que ficaram acordados foram beneficiados pela nova habilidade de Charlisson de Andrade enquanto “fofoqueiro das estrelas”. Falou sobre a gravidez interrompida da Ivete Sangalo, sobre os ciúmes que Rihanna teria provocado em Beyoncé, sobre o apelido do filho da Tati Quebra-Barraco... Falou muito! Mas ninguém foi mais assunto durante as belas horas que antecedem o nascer do Sol que a estranheza doce de nosso amigo Marcos Vicente. Tentávamos mudar de assunto, falar de outras pessoas, mas não dava: volta e meia, o nome deste enigmático jovem vinha à tona. Eu gostava. Deu vontade de encontrá-lo!

c) Depois das 9h, os habitantes de Gomorra se encontraram no bar da finada verônica e beberam. Beberam sem comer. Conclusão: Luiz Ferreira ficou tonto. Trancou-se no trabalho e adormeceu. O celular de Rafael Maurício estava desligado. Teria ele conseguido viajar para a Bahia, às 18h45’, como estava programado no horário da passagem rodoviária comprada no dia anterior? Na espera de uma resposta, confesso que foi divertido conhecer pessoalmente o fagotista Henrique, que levou um DVD com uma transmissão de balé para ser visto em Gomorra. “Soube que vocês são uma galera que gostam de experimentar”, disse ele. Re-experimentamos o Tchaikovsky na televisão. Os meninos gostaram. Eu tive que sair cedo. Estava com um currículo nas mãos, ao passo que Charlisson acordava, depois de assumir-se como atordoado por dormir num quarto inusual. Disse ele que chegaria em casa às 9h da manhã. Eram quase 18h30’. Espero que a mãe dele também considere o atraso como sendo uma atitude chique (risos).

E, neste sábado, a partir das 13h, não percam: é hora da feijoada psicodélico-vegetariana de Rafael Torres.

Até o próximo boletim de notícias,
Wesley PC>

Um comentário:

Unknown disse...

Rapaz, aquele quarto me deixou tonto mesmo, sei lá, foi estranho, parecia um pesadelo quando acordei.