segunda-feira, 11 de maio de 2009

UM PROGNÓSTICO DE MINHA INFÂNCIA


“O Último Americano Virgem” (1982, de Boaz Davidson) é um daqueles filmes vulgares e felizes que eram freqüentemente exibidos no SBT quando eu era pequeno e me consolava com a exibição de bundas masculinas desenxabidas se assim quisesse satisfazer algumas curiosidades erotógenas exordiais. Porém, por detrás de todas as peripécias cômicas e sexuais deste filme, havia um jovem, o protagonista, que permanecia virgem, não importa quanto os seus amigos fizessem sexo. Um dos motivos para tal: ele era destes que se apaixonavam! No conflito mais importante do filme, aquele que meus vizinhos mais detestavam por atestar a imbecilidade do protagonista (assim eles diziam!), este jovem virgem vende seus eletrodomésticos para pagar o aborto da garota que ama, que engravida de um de seus fúteis amigos. Ciente de que ela estaria agradecida e que talvez retribuísse 1/7 de seu amor, ele não mede esforços. Faz de tudo para conseguir dinheiro e dar à mulher amada todo o conforto que ele cria que ela merecia. Na cena seguinte, onde a encontramos? Nos braços do mesmo canalha que a engravidara e a abandonara. Acham que ela chegou a dizer um simples “obrigado” para o nosso virgem? Quem quiser que veja o filme...

Wesley PC>

Nenhum comentário: