terça-feira, 19 de maio de 2009

FAIXA 12: “O AMOR É FILME” (versão 2, por João Falcão & André Moraes)


(...)

Ontem, problemas trabalhistas impediram de publicar a faixa devida. Hoje, eu penso que seja melhor modificar meus planos. Conforme antecipado quando da publicação da primeira versão (supostamente feliz, cantada por Lirinha), tencionava aqui mostrar casais “que não deram certo”. Utilizaria imagens de Marcos ao lado de Juliana, de Rafael Torres ao lado de André Sérgio, de Ayalla sozinha e com a expressão melancólica, de Wendell ao lado de trocentas pessoas (ou de trocentas pessoas ao lado de Wendell, que seja), de pessoas que amam ao lado de pessoas que são amadas. Porém, ultimamente as reações a minhas “homenagens” e reflexões não têm sido as melhores. Por isso, talvez prefira me poupar, talvez por isso, prefiro utilizar esta belíssima versão instrumental de uma bela canção para falar sobre outro assunto, para mostrar que o que eles chamam de “não dar certo” talvez não passe de um disfarce oportunista para “esperar de outrem o que eles não podem oferecer”, para “desejar daquele que é amado um tipo de reação que vá além de suas forças e espontaneidade”. Talvez eu seja um dos culpados desse tipo de atitude, talvez ainda dê tempo de remediar.


Na foto, Wesley deitado no colo de Rafael Maurício, conforme costumou acontecer. Na foto, ambos sorrindo. Ele porque achou algo divertido. Eu, porque não precisava de mais nada neste momento. Ele, porque estava vivo. Eu, porque ele me fez sentir vivo. Ele, porque ele era ele. Eu, porque ele estava perto de mim. Ele, porque sim. Eu, por causa do “sim” dele. Aí, eu me pergunto: “tenho o direito de exigir ou esperar algo além disso?”. Eu mesmo me respondo: “O que existe após o Infinito?”. Porque é isso que está atrelado à Perfeição: o Infinito!

Na tarde de ontem, insisti duzentas mil vezes para que Rafael Maurício me dissesse se ele se sentia incomodado, prejudicado ou desrespeitado pelo sobejo de frases, imagens e textos que eu dedico a ele durante a extensão de meus dias. Ele apenas respondeu, com seu brilhantismo cínico de praxe: “de boa, ‘man’!”. Espero, portanto, que ele não se incomode com mais esta enésima homenagem, espero que ele entenda a necessidade que tenho de tornar público o que sinto por ele e o bem que ele me faz, mesmo que aparentemente não faça nada, mesmo que, do jeito dele, só basta que ele exista!

A fim de que eu não pareça um viado ressentido ao ser aqui obrigado a mudar meus planos iniciais com a publicação desta faixa 12, publico aqui o fragmento 477 dos “Pensamentos” de meu filósofo favorito, Blaise Pascal (1623-1662): “É falso que sejamos dignos que os outros nos amem: é injusto que o queiramos. Se nascêssemos razoáveis, indiferentes e conhecendo a nós e aos outros, não daríamos essa inclinação à nossa vontade. Nascemos, no entanto, com ela: nascemos, portanto, injustos, pois tudo tende para si mesmo. Isso é contra toda ordem: é preciso tender para o geral; e a tendência para si é o começo de toda desordem, na polícia, na economia, no corpo particular do homem. A vontade está, pois, depravada”. Tendendo à perfeição em forma de ser humano, tendo também ao geral, tendo ao Deus em que ainda creio, tendo à Estética materializada em vida, tendo ao bem-estar que vivencio quando estou entre amigos. Tendo – e me basta, por ora!

Repetindo a sentença: O AMOR É FILME!

Wesley PC>

3 comentários:

Fláviabin disse...

Ele, porque sim. Eu, por causa do “sim” dele. Aí, eu me pergunto: “tenho o direito de exigir ou esperar algo além disso?”. Eu mesmo me respondo: “O que existe após o Infinito?”

É Wesley o amor só pode ser isso mesmo. As vezes eu mesma penso que ninguém nunca entenderá o meu jeito de querer, de entregar-me a pessoas, de recebe-las, aí vêm você e suas palavras, e penso cá do outro lado, meu jeito de amar pode ser louco mesmo, mas o dele também é.
E isso é muito bom!!!

Pseudokane3 disse...

AMAR = LOUCURA...
E quem disse que isso é ruim (risos)

Sim, isso é muito bom!
E NÃO-EXCLUDENTE, o que é o melhor de tudo!

WPC>

Lilian Caroline Aquino Santos disse...

É incrível pensar num amor assim. Eu já quis o amor de Romeu e Julieta, de Shakespeare e me contentaria com o de Vinicius de Moraes ( que seja eterno enquanto dure). Porém, não os tenho. O que me resta é amar assim, ficar feliz com o sorriso do amado, viver pelo amado e para o amado.E mais do que isso, achar o simples fato e agonizante de poder amá-lo, de bom tamanho.
Declaração linda, Wesley!