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Estava eu a beber água num bebedouro situado perto do Departamento de Psicologia na UFS. Sabendo que eu trabalhava na UFS, um professor afetado, jovem, baiano e atabalhoado de Letras (que eu talvez tenha paquerado em situações anteriores) utiliza meus serviços como ex-trabalhador do DAA e pede que eu lhe consiga uma Resolução Administrativa da Universidade. Prometo conseguir o que ele me pede, o que me rende elogios demorados e um convite sexual/namoratório implícito. Ele vai embora e eu continuo a beber água, até que surge um homem de mais ou menos 35 anos, vestido como policial e pede que eu pague uma fiança, a fim de que ele seja liberado de uma detenção no Departamento de Ciências Sociais. Valor: R$ 1,35. Quando estava me dirigindo ao local de pagamento da multa, acordo. Era tudo um sonho!
O bom de dormir é que podemos sonhar ou, na pior das hipóteses, ter pesadelos. Por piores ou mais assustadores que estes sejam (no sentido de que perturbam minha consciência muito tempo depois que eu acordo!), gosto destas movimentações e criações subconscientes, visto que, ao menos, terei o que contar às pessoas que me cercam. E foi nesse contexto que eu desejei ouvir novamente uma das musicas eletrônicas favoritas de minha adolescência: “Toothache”, do grupo britânico The Charlatans, remixado às vias do irreconhecível por The Chemical Brothers. É uma música fabulosa, gasturenta, altissonante, que quase nos faz vivenciar (em sentido proporcionalmente invertido) a dor de dente de que fala o título!
Não sei se esta canção extraordinária pertence a algum álbum do grupo inglês, mas ela pode ser encontrada na excelente trilha sonora do curioso filme “O Chacal” (1997), de Michael Caton-Jones. Vale a pena procurar. Além deste ‘single’, encontramos lá clássicos eletrônicos raros, a cargo de grupos memoráveis como Moby, Massive Attack, Prodigy, Apollo Four Forty e Primal Scream, entre outros. Arrisquemos sonhar!
Wesley PC>
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