domingo, 9 de novembro de 2008

FASTIO SEXUAL


Uma das frases mais marcantes de meu 2º Grau no Colégio Atheneu foi pronunciada por meu professor de Matemática David, que sempre dizia “menina danada não dá nada”. Na época, todos riram da frase, enquanto eu achei machista. Hoje admito que a frase é prenhe de razão e não diz respeito somente a meninas danadas ou não, mas a toda ou qualquer pessoa com aparência externa de liberal. São deles que nós, seres ávidos por novas experiências, devemos ter cuidado. São eles que mais mentem! Por isso, evito em chamar os habitantes e visitantes de Gomorra de “liberais”. Eles são “permissivos”, o que , para mim, é bem mais interessante, bem mais condizente com a realidade diversificada de cada um deles, pessoas com problemas e frustrações, para além daqueles sorrisos maravilhosos que eles sempre ostentam, em especial, nas madrugadas de quinta para sexta-feira.

Aliás, desde que passei a freqüentar Gomorra com assiduidade, fui vitimado por um estranho fastio, por uma despreocupação em relação às minhas necessidades proto-sexuais, por uma desconsideração da avidez por mendicância erotógena randômica que tanto me afetava até recentemente. Agora não me submeto a qualquer humilhação para obter três ou quatro segundos de sexo pago. Agora eu não finjo prestar atenção em conversas preconceituosas ou mentirosas para terminar a noite sugando os pênis de meninos que, no resto do tempo, sequer ousam conversar comigo, com vergonha de que suas sexualidades sejam publicamente questionadas. Agora eu me sinto entre amigos – e, juro, isto é mais importante e duradouro que qualquer gozo psicológico que eu possa obter no baixo meretrício que me circunda!

Na fotografia, o pênis ejaculado de Ruan Wynchenzo, modelo da G Magazine, que, antes da existência dos deuses de Gomorra, tantas e tantas noites me consolou... A que preço, Senhor!

Wesley PC>

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