terça-feira, 11 de novembro de 2008

Os Beatles em minha vida

Ao ouvir Os Beatles esta semana, lembro que em julho do próximo ano faz 10 anos que sou fã incondicional desta extraordinário banda.

Tudo começou em 1999... Mesmo sem eu saber muito o que eram Os Beatles, minha mãe me avisa que irá passar um especial deles na rádio, então eu, meu irmão e Roger tratamos de gravar o tal programa da Rádio Delmar. Simplesmente piramos. Fiquei surpreendido com aquela primeira música, Let It Be, nunca tinha visto uma música fingir que vai acabar e de repente retorna com um solo glorioso. Nós passamos a só ouvir e falar da nova descoberta, o que ocasionava estranhamento e desdém por parte dos outro colegas, mas fortaleceu a amizade entre os três novos beatlemaníacos. Neste mesmo ano Roger ganha um teclado de 4 oitavas, onde tentava tirar melodias d'Os Beatles, enquanto eu tentava berrar como John Lennon, e meu irmão tascava as baquetas nas almofadas. Coisa interessante falar dessa mania do meu irmão, ele passava horas assistindo vídeos d'Os Beatles e verificava todos os movimentos do Ringo Starr, tocava na almofada e no ar também, e foi dessa forma que na primeira vez que ele pegou uma bateria tocou como se já tocasse a algum tempo. Foi a combinação perfeita entre meu irmão e a bateria, pena que seu joelho não aguentou e ele teve que abandonar tal instrumento.

Mesmo sem saber, naquela época, que existia aquela coisa do beatle predileto, nós tivemos os nossos. O do meu irmão era o Ringo, o de Roger era Paul, combinação perfeita, Roger era considerado o mais educado e fresquinho entre a galera da rua, e o beatle com quem me identifiquei foi o George Harrison. George Harrison? É, gostei do caçula calado, quase anônimo, que surprendia quando tinha a oportunidade de me mostrar suas músicas. Eu sempre fui calado, e quase sempre o caçula da turma, eu vivia à sombra do meu irmão mais velho, que por sua vez andava com garotos mais velhos. Logo depois comecei a gostar muito do Lennon, mas o George ainda era o preferido, não gostava muito do Paul no início, mas o idolatrei quando ouvir Sgt. Peppers. De lá pra cá foram muitas descobertas, novas bandas. Mas quando ouço Os Beatles ainda os acho os melhores, me emocionam bastante, além de uma fonte inesgotável pra mim como compositor.

George Harrison - minha paz. John Lennon - minha guerra. Paul McCartney - meu lirismo. Ringo Starr - meu humor.

Leno de Andrade

4 comentários:

Gomorra disse...

Coicnidentemente, o George Harrison é meu Beatle favorito também... Sei que a intropescção dele talvez vá de encontro à minha verborragia exterior, mas, na moral, qaundo vi OS REIS DO IÊ-IÊ-IÊ pela primeira vez, fiquei todo meloso com os dramas do George, com sua crise de atenção... Sem contar que foi ele que conheceu o Ravi Shankar antes de todo mundo e os trabalhos solo são de uma pungêcia afetiva atroz... Ah, gosto deveras!

Tipo: já ouviste falar dum musical 'pop' contemporâneo de nome ACROSS THE UNIVERSE, todo baseado em música dos The Beatles... Muita gente odeia, mas eu achei ótimo... Queres que eu tente descolar para o Gomorra de quinta-feira? Dependo de teu SIM... ou TALVEZ... ou NÃO!

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Gomorra disse...

69PS: recentemente, ouvi "Abbey Road" completo pela primeira vez e, caramba, o disco é perfeito, tintim por tintim, as músicas variam por quase todos os gêneros, modificam-se, mesclam-se... "Because" é soberba demais!

Poré, é de "Come Together" que lembro agora, pois nunca tinha ouvido-a até que Rafael Torres cantou-a diante de mim, enquanto eu me deitava no colo de Rafael Maurício, numa madrugada qualquer de setembro, e tinha um dos 5 melhores dias de toda a minha vida... Foi lindo! E The Beatles foram a trilha sonora...

Obrigado por me relembrar isso...

Tu és um ser bondoso, repito!

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Unknown disse...

Across the universe? Sim, por favor.

Ah "Because é uma música de Bethoven ao contrário, Lennon pediu pra yoko tocar ao piano e acho legal", pelo menos é o que se fala.

E a variação de Abbey Road é mesmo boa, como eles já sabiam que a banda ia acabar, ali já um adiantamento das carreiros solos, o White Album também tem esse lance, apesar de não pensarem no fim, já tinham vários conflitos internos, o fim dos beatles é tão lindo quanto o pôr-do-sol, o ruim é que depois a gente quer mais

Unknown disse...

sim, a carreira solo do George Harrison é a melhor pra mim, apesar que a de Lennon tem uma expressividade muito grande quando ouço. Mas ninguém pode morrer sem ouvir All thing must past. taí uma dica.