Hoje eu tomei banho ao som do “Nevermind” (1991), do Nirvana. Faz tempo que eu não ouvia este disco tão juvenil, tão cheio de frescor. O curioso é que puxei este CD depois que conversei com um fã longevo da banda, Fábio Barros. O mais interessante ainda é que puxei o CD de forma completamente aleatória. Enquanto ouvia a faixa 02, “In Bloom”, escrevi algo sobre Rafael Maurício em minha agenda. Algo piegas, algo característico de minha personalidade. Depois que escrevi este algo, resolvi fazer um adendo: Rafael Maurício não é o primeiro, nem tampouco o único a receber este tipo de comentário pessoal elogioso, mas, em minha mente, isto não torna o referido comentário menos importante. Coração de gente é largo mesmo!
A situação por completo me fez lembrar uma pungente, brilhante e muito rápida cena do filme “Beijos Proibidos” (1968), dirigido por François Truffaut, o
“cineasta do amor difícil”. Este filme, em verdade, trata-se do terceiro episódio da pentalogia protagonizada por Antoine Doinel, personagem interpretado pelo ótimo ator Jean-Pierre Léaud entre os anos de 1959 e 1979. Na cena em questão (vide foto), ele encontra a jovem que conheceu e amou no segundo filme da cinessérie. A jovem se chama Colette (Marie-France Pisier) e está bem-casada e com filhos quando encontra seu amor de adolescência. Ele, por sua vez, enfrenta todos os tipos de crises românticas, mas jamais conseguiu retirar Colette de sua memória, desesperando-se quando ela vai embora, cordial e indiferente. É uma cena rápida, mas desconcertante, pois sabemos o que ela vai causar no protagonista, que se casa, tem casos extraconjugais e se separa dali por diante, nos dois filmes que restam. Ele amará Colette até o fim de sua vida – e isso de nada adiantará, nada mudará em sua vida prática, que segue em frente, aos erros e atropelos, por mais melancolia e saudade que isto lhe cause eternamente...
Voltando a mim, o tempo vai passar.. Talvez eu sobreviva, talvez não. Mas tanto o Nirvana quanto o François Truffaut serão lembrados até o fim da existência dos humanos na Terra por terem criado obras-primas imortais...
Wesley PC>
Nenhum comentário:
Postar um comentário