terça-feira, 11 de novembro de 2008

SEM QUERER INSINUAR NADA DE MAIS…



“Quando não há compaixão
Ou mesmo um gesto de ajuda
O que pensar da vida
E daqueles que sabemos que amamos ?”


O menino sorridente na fotografia ensinou ao jovem de quem só se pode ver um pedaço do cabelo que, quando nos dispomos a enxergar através de novos ângulos situações que pensávamos não gostar, podemos ter surpresas agradabilíssimas. Antes de conhecer Marcos Vicente – e, de certa forma, prejudicá-lo com minha perseguição pré-Rafael Maurício – eu detestava Legião Urbana. Evitava com todas as minhas forças ter contato com esta banda brasiliense. Aos poucos – e até involuntariamente, admito – driblei meus preconceitos iniciais e hoje é difícil conter o início lacrimal sempre que ouço qualquer uma das canções do antológico álbum “A Tempestade ou O Livro dos Dias” (1996). Pense o que quiser de mim, prezado Marcos, mas, ao me apresentar àquelas canções, tu me fizeste bem!


“Quem pensa por si mesmo é livre
E ser livre é coisa muito séria
Não se pode fechar os olhos
Não se pode olhar pra trás
Sem se aprender alguma coisa pro futuro”


Antes de estar aqui escrevendo, encontrei com Marcos Vicente num terminal de ônibus. Conversamos um pouco. Ele sorria. Ao chegar em casa, pus este álbum para ser executado e não me contive diante da audição egrégia da segunda faixa do álbum, “L’Avventura”, cujos versos são despejados, aos poucos, nesse texto. Obrigado por isso, menino assustado!

“Triste coisa é querer bem
A quem não sabe perdoar
Acho que sempre lhe amarei
Só que não lhe quero mais

Não é desejo, nem é saudade
Sinceramente, nem é verdade

Eu sei porque você fugiu
Mas não consigo entender”


Tiro das aspas a bonita letra do Renato Russo e faço minhas as palavras dele: eu sei porque você fugiu, mas não consigo entender.

Wesley PC>

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