terça-feira, 19 de maio de 2009

“QUAND VOUS MOUREZ DE NOS AMOURS” E MEUS CABELOS AO VENTO


No caminho para o trabalho, imaginei quantas pessoas estavam a ouvir a mesma canção que eu naquele momento. Minutos depois, encontrei um ser que me fez retirar os fones de meu ouvido. Conversar com ele e ouvir a sua edulcorante voz em resposta é um bálsamo superior (ou, melhor dizendo, substitutivo) a qualquer experiência que eu pudesse vivenciar naquele momento. Ao chegar ao meu local de trabalho perguntaram onde eu estava e o que estava a fazer. Motivo: meus cabelos estavam demasiadamente assanhados. Respondi que havia lavado o cabelo hoje. Mas a canção que ouvia não me saía da cabeça:

“Quando você morrer dos nossos amores,
Plantarei no jardim flores para desabrochar de manhã cedo
Metade metal, metade papel, para ferir um pouco meu pé
Morrer de morte bem tranqüila, assim cresce uma flor

Quando você morrer dos nossos amores
Então farei sobre o ar desse tempo
Uma canção cantada por sete anos
Você ouvirá, você aprenderá
E seus lábios ficarão gratos
Morrer de morte bem cansada, assim eu faço

Quando você morrer dos nossos amores
Então farei dois livros tão belos
Que te servirão de sepultura
E me deitarei nela na minha vez
Pois morrerei no mesmo dia
Morrer de morte bem suave, esperando por eles

Quando você morrer dos nossos amores
Vou me prender com chave
No gancho da felicidade aprisionada
E os caminhos por nós conquistados
Ninguém saberá por quem
Morrer de morte rara, assim eu digo

Quando você morrer dos nossos amores
Se pouco demais restar de mim
Não me pergunte porquê
Nas mentiras que se seguirão
Nós não seremos nem bonitos nem verdadeiros
Morrer de morte bem viva, assim eu te sigo”.

(Gilles Vigneault)

Pergunto: amores matam?

Wesley PC>

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