Dia 19 de abril, além de ser o aniversário de uma adorável estudante de letras/Inglês nomeada Jéssica (“parabéns!”) é também o dia em que aprendemos na escola que os índios deveriam ser respeitados. E, quando digo aqui “aprendemos”, penso no verbo “decoramos”, pois as pessoas que nos ensinaram a repetir as comemorações indígenas do dia 19 de abril comumente pouco se importam com o que foram (e ainda são) estas pessoas, consideradas “primitivas” em muitos casos...
A fim de prestigiar a data, a TVE Brasil exibirá hoje, às 23h30’, “Serras da Desordem” (2006), filme absolutamente genial e iconoclasta, dirigido pelo sobrevivente do ‘udigrudi’ brasileiro Andrea Tonacci. Não obstante sua irrepreensibilidade técnica e conteudística, “Serras da Desordem” é tudo, menos um filme fácil. Nos seus árduos e dolorosos 135 minutos de duração, somos confundidos de todas as formas possíveis: seja no que diz respeito à dicotomia ficção X documentário, seja no que diz respeito à dicotomia assistencialismo X oportunismo. É um filme genial, porém confuso, propositalmente confuso, que não poupa o espectador em momento algum, seja no que diz respeito à sua orientação na história real representada, seja no que diz respeito aos descaminhos da História real e quase inaceitável, seja no que diz respeito à crueldade cosmopolita que contamina os remanescentes indígenas, que agora dedicam seus dias à uma tonteira sem precedentes e sem promessas de acabar, a maus tratos contra cachorros, macacos e quatis, a uma luta pela sobrevivência que não pode mais ser travada em vias pacíficas...
Repito: é uma das obras mais geniais e reveladoras já produzidas no Brasil. Vejam-na!
Wesley PC>
Um comentário:
se eu n me engano...já assisti!bom verei novamente xD
:**
Janaina Amarante
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