domingo, 19 de abril de 2009

TEATRO DO ABSURDO



O Teatro do Absurdo diz-se um termo criado por Martin Esslin um conjuntos de obras teatrais escristas por dramarturgo no final dos anos quarenta, que utiliza para a criação de seus enrendos elementos do surrealismo.Como o próprio nome remete, o Teatro do Absurdo procura revelar o inusitado, encenando as feridas sociais, e tudo que é considerado normal pela sociedade hipócrita dos finais dos anos 40. É uma possibilidade de teatro moderno em que o chocante, o ilógico, o inevitável são sempre inerentes ao devir. O Teatro do Absurdo busca reproduzir o desatino e a falta de solução em que estão imersos o homem e sociedade.Essa vertente desvela o real como se fosse irreal, com forte ironia, intensificando bem as neuroses e loucuras de personagens que, genericamente, divulgam o homem como um psicótico, um sofredor, um ser que chega às últimas conseqüências, culminando sempre na revolução, no atrito, na crise e na desgraça total. Extremamente existencialista, o Absurdo critica a falta de criatividade do homem, que condiciona toda a sua vida àquilo que julga ser o mais fácil e menos perigoso, se negando a ousar, utilizando-se de desculpas para justificar uma vida medíocre.
O Teatro do Absurdo nasceu do Surrealismo, sob forte influência do drama existencial. O Surrealismo, que explora os sentimentos humanos, tecendo críticas à sociedade e difundindo uma idéia subjetiva a respeito do obscuro e daquilo que não se vê e não se sente, foi fundamental para o nascimento desse gênero que buscava, na segunda metade do século XX, representar no palco a crise social que a humanidade vivia, apontando os paradigmas e os valores morais da sociedade como fatores principais da crise. A principal fonte de inspiração dos dramas absurdos era a burguesia ocidental, que, segundo os teóricos do Absurdo, se distanciava cada vez mais do mundo real, por causa de suas fantasias e ceticismo em relação às conseqüências desastrosas que causava ao resto da sociedade. Como o trágico neste seguimento cênico quase sempre é abordado por extremidades de emoção, e a comédia através de disparates, a loucura, na suas infinítas possibilidades, quase sempre é o objeto de interesse destes dramaturgos.
Entre os vários que acompanharam este modo de fazer o teatro, se destcam Eugene Ionesco, membro da Academia Francesa, autor de um dos primeiros espetáculos absurdos, como A Cantora Careca (1950), buscou incansavelmente textos que permitisse ao público uma reflexão psicológica. No Brasil, um dos mais célebres dramaturgos que seguem esta linha é o gaúcho Joaquim José de Leão, também conhecido como Qorpo Santo. Intitulado de esquisito, louco( apesar de não ser clara a natureza dos seus problemas mentais) e coisas afins, que chocou a conservadora sociedade gaúcho do início do século XIX as suas dezessete comédias.
O Teatro do Absurdo, rompe com a arte tradicional, na medida que seus questionamentos as mazelas sociais, são antes de tudo um questionamento do ser. Sua característica marcante, faz dos seus dramaturdos questionarem os despropositos da sociedade burguesa a parte de uma crise existencial, em que todos nós estamos inseridos. Considero um pensamento altamente revolucionário e contemporâneo esta forma de refletir a sociedade.
P.S. Tem uma infinidade de características que valem a pena conferir, porém por se tratar de um blog é melhor que seja ao máximo sucinto.Mais coisas, confiram:
http://www.passeiweb.com/saiba_mais/arte_cultura/teatro/absurdo
www2.correioweb.com.br/cw/2002-01-13/mat_28349.htm - 35k

3 comentários:

Annita! disse...

Ah!Foi eu Anne

Pseudokane3 disse...

Ah, eu gosto muito, obviamente, do teatro do Absurdo!

"A Careca Careca" chegou a ser executado em Sergipe, mas não tão exitoso quando se esperava...

É incrível ver a capacidade dos atores envolvidos nesse tipo de produção de cagar, mijar, vomitar e fazer milhares de proezas físicas a qualquer hora...

E, puxa, amo o Antonin Artaud, francês que antecedeu o movimento, amo mesmo!

Volta sempre, Anne, vou tacar uma foto escrota de nós dois no meu orkut mais tarde, confere... (risos)

WPC>

Annita! disse...

Infelizmente nunca tive oportunidade de ver os classicos do teatro do absurdo. Mais uma amiga minha, quem me apresentou este gênero, tem algumas montagens. E de fato, é fascinante a capacidade deles de trabalho com o cotidiano invitável, o que rejeitam. És belo!