sábado, 23 de maio de 2009

A TÊNUE LINHA ENTRE O ÓBVIO E O (IM)PREVISÍVEL NO PROCESSO DE CONTEMPLAÇÃO PASSIONAL


Só para cumprir um desafio pirracento, eis-me cá a falar do Baiano. Disse para ele que o faria e disse-lhe também que o faria pela via do não-feito, disfarçando minha compulsão em falar bem de seu corpo e de sua alma com um texto pseudo-metalingüístico e propositalmente esvaziado, que, mesmo assim, se pretende a uma sincera reflexão anunciada: por que motivo, nós, seres humanos, sentimos prazer e/ou necessidade de olharmos para estas partes do corpo que seriam fisiologicamente normais se não estivéssemos socialmente predispostos a depositar sobre as mesmas nossos desejos eróticos? Pouco antes de pensar nisso, ele reclamara que eu estava a tentar alisar sua bunda. O que há de interessante numa bunda? Já me perguntei antes diversas vezes e não obtive uma resposta. Por que é acalentador admirar a silhueta de um pênis por debaixo de blocos de pano? Ensinaram-nos a projetar nestas regiões o desejo ou o processo é mais instintivo do que possamos perceber? Juro que eu não sei... E, por mais que eu evite, por mais que eu garanta que não é nestas regiões que está o interesse da perfeição requerida, volta e meia é para lá que as lentes de minha câmera se viram... Que coisa, máquinas são mesmo burras!

Wesley PC>

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