Pela manhã, vi um filme extremamente alegórico de nome “Pindorama” (1970), dirigido pelo Arnaldo Jabor. Para além de eu ter me chateado com a pirraça que o filme faz encima de um clássico popular da fase final do movimento cinemanovista, confesso que o filme me deixou pensativo, me fez imaginar que existe muito mais a ser considerado no que diz respeito àquelas pífias dicotomias que nos são ensinadas na escola sobre
economia colonial X submissão metropolitana ou
supremacia portuguesa X v
aloração miscigenada nacional. Dentre todas as disciplinas ensinadas às crianças em sala de aula, a História é, sem dúvida, a mais delicada, no sentido de que, sem querer, podemos estar apenas legitimando
“o que foi escrito pelos vencedores”, conforme criticavam intelectuais como Oscar Wilde, Machado de Assis ou Charles Darwin. Farei a minha parte, portanto, ao divulgar (os erros válidos de) o filme. Espero que eu pague, assim, ao menos a milionésima parte de meu débito com o passado. E, como dizia o escritor Paulo Porto,
“confia no futuro, pois ele não pode ser pior do que o passado”. Será?
Wesley PC>
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