sexta-feira, 22 de maio de 2009

HISTÓRIA FICCIONAL


Se ele não achasse que tinha contas a prestar com o amigo que segurava o rádio no chão, teria jogado o martelo na testa do filho-da-puta. Se ele acreditasse que atirar martelos em testas de filhos-da-puta resolveria o problema, ele já o teria feito. Mas antes de crer que esta ferramenta volante seria a solução de seus problemas pessoais, pensava ele em problemas gerais, na paz mundial, no bem-estar dos tanzanianos que se sentiam órfãos do Freddie Mercury, nas moças evangélicas que resolveram disponibilizar sua virgindade em leilão, nas pessoas vivas que aguardam o momento de serem atendidas na fila. “Por que ninguém intercede?”, pensava ele, com raiva e tristeza. Ao invés de hipóteses, ele falava sobre outros assuntos com o rapaz de camiseta branca que acenava do outro lado da grade. É tarde! No mundo, há quem goste e quem não goste. Talvez tudo seja uma questão de escolher o lado certo...

Wesley PC>

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