quinta-feira, 23 de abril de 2009

A CANTORA NORUEGUESA SISSEL KYRKJEBØ SERVE DE CONSOLO?


Quando me falaram desta cantora pela primeira vez, há dois dias atrás, a mesma me era completamente desconhecida. Disseram-me que ela era uma boa representante da música erudita contemporânea, mas, ao olhar para esta foto na capa do disco, diria, no máximo, que ela era uma destas cantoras ‘neo-country’ e puramente vendáveis como Shania Twain, por exemplo. Sabendo que, no seu repertório de compositores, encontrávamos desde o alemão George Friedrich Händel (morto no século XVIII) e gênios atuais como Ennio Morricone, passando por Astor Piazzolla, Giácomo Puccini e Camille Saint-Saëns, resolvi arriscar. Não sabia em que momento específico, mas salvei-a em meu recipiente portátil de audição musical e, quando chegasse o momento apropriado, eu a ouviria... Ontem à noite eu enfrentei três quilômetros debaixo de chuva esparsa, depois de ser fulminado por um olhar de ódio. Era o momento ideal!

Faixa 1: “Wait a While”, composta por Jon Lord & Samantha Brown, que prediz, logo de cara: “wait a while before you go, so you will know what I am feeling as you leave. I understand your need, for some time, some solitude”. Se eu não tinha certeza se aquelas gotas renitentes em meus olhos eram mesmo provenientes da chuva, tive razão em crer que a norueguesa Sissel era tão erudita quanto artistas ‘pop’ e pretensamente etéreas quanto Laura Pausini, Sarah Brightman, Deborah Blando ou Celine Dion se esforçavam em sê-lo! Mas, na ocasião em pauta, isto não configurou necessariamente um demérito: as 13 canções escolhidas para preencherem “My Heart” (títulos como “Lascia Ch’io Pianga”, “Someone Like You”, “Mon Coeur S’Ouvre a toi Voix” e “O Mio Bambino Caro”, por exemplo) narravam precisamente o que meu coração sentia naquele momento. Ah, ela é brega? Ah, ela é clichê? Ah, ela se desperdiça? E quem não, hoje em dia?


“A culpa é de quem?”
– capítulo 2.377.412

Wesley PC>

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