segunda-feira, 11 de maio de 2009

“SOU FORMADO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL!” – UM COELHO EM MINHA VIDA E O ASPECTO POSITIVO DISSO


Nas duas primeiras semanas de meu curso de Comunicação Social na Universidade Federal de Sergipe, li um livro de bolso fundamental, intitulado “O que é Indústria Cultural?”, escrito por Teixeira Coelho. Neste livro, além de ser apresentado ao clássico debate existente entre “apocalípticos” e “integrados” no que diz respeito ao uso dos meios de comunicação de massa, descobri que um dos principais argumentos para o declínio proposital da qualidade nos produtos culturais massificados é que, ao estarem se sentindo cansados, os trabalhadores não dispõem de tempo para pensar e, por este motivo, preferem obras de arte mais “leves”, consumíveis... Por mais que isto seja verificado em alguns diálogos senso-comunais, discordo desse argumento. Querendo ou não, eu também faço parte da classe proletária e, ao chegar em casa, o que menos espero são filmes mastigados, por mais cansado que eu esteja, da mesma forma que, ao me perceber com dor de cabeça, não é “música de elevador” que busco, mas petardos sonoros ao nível de bandas como Rammstein, Atari Teenage Riot ou Discarga.

Qual não foi a minha surpresa ontem à noite quando, ao ver o bom filme de terror japonês “2LDK” (2003, de Yukihiko Tsutsumi) – em que duas atrizes digladiam-se até suas mortes simultâneas quando passam a viver juntas – percebi que uma delas remediava cefaléias com a audição de músicas muito barulhentas. Ah, nada como identificação para valorizar uma obra de arte para valorizar uma obra de arte digna de reverência, porém recheada de equívocos...

Wesley PC>

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